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A cada foto retirada das câmeras que foram coletadas por Chan e Minho, Jinyoung e Minhyuk ficavam mais convictos, que precisavam achar novos locais com câmeras ainda não verificadas pela dupla, estavam com um padrão na maioria das fotos, um borrado que não tinha melhora, mas as características padronizadas mostrava que estavam quase perto de ter um suspeito em potencial.

Um fato inegável era que as fotos do possível suspeito eram todos em um padrão: distantes das câmeras, com capuz cobrindo o rosto, roupas largas e provavelmente de tênis, com sua estatura esguio. O suspeito era bem cauteloso, pois não deixava nada próprio se destacar, para uma possível característica incomum que, consequentemente, pudesse ser reconhecido.

O que mais impressionava é a sua ousadia, onde o indivíduo aparece em várias cenas dos crimes junto com os curiosos na demarcação, estava diante de todos e conseguiu escapar, Jinyoung a partir de agora ficaria dez vezes mais alerta.

Jinyoung já tinha suas conclusões e já sabia o que fazer.

– Bom, temos que voltar as redondezas para achar novas câmeras que deixamos passar – pronuncia Park, chamando a atenção de todos para si, Jinyoung se afasta do computador onde estava observando o que dava pra salvar dos vídeos e fotos recolhidos pelos hoobaes, junto com Minhyuk e cruza os braços. – vamos fazer uma nova verificação.

Todos assentem em concordância.

– Podemos começar pelas redondezas, onde a terceira vítima foi deixada e de lá continuamos pelos outros possíveis pontos, onde o assassino pode ter passado ou a vítima, com sorte ambos. – Chan começa a formular o plano, apontando para as áreas dos locais que passariam no mapa aberto sobre a mesa ao lado do computador, que continha as imagens e vídeos juntadas anteriormente.

– Vamos marcar as já verificadas para poupar tempo – Minho sugestiva, se aproximando dos demais em volta do mapa – e vamos focar na procura das novas câmeras, depois retomamos para as já analisadas.

– Se acharmos imagens novas, – se prontifica Minhyuk – vou tentar deixar o mais nítido possível na hora, isso ajuda muito mais do que tentar dar a nitidez posteriormente.

– Podemos chegar antes com o mapa já marcado com os locais visitados. – Chan propõe, ao lado de Minho, que logo concorda – logo iniciamos na rua de mão única que se dirigi direto para o local, onde foi deixado o corpo de Sunmi.

– Boa proposta. – concorda Jinyoung – tentarei chegar cedo também, só por precaução – termina de se pronunciar, com a frase saindo quase como um pedido de desculpas antecipado, coçando a nuca – está virando um habito ter acontecimentos quando vou fazer algo.

– Sem problemas. – profere Minhyuk, dando um sorriso genuíno para o detetive e logo certifica com os demais – Então tudo certo?

Todos concordam e começam a se dispersar, já indo se organizar para a vistoria das câmeras de segurança no dia seguinte, quando Chan e Minho saem da sala técnica, onde se reuniam, Minhyuk chama Jinyoung para uma conversa em particular.

– Lembra do que me pediu para juntar? – indaga o rapaz de cabelos claros para Park – Reunir tudo pra você. – solta a sugestão no ar, entregando a pasta ao detetive – se quiser conversar depois de ver tudo, estarei à disposição.

– Quando eu sugar tudo o que você conseguiu juntar, volto para termos essa conversa – Jinyoung aceita a proposta, pegando a pasta cheia de informações confidencias e colocando debaixo do braço por dentro da camada grossa do seu casaco – muito obrigado.

– Não há de que. – pronuncia por fim, Minhyuk, já virando sua atenção ao seu computador –sempre as ordens.


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No dia seguinte, sem nenhum contratempo, Jinyoung conseguiu chegar no local combinado com os outros membros do departamento. Junto com os outros detetives e o TI Minhyuk, Park começa a se preparar para a vistoria. Como planejado todos fizeram a verificação com cautela e zelo, as câmeras já verificadas foram puladas e deixadas para serem recorridas no final da verificação, com a ajuda do mapa marcado de Chan e Minho, o grupo acelerou o processo para achar as novas câmeras.

Jinyoung olhava cada canto de vários locais nos quais averiguou, até que ao passar perto de um estabelecimento, o local chama imediatamente a sua atenção. Era uma loja de conveniências simples, que estava perto o suficiente da área do crime e a saída de mão única, fazendo com que fosse o único lugar, onde podia ver a entrada e saída do assassino, não via outra saída.

Com as expectativas no alto e a certeza que conseguiriam novas pistas, nas quais ajudariam no desenvolvimento do caso, o quarteto adentram o estabelecimento de conveniência, o lugar era praticamente um ponto estratégico da cena do crime, fazendo ligação com tudo. O lugar estava praticamente vazio, somente com a presença do atendente por trás do balcão, que parecia ter mais ou menos a idade de Jeogin, sua atenção estava completa e inteiramente para o seu celular em suas mãos.

Todos estavam tentando camuflar a empolgação com as câmeras espalhas pelo local, a possibilidade de finalmente terem o primeiro suspeito alegrava qualquer um, se Minhyuk conseguisse deixar as imagens nítidas o suficiente para comparar com as demais e dá-los um rosto ou um destacar significativo do indivíduo, o caso teria um avanço significativo junto com um mandado para o suspeito.

Tudo estava dependendo das câmeras do local.

Detetive Pepi queria que suas intuições estivessem certas naquele momento.

Park visualiza o estabelecimento deixando o pedido para a liberação das câmeras com os rapazes do departamento, divide sua atenção no local e na conversa que se desenrolava, a alguns metros, com o atendente.

– Com licença. – Chan chama a atenção do garoto atrás do balcão, com relutância o rapaz ergue o olhar para os quatro a sua frente – queremos ver as filmagens se for possível, por favor.

– Só para pessoas autorizadas. – retruca o atendente, curto e grosso, voltando a sua atenção para o celular.

– O dono está? – indaga Minho, por sua vez, já que o jovem tinha mais paciência que todos ali.

– Não, o dono chegará mais tarde. – responde, com impaciência – se não forem comprar nada, é melhor irem embora.

Jinyoung revira os olhos ao presenciar o andamento desse dialogo simplório e gentil dos hoobaes, caminha para próximo dos presentes no estabelecimento e logo pega a frente da situação.

– Queremos ver as filmagens disponíveis. – pronuncia o detetive Pepi, com sua feição impassível, de forma autoritária e séria, fazendo com que o garoto atrás do balcão erga o seu olhar para ele e desvie para o distintivo visível do agente, mudando instantaneamente a sua feição, Jin erguendo uma das suas sobrancelhas e dita – agora.

– S-Sim, senhor. – acata o jovem, rapidamente saindo por trás do balcão e caminhando para uma parte restrita apenas para funcionários no final da loja, logo chama o quarteto para o seguir na área que se encaminhava.

– Mas que.... – Minhyuk começa com descrença na voz, mas para o questionamento aos restantes do grupo, encontrando os outros com a mesma descrença e choque desviando seus olhares para um Jinyoung satisfeito com o ato rápido do atendente.

– Poder da polícia, meus Caros. – Jinyoung se limita dizer, dando os ombros e começando a andar na direção do atendente parado na entrada da área restrita na espera da equipe.

Todos ao superar o choque inicial, sorriem entre si e dão de ombros, logo começando a seguir o funcionário e ficando no encalço de Park, que tinha as suas expectativas e sua intuição crescente a cada passo, se tornando cada vez mais concretas enquanto exalava aos demais.

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