Possibilidades

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Harry

Sai de cima dos dois lobos e fiquei em posição de ataque na frente deles, queria conversar, mas não podia me arriscar, rapidamente se levantaram e abaixaram as cabeças expondo suas jugulares.

- O que fazem aqui?

- Estamos fazendo uma ronda, o alfa disse para vermos quem é o novo lobisomem que está na área.

- Bem, você estão em um empasse novamente, de quem tem mais medo?

Os lobos choramingam assustados e percebi que não queria ser esse tipo de alfa, temido e opressor, é possível ser firme e rigoroso sem isso . Vim a esse tempo mostrar a Tom Ridlle essa possibilidade e estava quase sendo o oposto.

- Levantem as cabeças, prefiro que vocês me respeitem ao invés de me temer.

Ambos me fitaram confusos e melhoraram sua postura diante de mim, Dolohov me fitou levemente desafiador e Fenrir Greyback questionador.

- Não tenho tempo para ouvir suas perguntas agora, tenho um compromisso inadiável e potencialmente estressante. Anabel

Minha filhote saiu de trás dos arbustos com o focinho vermelho, provavelmente comendo algum bichinho distraído.

- Mas que infernos é isso?

Irritado pulei sobre Dolohov e rosnei igual uma besta.

- Se ousar chamar minha filhote assim novamente eu arranco sua cabeça e deu para a Lula do lago comer, ou talvez para os hipogrifos da Madame Rosemeire. Aposto que ele começariam a comer você ainda vivo.

Assustado ele gesticulou freneticamente a cabeça canina e Greyback me fitava curioso.

- Sei que ela não é sua filhote de verdade, é um cão infernal, mas você a protege como se fosse tal. É dessa forma que irá proteger sua alcatéia?

- Seja direto, não gosto de rodeios e estou curioso em ver como posso ser sádico nessa forma.

- Sei o que pode fazer com uma faca, alfa. Sabe que a alcatéia a qual pertenço é guiada por um beta, que trata a todos como capacho e nos obriga a fazer coisas... Horríveis. Queria um líder de verdade e apesar de Dolohov ser inconveniente, pensa da mesma forma. Queremos fazer parte da sua alcatéia, não fazíamos a ronda somente para seguir ordens, queríamos te encontrar.

- Não imaginávamos que seria o diabo de gravata verde.

- Esse é meu apelido? Muito carinhoso devo dizer, preciso de mais algumas cenas no grande salão para um apelido de verdade.

- Na verdade seu apelido é outro, Olhar da Morte.

- Perdão?

- Seus olhos tem a mesma cor da maldição proibida... Dementador.

Confuso com sua frase me virei para onde Dolohov e Greyback estavam olhando, para deparar-me com meu irmão problema. Ambos ameaçaram correr, porém dei um rosnado de aviso para ficarem parados e quietos. Caminhei até e perto do dementador e rosnei como a besta, seguindo as ordens de meu pai, a Morte. Para meu contentamento deu certo, a criatura me reconheceu, mas para completo descontentamento ela me atacou com afinco e uma luta iniciou-se com extrema violência, apesar disso era fácil desviar e contra atacar o dementador, por diversas vezes ele tentou sugar minhas memórias e minha alma, mas inutilmente falhou em todas, os três expectadores me fitavam incrédulos, queria ter minha varinha para conjurar um patrono, mas essa possibilidade era inexistente.

Você terá todos os meus poderes.

A voz da morte soou em minha cabeça, lembrando que eu poderia usufruir de seus poderes, só me faltava saber como.

- Chega. - Minha voz soou diferente, mas profunda, era claro que estava falando normalmente. - Cansei dessa brincadeira.

O dementador parou e manteve-se flutuando na minha frente.

- Você sabe quem eu sou, não estou mais interessado nessa brincadeira idiota. Volte para Askaban, não saia novamente de lá. Aproveite enquanto é apenas um aviso.

O ser pareceu me fitar por um momento antes de sumir entre as árvores.

- O que aconteceu aqui? - Questionou Dolohov.

- Nada que seja do interesse de vocês. Eu preciso ir a um lugar, continuem seu caminho.

- Vamos com você. - Disse Greyback.

- Quem disse que vocês poderiam ir?

- Somos da sua matilha.

- Eu ainda não aceitei vocês. - Suas orelhas caíram levemente, esqueci por um momento que são apenas crianças. - Vocês estão em fase de teste, vejamos se vocês dois são confiáveis.

Apesar de tentarem disfarçar pude ver a pequena movimento de seus rabos, indicando contentamento.

- Isso é uma boa ideia? - Questionou Anabel.

- Entender os lobos é mais fácil do que pessoas, eles são confiáveis, mas caso não sejam.. saberei lidar com eles.

Seguimos caminho pela floresta até chegar em um clareira, repleta de crinos correndo e se divertindo.

- Peverell, quem são eles?

- Esses, Dolohov, são os crinos. Uma nova raça de lobisomens. Eles não voltam a sua forma humana. Fiquem perto de mim, não quero problemas.

- Harry!

Caminhando lentamente vinha a mesma loba da lua passada, seguida do crino negro que me desafiava com o olhar.

- Me sinto em desvantagem, você, Mi Lady me chama pelo nome. Enquanto eu desconheço o seu.

- Vejo que hoje tem total controle de si mesmo e já tem o começo de uma alcatéia.

- No momento sim, as primeiras horas no entanto foram complicadas e tirando Anabel, que é minha filhote, os outros estão tentando conquistar minha confiança. Mas acredito que tenhamos assuntos pendentes, Mi Lady.

- Me chame de Rose, sim? Venha, sente-se comigo a beira do lago.

Greyback e Dolohov me seguiram e Anabel fitou-me de forma suplicante, indicando os filhotes que brincavam. Assenti e esperei para ver se ela seria aceita no grupo antes de seguir Rose.

- Você tem algum pergunta Harry?

- Para falar a verdade, ainda estou assimilando tudo isso, não sei dizer até que ponto isso é normal e estou aceitando isso numa boa, e quando eu vou definitivamente surtar. Tudo mudou tão rapidamente...

- Um dia você está no meio de uma guerra e no outro, voltou ao passado, descobriu que seu companheiro é seu maior inimigo e... - Ela olhou para trás, para Greyback e Dolohov. - Os seguidores deles querem seguir você.

- E um deles é meu filhote, adotado por magia. E aposto que o ritual não foi agradável para ele. Ele sentiu muitas coisas, tanto do meu passado quanto do meu presente.

- E aposto que vê-lo chorar deve ter sido aterrador.

- Chorar? Ele chorava como uma criança em pânico, diante do bicho papão. Estava paralisado...

- Não é sua culpa. Tudo que aconteceu até agora, deveria acontecer, mas pense que agora as coisas estão acontecendo do modo que deveriam. As coisas vão melhorar, mas olhe para si agora e assimile as possibilidades.

Levando em consideração suas palavras fitei os dois lobos que me fitavam, esperando orientação, hora ou outra olhavam como a alcatéia se tratava, de certa forma maravilhados e não evitei pensar neles como pensei em Tom, ele são vítimas e nesse momento eu sei que serão parte do meu futuro, assim como Tom e Abraxas, o que me trás a seguinte pergunta, quem mais?

Reescrevendo a HistóriaWhere stories live. Discover now