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Seus sapatos batendo contra o piso branco era o único som que podia ser ouvido naquela sala

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Seus sapatos batendo contra o piso branco era o único som que podia ser ouvido naquela sala. Estava tudo em um completo silêncio. Um silêncio ensurdecedor, que fazia a mente dele trabalhar incessantemente.

Os seus olhos azuis estavam fixos no rosto pálido de Amelia, em busca de uma resposta, um sinal de vida. Bucky sentia o coração doer ao vê-la daquela forma, o medo percorrendo por sua veia.

Bucky engoliu seco e esfregou as mãos no rosto, sentindo o corpo doer e os olhos arderem. Ele observou as próprias pernas, o sangue dela impregnado em suas roupas. As lágrimas caíram uma a uma, o fazendo soluçar alto e encostar a cabeça no colchão da maca.

Era para ele estar no lugar dela. Aquela bala era para ele e não para Amelia. Seria capaz de tudo para voltar ao tempo e evitar tudo, de se colocar em frente a ela e receber aquela bala em seu peito.

Ele encarou os diversos fios ligados ao corpo de Amy e enxugou as lágrimas com o braço, erguendo-se da poltrona e deslizando os dedos de metal pelo rosto gelado dela. A máquina que monitora os batimentos cardíacos estava no mudo, já que ele havia se irritado em ouvir o som alto e espaçado que continuava a omitir.

Bucky ainda tinha esperanças de que Amy iria acordar. Por isso continuava ao lado dela, atento a máquina e as feridas no corpo dela. Agarrado ao momento em que o peito dela iria subir e descer e a máquina iria mostrar a frequência cardíaca dela e não aquela linha reta estúpida.

Bruce havia feito tudo que estava ao seu alcance para tentar reanimar a ruiva, mas nada adiantou. Ele fez uma sutura na ferida da bala e como todos ainda esperavam que Amelia iria acordar, decidiram ligar o corpo da menina na máquina e no oxigênio para a monitorar.

Porém, já haviam se passado dois dias desde a invasão da Hydra na mansão. Dois dias em que o silêncio havia se instalado pelos corredores. Dois dias em que Bucky não saia do lado de Amy por nada.

Dois dias em que Amelia Griffins não dava um sinal de vida.

— Doll... — embrenhou os dedos no cabelo dela, esfregando o nariz na bochecha da menina. — Eu sei que você está aí... — fechou os olhos com força. — V-você tem que estar aí, Amy! — soluçou.

Ela iria acordar.

Ela tinha que acordar.

— Não me deixa aqui... — pediu para o corpo sem vida de Amelia. — O q-que eu vou fazer s-sem você?

Ele mordeu os próprios lábios e encarou os olhos fechados dela, a dor insuportável destruindo o seu interior, fazendo suas pernas fraquejarem e o ar faltar. A história deles mal havia começado e já havia chegado ao fim.

O homem segurou as mãos dela entre as suas e beijou o dorso, escutando a porta da enfermaria abrir e fechar atrás de si. Ele afastou-se minimamente da maca para poder olhar sobre os ombros, vendo Clint vestindo um casaco preto e com a cabeça baixa.

✓ Fix You¹ • Bucky BarnesOnde as histórias ganham vida. Descobre agora