Corra, você está sendo caçado

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Harry

Depois daquela adorável conversa, passei a treinar com Rose durante algumas horas todas as noite de lua cheia. Me preparei para a primeira prova do torneio, que seria no dia seguinte e observei a maneira como os seguidores de Tom se dividiram e analisando mais a fundo, percebi o motivo oculto nessa mudança. Os Comensais fiéis a Tom, vieram para minha alcatéia, enquanto os fiéis a Belatriz continuaram junto a Tom, ou melhor, a Belatriz. Que a cada segundo parecia me odiar mais, considerando que levei a maior parte de seus comensais mais fortes para meu lado , claro que havia os indecisos, mas não vem ao caso e graças a mudança de forças, ela tenta manter Tom em redia curta. Mas a partir dessa noite isso iria mudar.

- Posso me sentar com você?

Olhei para cima espantado e lancei para Tom um olhar incrédulo, Abraxas que estava fanando um pedaço de presunto da minha refeição, como fazia quando gostava de algo que estava no meu prato parou no mesmo segundo e olhou para Tom também.

- Ah, claro.

- Harry, eu trouxe uma torta de... - Greyback parou antes de se sentar do meu lado direito com uma tortinha de limão na mão, meu doce favorito. - Bem, eu trouxe para você. Abraxas, seu suco.

Nem 5 segundos depois toda a alcatéia  estava sentada na mesa, eu com Tom logo a minha frente, Abraxas do meu lado direito, Greyback e Dolohov do lado esquerdo, os irmãos Lestrange um cada lado de Tom e Regulo Black ao lado de Rabastan, isso vai dar conversa, joguei um Abaffiato ao nosso redor.

- Vejo que já tem uma alcatéia, apesar de não ter somente lobos.

Antes que alguém responde-se de forma grosseira comecei a farejar o ar, e os outros dois lobisomens seguiram o exemplo e tranquei o maxilar.

- Você está sem o colar que te dei? - Questionei Tom.

Rabastan virou sua atenção para mim apreensivo.

- Que colar?

- Que protegia a mente dele de Belatriz.

- Tem um pingente vermelho, corrente de ouro, cheiro de sangue e uma poderosa magia? - Assenti com a cabeça. - Está com o braço direito de Belatriz.

- Quem?

- Evan Rosier.

Rodolfo e Abraxas estremeceram quando o nome foi dito.

- Desculpe caras, eu... - Rabastan começou a se desculpar.

- O que ele já fez?

- Patéra, ele...

O estremecimento que senti vindo dele e de Rodolfo me era familiar, de uma única lembrança que me atormentava a mente.

- Tom, você vai para o meu quarto com Abraxas e os irmãos Lestrange, Fenrir, vá com eles. Protejam eles, diga a Mordred para lhes mostrar a poção de sono sem sonhos, a temporária, dê aos três, Tom, Abraxas e Rodolfo, preciso deles dormindo quando eu voltar. Os outros continuem a leitura de animagia. Fenrir, você precisa dormir um pouco. Dolohov, você vem comigo.

- E por que pensa que vou lhe obedecer? - Disse Tom.

- Eu disse... - Senti minhas garganta vibrar e o tom de voz que saiu foi da besta - Para você ir com Abraxas para meu quarto.

Tom recuou com a cabeça levemente, em submissão discreta, os outros dois lobisomens recuaram de forma mais evidente, assustados. Olhei em direção ao grupo de Belatriz e vi Rosier sair do salão.

-Vamos.

Quando estávamos afastados Dolohov me perguntou.

- O que faremos?

- Algumas perguntas, preciso de informações sobre Belatriz e se as coisas não saírem como quero, vamos caçar.

- É por esse motivo que escolheu a mim para lhe acompanhar?

- Você não vai me julgar pelo que posso vir a fazer.

Dolohov parou de andar e virei para ele.

- Você vai matar ele?

Não respondi sua pergunta e continuei a seguir Rosier, que caminhou até a beira do Lago Negro, tirando o colar do pescoço e jogando-o nas águas escuras.

- Accio colar.

Quando o colar estava em minhas mãos Rosier me fitou friamente e elegantemente conjurou uma poltrona de um galho pequeno, mostrando grande aptidão em magia para um aluno do 4 ano.

- Vejo que me seguiram, Peverell, Dolohov. Eu conjuraria cadeiras para vocês, mas... Eu não me importo com a existência de vocês, imagina com o conforto.

- Não esperava educação ou postura de alguém como você - Dolohov sorriu depois de responder e conjurou duas poltronas. - Mas o que se pode esperar de um rato.

Observei o olhar do rapaz escurecer e sorri divertido.

- Acredito que vieram buscar o colar, já estão em pose dele. - Ele deixou a pergunta pairar no ar.

Percebendo que eu continuaria em silêncio, Dolohov pareceu bolar por um segundo sua linha de raciocínio para o interrogatório.

- Por que você estava com esse colar?

- Ele me foi dado.

Ouvi seu coração falhar uma batida.

- Isso é mentira, Rosier. Sabe que posso ouvir seu coração. - Disse Dolohov. - Diga a verdade.

- Sabe, não deveria contar nada a vocês, mas... Eu posso contar e depois matar vocês. Deveriam me agradecer, eu vou ser bondoso, Belatriz tem planos horríveis.

- Primeiro de tudo Rosier... - Levantei e silenciosamente lancei uma imobilização nele, e contornei a sua poltrona. - Me contei o que você fez com Abraxas e Rodolfo. - Vi ele tentar se mexer. - Comece a falar não estou de bom humor.

- Exatamente o que você está pensando Peverell. Eu usufrui daquelas duas vadi...

Dei um soco forte em seu rosto, principalmente pela forma como ele ia chamar meu filhote e um membro de minha alcatéia e pelo sinal de socorro que ele enviou para alguém, para ver hematoma se formar rapidamente e ele cuspir um dente, antes que ele voltasse a falar tirei minha corrente e joguei no ar, vendo ela se transformar em uma penseira.

- Evan Rosier, 1950.

Toquei levemente minha varinha de basilisco em sua tempora, extraindo suas lembranças dos últimos meses que envolviam Belatriz, Tom, reuniões e tudo que pudess me interessar para depois solta-lo, pegar minha penseira e nos aparatar para o meio da floresta proibida.

- O que você fez? - Gritou o garoto, se contorcendo no chão. - Minha cabeça está doendo.

- Alfa?

- Dolohov, se transforme. Já sabe o que faremos.

Me aproximei de Rosier emanando uma energia opressiva e densa, desejando o sangue de meu inimigo. E  segurei fortemente seus cabelos.

- Vou aliviar sua dor, e vou dar a você 20 segundos para correr.

Me coloquei ao lado de Dolohov parcialmente transformado, por não ser puro e nem muito treinado, fora do período de lua cheia meu beta podia apenas se transformar parcialmente, o que lhe dava orelhas, dentes e garras.

- Você pode mahucá-lo, mas não matá-lo. Esse gostinho será meu.

Lancei o feitiço de cura e observei Rosier levantar, observando Dolohov e eu.

- Você mexeu com a minha alcatéia e agora vai pagar o preço. Como eu disse você tem 20 segundos. - Seus olhos de arregalaram e sua voz parecia ter sumido. - Um, dois...

Rosier começou a correr em disparada, o cheiro de medo, angústia e desespero deixando um doce aroma no ar. Gritei antes de me transformar, deixando a minha última fala sair em um rugido bestial.

- Dezenove, vinte! Corra Rosier! Corra pela sua vida! Pois você está sendo caçado!

Reescrevendo a HistóriaWo Geschichten leben. Entdecke jetzt