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Justiça é uma forma distinta, no ponto de vista das pessoas, um conceito relativo, totalmente abstrato, mas que tentamos concretizar em cada situação que nos colocamos.

O significado de Justiça é diferente em cada um, mas no final é ela que recorremos, que queremos, não importa como. Mark e os parentes das vítimas queriam isso mais do que tudo, infelizmente, era muito cedo para obtê-la.

Felizmente, já se podia trilhar um caminho para obter essa finalidade.

Com todos os detetives presentes no departamento, Jinyoung aguardava o chamado para a nova reunião e não se aguentava de curiosidade com as possíveis revelações que podia ter, com essa troca de informações, que aconteceria em breve ou o mais rápido possível.

Detetive Pepi começa a se concentrar no seu relatório sobre suas descobertas – totalmente escassas – em relação ao caso; o interrogatório com o Tuan e uma parte mais restrita do relatório ao superior, sobre a testemunha oculta – Daemi – e a patrulha de Changbin e Felix na casa dos seus pais, e finalizando com o motivo da dispensa temporária de Jeogin, uma ordem que veio diretamente de Jinyoung. Assim que termina, respira satisfeito pelo seu relatório de total autoria, sem recorrer a ajuda de Minho ou de Jeogin – ou qualquer outro que ele pudesse recorrer.

Seu olhar sai do computador a sua frente para Chan e Perry, que saem com as faces tensas e preocupadas do gabinete do Chefe Park, sendo movido pela curiosidade Jinyoung se aproxima de ambos querendo está por dentro das novas informações saídas pela chefia, mas o que escutou foi uma revelação inesperada.

– Acabamos de descobrir que a terceira vítima, Sunmi. – pronuncia Chan – é sobrinha do Comandante Park.

– Isso significa que... – começa Jinyoung, deixando a frase no ar.

– A hipótese de que a escolha das vítimas serem relacionadas com as autoridades envolvidas no caso, está certa. – completa Chan.

– Temos que abri um alerta para as nossas famílias. – propõe Perry, com aflição – se isso está realmente certo, muitas pessoas estão correndo perigo.

– Seria ruim fazer um alarde, – divaga Jinyoung, temeroso, mas ao ponto de concordar com Perry – mas podemos colocar algumas medidas de segurança até nós o prendemos.

– Será que o Killer tem alguma desavença com o departamento? – questiona Chan, ponderando as teorias formadas em sua cabeça.

– Será que é de algum caso antigo não solucionado? – continua Perry – ou que foi arquivamento sem um culpado ou algo do tipo?

Ambos desviam seus olhares cheios de perspectivas e questionamentos para Jinyoung, a procura de uma possível resposta.

– Provavelmente. – se limita dizer, vagamente – por hora vamos focar na reunião que teremos em breve, se tiver uma brecha podemos fazer esses questionamentos diretamente ao chefe e conseguir até um posicionamento ou uma ordem direta. – então complementa, lembrando da revelação anteriormente – o Comandante disse sobre afastamento ou algo do tipo, por conta de seu parentesco com a vítima?

– Só pediu discrição sobre esse assunto por hora. – responde Perry, soltando um suspiro – ele é de ferro.

– Ninguém é de ferro. – comenta Chan, em contrapartida, dando ombros – ele só é profissional e compromissado com o seu dever, a carga só é maior para o lado dele.

– Certo, então por enquanto vamos ser discreto. – profere Jinyoung, sem ter nada o que fazer em relação a esse assunto e o encerrando para não propagar – quando for a hora para o chefe, ele saberá o que fazer.

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