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– Está tudo bem? – pergunta senhorita Park, segurando o filho, quase que delicadamente, pelos seus ombros e olhando-o no fundos dos seus olhos – está com fome?

São as primeiras palavras da mãe do Jinyoung, assim que o mesmo chega perto o suficiente da genitora.

– Está tudo bem, obrigada.... – responde o detetive, suspirando e semicerra os olhos em direção a sua mãe – na verdade, eu que deveria perguntar isso para você. – retruca com um filho preocupado – Está tudo bem? Já comeu?

Ela solta uma risada gostosa, que espanta até os medos mais recentemente escondidos dentro do detetive, Park amava escutar a risada calorosa da sua mãe.

– Estou muito melhor agora. – responde, sorridente – já te disseram que as mães se sentem completas, quando seus filhos retornam para casa? – questiona amável, fazendo afagos nos cabelos sedosos e cheirosos do seu único filho – Estou me sentindo completa nesse momento. – responde sua própria pergunta, ampliando seu sorriso amoroso e indaga, fazendo a barriga do seu filho roncar e enche-lo de nostalgia ao mesmo tempo – estou pensando em algo para o almoço, alguma sugestão?

– Queria tomar a sua sopa magica, se não for incômodo. – pede dócil, sentindo o conforto do abraço de sua mãe e do lar.

É tão bom voltar para casa dos pais e ser recebido pelo longo abraço maternal, que a sua mãe dar sempre que chega na residência, é sempre maravilhoso e indescritível.

– Vou fazer doenjang guk para você, então. – anuncia, caminhando para dentro de casa, ainda abraçados, já se caminhando para a cozinha.

Assim que ambos chegam na área da cozinha, sua mãe se afasta do filho passando para o outro lado do balcão, onde realizaria os afazeres para o almoço e Jinyoung senta em um dos bancos do outro lado da mesa para preparos, visualizando sua mãe se preparar para cozinha o almoço do dia em família.

– Onde está Daemi? – questiona Jin, com certa curiosidade e um pouco preocupado, por não vê-la em lugar nenhum desde que chegou na casa de sua mãe.

Mesmo que tenha chegado a minutos atrás.

Não ver seu pai e Daemi desde que chegara, deixava-o curioso e aflito com a ausência, porém, cheio de indagações em seus pensamentos. Será que estavam em casa? Será que saíram? Será que Changlix estão junto dos dois se saíram? Será que saíram separadamente? Felizmente, seus pensamentos foram silenciados com a resposta da sua mãe.

– Ah, ela ainda está dormindo, deixo-a dormir até acordar sozinha e descansada. – responde, com suavidade e tranquilidade – já, já ela acorda, ela não é dorminhoca e é uma pessoa muito disposta pelas manhãs, mas ontem teve alguns pesadelos e deve ter a cansado. – continua, senhorita Park vai até a geladeira abrindo-a e desvia sua atenção ao filho e pergunta – Muitos ingredientes?

Para pessoas que acabaram de se conhecer, até que a Sra. Park é muito observadora. Jinyoung sorri com seus pensamentos e fica feliz pela personalidade perspicaz da genitora, seu corpo e mente ficam mais tranquilos, gradativamente, se permitindo relaxar.

– Sim, por favor – responde Jin, por fim, ao notar o olhar analítico de sua mãe sobre si na espera de uma resposta e logo desconversa quando ver sua omma semicerrar o olhar para o mesmo, cheia de idealizações sobre os dois – você conseguiu roupas para ela?

– Ah claro que sim, meu filho. – responde a mais velha, se distraindo com seus afazeres, colocando as vasilhas cheias de ingredientes no balcão, um por um no seu tempo, Jinyoung se sentia tão em paz vendo os pequenos atos de sua mãe na cozinha, continua comentando – as roupas ficaram largas, mas as minhas antigas ficaram perfeitas para ela. – ela ergue seu rosto da tabua de cortar e encarando-o, antes de responder uma pergunta que nem ia ser feita – sim, eu já fui jovem e muito bonita, pergunte para seu pai, ainda tenho minhas belezas da juventude – finaliza com uma piscadinha e volta a sua atenção para a geladeira, fazendo seu filho sorri do jeito espontâneo da sua mãe.

Sua omma começa a preparar as coisas sobre a pia enquanto Jin se levanta do seu lugar para prepara a mesa, para o almoço familiar. Comer a sopa magica da sua genitora era tudo o que mais queria nesse final de semana de folga, por incrível que pareça só o momento com sua mãe fazendo as coisas do dia a dia, trazia paz e conforto para o rapaz, como se estivesse se recarregando pelo período desgastante que estava sendo essas semanas, com toda essa pressão com a investigação ainda em andamento. Jinyoung sabia que seus momentos com sua mãe, seria sempre a melhor parte de toda a sua vida, amava seu pai com todo o coração também, mas sua conexão com sua mãe era inexplicável.

Os dois ouvem passos se encaminhando para a cozinha, o detetive se permite olhar para a direção de onde estava a pessoa – ou as pessoas – se aproximando. Daemi adentra a cozinha junto com o pai de Jinyoung, esbanjando um sorriso genuíno nos lábios enquanto o appa falava pelos ventos. Sook estava com um vestido florido que ia até os joelhos, realçando sua cintura e a saia rodada dava um aspecto jovial para a garota, seus cabelos estavam arrumados em tranças que ao comprimento do cabelo se tornava um só.

Assim que os olhares de ambos os jovens se encontraram, Jinyoung engole em seco sem reação enquanto o corpo dela fica tenso, seus olhares estavam conversando silenciosamente ao mesmo tempo que parecia que o tempo tinha parado e ambos tinha se esquecido de respirar.

– Oi. – cumprimenta Daemi, após longos segundos de silencio e envolvidos em uma tensão quase palpável.

– Oi. – cumprimenta de volta Park, ficando rente com o copo e com as mãos para trás, se afastando da mesa que arrumava, sem desviar seu olhar da mulher a alguns metros a sua frente.

A vestimenta do detetive estava bem mundana e juvenil como ela, ambos estavam mais relaxados fisicamente e pareciam uma pessoa completamente diferente de como estavam da última vez, contudo, eles preferiram colocar em suas respectivas cabeças a relação e o olhar de profissional da segurança-testemunha.

– Sentem-se. – pede a mãe de Park, animada ignorando a situação estranha dos dois e logo anuncia – o almoço está pronto.

– Que cheiro bom! – comenta Daemi, em elogios, esquecendo seu sentimento de estranheza e uma parte sua na qual estava focada até demais no detetive a sua frente, logo escolhe uma das cadeiras e se senta.

– Obrigada, querida. – agradece a senhorita Park, colocando com a ajuda do senhor Park, as panelas quentes no centro da mesa e manda seu filho se sentar o liberando da ajuda.

– Então, vamos comer? – profere um Jinyoung, esfomeado, fazendo todos sorrirem em cumplicidade.

 Sim! – todos concordam conjuntamente, dando início ao almoço saboroso em família.




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