Tristonha
Isenta de cores
Solitária
Cheia de dores
Precária
Sem brotos ou flores
Medonha
E pra onde fores
Estará assim
Sem motivos
Necessidades
Riscos
Rabiscos
E assim ela vai seguindo
Descalça
Sem malas
De mais atadas, sorrindo
Risos de lua, de poucas
Ruas, nuas as suas
Roupas abandonou
A grama abençoado
Pelo sereno tocando
Frustrados pés
Debulhando lágrimas alvorais
Dentro dela um arvoredo seco
Escasso pela sede
Regada de miséria
A velha alma cantando
Ditarombos pelos estepes
E lá vai ela distante
Longe
No além do horizonte
Sumindo no crepúsculo
Vida vazia
Vagando eternamente em busca
De teus olhos…
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Os Versos de Outono
PoetryAo rugir dos ventos vindos do norte borbulhei palavras que levadas pelas correntes de ar tornaram-se versos...