prólogo

26.9K 2K 2.7K
                                    

🚨 ALERTA DE GATILHO: sangue e violência gráfica

🚨 ALERTA DE GATILHO: sangue e violência gráfica

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

24/06/2012, 21:15.
Sokovia — Base de operações secreta da Hydra.

Estava nublado naquele dia, a chuva começava a cair do lado de fora, o barulho das gotas batendo contra a janela empoeirada. Estava quente dentro da sala, o ventilador de teto barato não funcionava e a luz amarelada piscava e fazia um som irritante.

O suor escorria por sua testa, seus olhos castanhos fixos no vidro que a separava de quem a mantinha presa ali. Sentiu o homem aproximar-se com o bisturi em mãos e fechou os olhos com força, desejando que tudo aquilo acabasse de uma vez por todas. Ela não aguentava mais toda a tortura e os infinitos experimentos e treinamentos, estava cansada e com fome.

O objeto frio e afiado deslizou pela pele de seu braço, fazendo um corte profundo e largo. Ela sentiu seu sangue começar a escorrer e pingar pelos seus dedos quebrados. As outras feridas espalhadas por seu corpo ardiam e aquele cheiro forte de sangue estava a deixando enjoada.

A garota sentia seus pulsos queimarem pela força que as algemas estavam os prendendo. A agulha enfiada em seu braço esquerdo pinicava na pele sensível e ela podia sentir o veneno percorrendo por suas veias lentamente.

Sua respiração começou a ficar falha, ela sentiu um desespero ao sentir o mundo ao seu redor girar e a seus olhos pesando. Amelia Griffins encarou suas mãos, tentando focar no som de seus batimentos cardíacos.

Foi quando sua boca ficou seca que ela teve certeza.

Estava morrendo.

Mais uma vez.

Lentamente ela encostou a cabeça na maca, fixando seus olhos no ventilador preso ao teto. Ela escutava a máquina presa ao corpo dela emitindo o som lento de seus batimentos cardíacos. A menina abriu um sorriso fraco e seus olhos se fecharam de vez, ficando imóvel e seu corpo sem nenhum sinal de vida.

Assim que notaram a cabeça da menina pender para o lado, cinco homens entraram na sala, checando todos os monitores e fios presos ao corpo dela. Faziam anotações em seus cadernos e murmuravam em russo. Um deles sorriu abertamente e deixou a prancheta sobre a mesa de alumínio no canto da sala, batendo palmas e encarando o vidro a sua frente.

— A garota está desacordada, doutor. – falou, checando uma última vez suas anotações e recebendo a confirmação de que ela estava de fato sem batimentos cardíacos.

— Certo! – Carl Zemo entrou na sala suja e escura, observado cada detalhe do corpo frágil da ruiva. — Agora é só esperar...

E como se ele tivesse acionado um botão, cada um dos ferimentos espalhadas pelo corpo dela foram se fechando, deixando apenas o rastro de sangue no lugar. O seu peito começando a mover-se lentamente, suas pálpebras se mexendo e a cor voltando para seu rosto delicado e suado.

✓ Fix You¹ • Bucky BarnesWhere stories live. Discover now