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Jinyoung sai do seu carro fechando a porta em um banque calmo. Estava muito frio do lado de fora, por conta do clima da chegada do inverno, do ambiente cheio de arvores e o vento gelado que soprava envolvendo os perímetros da sua casa, dava para ver com o balançar das folhas. Todo esse clima faz como que o detetive se tremesse de frio, por conta da falta do seu casaco duplo, pois tinha deixado um deles nos ombros de Daemi, quando achara na floresta a caminho da sua casa.

Coloca suas mãos dentro do bolso do casaco que sobrara, para pelo menos as mesmas não congelarem, tinha se esquecido das luvas e do seu goro em cima da sua mesa na delegacia. Sempre tinha a mania de chegar todo equipado contra o frio que acontecia nessa estação e quando entrava na delegacia era tanto movimento, tanta correria que o frio não se fazia tão presente dentro do local que trabalhava, que simplesmente esquecia desse detalhe que a temporada trazia sempre consigo e consequentemente esquecia dos acessórios que a combatia.

Agora saindo do seu carro que estava tão quentinho por causa do aquecedor, sentia o banque do inverno a todo seu vigor naquela noite, daquele dia tumultuado e cheio de acontecimentos, em que se permitiu se dar um descanso. Jinyoung caminha tranquilamente em direção a porta de entrada da sua casa, esperando, inconscientemente, que tenha deixado o aquecedor interno ligado, por conta do seu esquecimento que sempre ataca de vez em quando. Jin tira a chave do bolso e destranca a porta entrando finalmente em seu lar, sendo recebido pelo bafo quente por ter passado muito tempo fora dela. Ele adentra sua casa silenciosa, ligando todos os interruptores iluminando a mesma gradativamente e tranca a porta atrás de si.

Depois de passar muito tempo resolvendo casos, aprendeu que toda precaução era necessária. Um trancar de porta, uma checagem em todas as janelas e portas antes de dormir era sempre bom, quase essencial nos dias de hoje; O mundo anda tão estranho e sem segurança, essa crueldade sem limites que anda nos assolando que estava espedindo por ai o apavorava internamente; já presenciou vários casos onde promotores – policiais em geral e os agentes de bem, que lutam contra a impunidade e o mal da humanidade – sofreram com ódio gratuito de vários que passaram na sua mão, os agentes que, infelizmente, esqueceram um simples trancar de porta e pagou bem caro com isso.

Com a própria vida.

Algumas pessoas de má-fé se recusam a pagar pelos crimes que cometeram e botam culpa nas pessoas, que fazem questão de lembra-los e trazer justiça e paz a sociedade. Isso faz lembrar-se sobre Daemi e como está omitindo para a população uma pessoa que pode praticamente dar o assassino de mão-beijada, para ser punido e terminar esse tempo de terror. Contudo, não era momento de se pensar nisso, agora ele só deveria descansar. Amanhã será um novo dia, amanhã se permitiria se preocupar com trabalho e tudo que envolva o mesmo.

Agora ele se desligaria de tudo e de todos.

O detetive vai em direção do aquecedor ligando-o, ajustando em uma temperatura que será adequada daqui a alguns minutos e caminha em direção ao seu quarto, ao chegar lá retira seu coldre deixando-o em baixo da cama e tira parcialmente a sua roupa, ficando apenas de boxer e se joga na sua cama de casal, e por fim caindo em um sono profundo e bem merecido.


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Quando os gatos saem, os ratos fazem a festa.

Esse é o ditado, mas veredicto impossível.

Quando a polícia relaxa, um certo fugitivo plantando o terror os lembro de trabalhar.

O assassino observa sua nova vítima enquanto a mesma pede por ajuda, o que dava a nostalgia e o lembrava do quão prazeroso seu hobby proporcionava para si, não há dúvidas, ele adorava cada parte do ato de tirar a vida de uma pessoa.

Por que? – ela choraminga, quando o agressor levantou a sua mão a centímetros do seu rosto, fazendo seus berros de desesperos se transformarem em sussurros – Por que eu?

Ela está apavorada.

Que revigorante. Pensou o assassino, esbanjando um sorriso maníaco.

– O que eu fiz para merecer isso? – pergunta baixinho a garota temerosa, seu corpo tremia e não era de frio.

Meu bichinho. – respondo-a, fazendo um cafuné na sua cabeça, uma parte que restava da sua humanidade sussurrava que ninguém merece morrer e ficar sem respostas, por isso a respondeu o obvio de toda a situação – seu único erro foi está no meio do meu joguinho.

Odeio ficar no vácuo, mato quem me deixa em um. Pensou, assim que recebeu o silencio em resposta. Agora que ela tem sua resposta, pode morrer.

Afastou-se para tirar seu cinto das calças e volto novamente para perto da mesma toda amarrada e indefesa. Tudo poderia ser útil para dar vida ao seu hobby, uma ferramenta, um perigo, um artificio. Esse era o seu lema, o cinto era o seu e já era de grande ajuda nesse momento prazeroso e macabro.

Por favor, eu não quero morrer. – suplica a mulher, com suas mãos e calcanhares já amarrados – por favor...

As lagrimas saem em abundância pelo seus olhos, suas roupas estavam amarrotadas e sujas, seu cabelo se embolava com o pano que tampava sua boca, seu corpo pequeno cheio de cortes e machucados, tremia exalando pelo exterior o pânico que sentia por dentro; seus pés estavam expostos, pois seus sapatos haviam se perdido pelo local que brincadeirinha do agressor fizera tempos antes de chegar a esse grande momento infeliz, porém, o que dava mais ânimo para o que ele estava prestes a fazer, era as suplicas de seus olhos se misturando com as lagrimas de desespero, as palavras de socorro sem nexo algum com as de questionamentos em vão, deixando tão nítido a sua vulnerabilidade.

Tão vulnerável. Pensou, ao se aproximar enquanto a analisava minuciosamente em deleite.

Passo o cinto envolta do seu pescoço e aperto-o calmamente, vendo a vida dela sair diante dos seus olhos. Via seu olhar mudar de suplicantes para pânico em segundos, encontrando os seus sádicos.

Ela tenta lutar como pode, mas ambos já sabíamos como terminaria.

Sua vida se extinguindo em instantes dando continuidade ao jogo e a pressão aos que estão o procurando.

Assim que sua vida se esvaíra, o matador arrasta-a sem cuidado e como um objeto, para dentro do mato alto até parar na primeira arvore grande e robusta que acha. Depois que começaram a aumentar a segurança no local onde deixava suas peças do jogo, foi forçado a mudar de lugar, se o seu novo brinquedo descartado tivesse sorte, talvez ela logo seria achada e teríamos um progresso no jogo.

Senão ela seria mais um dos seus brinquedos perdidos por ai.

Eram tantos.

Tudo o excitava e o animava a cada progresso.

O deturbado ajeita-a debaixo da arvore na posição fetal deitada, logo coloca seu presentinhos nas mãos dela, deixando sua assinatura.

Volta para o seu carro e no banco de trás pega um saco descartável e retorna para onde a deixou, abre sem pressa o saco que pegou no seu automóvel e começa a despejar o conteúdo dentro, calmamente sobre a garota.

Elas eram tão fáceis de brincar. Pensou, com um sorriso presunçoso e satisfeito. Elas mereciam uma recompensa por proporcionar tamanho prazer.

Que garota não gosta de rosas?

Assim que termina de jogar todo conteúdo sobre o corpo, agradece-a por dar a vida ao seu hobby, fazendo uma reverencia de despedida e caminha em direção ao seu carro vagarosamente. Ele tinha uma ansiosa necessidade de chegar em sua casa, para ver o novo episódio da série, que acabara de estrear na televisão aberta, a serie estava fascinante e ele não podia perder nada.

Já que participava maravilhosamente como um abominável antagonista.

Resquícios  ✖️Jinyoung✖️ ✔️Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang