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A noite já havia caído há um tempo

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A noite já havia caído há um tempo. As luzes do jato estavam todas acesas e nos bancos confortáveis, cada um estava perdido em seus próprios pensamentos.

Clint, que estava pilotando, havia colocado uma música baixinha para tocar e vez ou outra conversava algo com Natasha. Já Steve, estava sentado no fundo da aeronave, o rosto escondido entre as mãos e evitando falar com os outros. E Sam estava sentado de frente para Amelia, a cabeça apoiada no encosto da poltrona e os olhos fixos no céu lá fora.

As últimas horas haviam sido uma loucura. Muita coisa havia acontecido em tão pouco tempo e ela ainda estava tentando assimilar tudo. Toda a situação com Tony. A morte de Zemo. E o fato de finalmente estar de volta com sua família, mesmo que naquele momento, ela estivesse quebrada.

Amelia embrenhou os dedos finos nos cabelos de Bucky, e observou o rosto sereno dele. O homem dormia tranquilamente sobre seu colo, a respiração calma e os lábios rosados entreabertos. Ainda sentia o coração apertado por tudo que havia acontecido. Porém, o fato de estar ali com o homem abraçando seu quadril e roncando baixinho, a fez dar um suspiro de alívio. Estava em casa.

Um ronronar soou ao seu lado e ela tirou os olhos de Bucky para observar a gata. Alpine esfregava o rostinho em sua coxa e brincava com as mechas de seu cabelo. Um sorriso surgiu em seus lábios.

— Ele não queria deixar ela sozinha na mansão — comentou Sam de repente. Amy ergueu o olhar para o amigo e sacudiu a cabeça de leve.

— Ainda bem que ele gostou dela... — sorriu voltando a observar Bucky.

— Acho que eu tenho que te alertar do perigo que foi ter dado essa gata pra ele. — O homem continuou, mexendo-se desconfortavelmente no banco e franzindo os olhos pra gatinha, que miou alto para ele. — É um demônio escondido em um gato, ela é terrível, Amy.

— Sam só diz isso, porque ele tem medo dela. — Natasha falou do cockpit, a voz em um tom brincalhão. Sam bufou e revirou os olhos, ignorando o comentário da ruiva.

— Olha, ela é um pouco protetora com ele... — resmungou. E Amy viu quando a gatinha rosnou para o rapaz e ficou em posição de ataque. Sam encolheu no banco e apontou para a gata com as mãos e Amelia riu fraco. — Parece até você.

— Deixa de ser medroso, borboleta.

O homem mostrou a língua para a menina e cruzou os braços, voltando a observar o céu estrelado. Amy estalou a língua nos lábios e soltou um suspiro pesado, desenhando o contorno da sobrancelha de Bucky e voltando a se perder em pensamentos.

— É tudo minha culpa... — murmurou tão baixo que achou que ninguém havia escutado, porém Sam ouviu e ergueu a sobrancelha.

— Você não tem culpa de nada, Amelia. Que isso?

— Claro que tenho — retrucou, não tendo coragem de erguer o olhar, sabia que se o fizesse cairia em lágrimas e ela estava cansada de chorar. — Se eu tivesse escutado Clint e ficado na fazenda nada disso teria acontecido... — suspirou, fechando os olhos. — Tony e Steve não teriam brigado e Bucky estaria bem. E eu não seria um fardo para todos vocês.

✓ Fix You¹ • Bucky BarnesWhere stories live. Discover now