Despencas avencas
De mim o que pensas
E encolho-me na tua mirada
Tuas coisas tensas
De tudo de lembras
A face virada
Tuas asas densas
Repleta de ofensasEstradas extensas
Experiências intensas
A lua dourada
No dorso em imensas
Paisagens
A ferida curada
Na brisa levada
A cor apuradaAinda que por nada
Me tomes
Jornada guiada
Todas as fomes
Careço-me em obstinada
Carência
E finjo demência
Na embriaguez e na sobriedade
Descriminada
A tua lábia disseminadaE parto-me-ei rolando-te
em insanidade
Na flacidez da minha vivência
Estendo-me para ti
Que me deixas cair
Decadência
Que não me tocas
as rocas e roucas
Permito-me desexistir
E para que possas me abandonar
Destino-te minha ausência
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Os Versos de Outono
PoesiaAo rugir dos ventos vindos do norte borbulhei palavras que levadas pelas correntes de ar tornaram-se versos...