✓ Fix You¹ • Bucky Barnes

23.2

🚨 ALERTA DE GATILHO: violência gráfica e abuso físico

Amelia sentiu o couro cabeludo arder e escutar o som dos fios arrebentando devida a força que Zemo usava para puxar seu cabelo. A aura começou a percorrer pela sala, serpenteando por entre as pernas de Bucky que tinha o corpo tenso na cadeira e tentava se soltar das cordas.

— Solta ela! — gritou se remexendo na cadeira.

A aura flutuou até Zemo e Amy, subindo pelas costas do homem e contornando seu pescoço. Amelia encarava o teto com um sorriso aberto nos lábios, a aura fazendo um aperto ao redor do pescoço de Zemo.

— Rumlow! — gritou o homem levando a outra mão para o rosto de Amelia, a afastando de seu corpo e arregalando os olhos ao sentir o aperto.

Ao escutar o nome do agente, Amelia engoliu seco e sentiu um arrepio subindo por sua espinha. Escutou o grito doloroso que escapou dos lábios de Bucky, e soltou Zemo do aperto. Logo, sentiu o tapa estalado em sua bochecha e o gosto metálico de sangue escorrer em sua língua.

— O que eu disse, sua pirralha? — Segurou o rosto dela entre as mãos, a forçando a olhar em seus olhos. — Eu vou matar seu namoradinho! É isso que você quer?

— Não, não! — murmurou unindo as sobrancelhas. Zemo estalou a língua entre os dentes e acariciou a bochecha dela com a ponta dos dedos.

— Olha o que você me fez fazer, Solis!

Ele se afastou da menina e foi até Rumlow, que estava parado atrás de Bucky com um sorriso nojento. Zemo sussurrou algo em seu ouvido e os dois sorriram abertamente. O agente foi até uma mesa e pegou uma seringa e Amy sentiu tudo girar ao seu redor.

— Não... — disse balançando a cabeça para os lados, Bucky a encarou, odiava aquela situação. Sentia-se impotente. Não havia nada o que fazer para ajudá-la.

Rumlow caminhou até ela e parou em sua frente, os olhos a observando de cima a baixo com pudor. Bucky viu Amy encolher no lugar, tentando de alguma forma se afastar do agente.

— Sentiu minha falta, gatinha? — perguntou lambendo os lábios e deslizando a ponta da agulha no braço de Amy.

Ela achou que fosse vomitar. As lembrança indo e vindo em sua mente, e os pensamentos escandalosos e obscenos dele fazendo seu corpo tremer e uma vontade de chorar arrebatadora.

E se fechasse os olhos conseguia sentir os puxões de cabelo, os tapas e mordidas. O corpo dele movendo com brutalidade sobre o seu. E de novo, e de novo. Todas as noites. No chão frio e sujo de seu quarto mal iluminado, sob a luz do luar que refletia sobre a clarabóia.

— Estou doido pra matar essa saudade que estou de você, gatinha... — sussurrou no ouvido dela, mordiscando o lóbulo da orelha da menina, que encarava uma mancha de sujeira na parede atrás dele.