Resquícios ✖️Jinyoung✖️ ✔️

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Mina se despede de suas amigas na frente do cursinho, que estavam fazendo juntas desde o início do segundo semestre, faltava só um ano e meio para o exame nacional que daria a abertura as universidades, para os estudantes tão empenhados. A garota tomou seu rumo diário, para casa com a cabeça cheia de pensamentos do que ocorreu nos últimos dias.

A garota Yu estava empenhada em descobrir o que sua Unnie queria que ela soubesse. Em quem não devia confiar? O que eram os significados das inicias contidas na sua breve carta? O que a mais velha esperava que ela fizesse? E as perguntas de Seungmin? O que tudo isso relacionava suas amigas – infelizmente – falecidas, JB, Daemi e ela? Estariam todos envolvidos no caso que Jinyoung estava investigando?

Ah, Jinyoung.... Como sente falta do mais velho. Ele deveria está todo feliz com o sumiço dela, mas ela estava fazendo isso pelo bem das investigações e por ele.... E por ela? É, por ela também, já que precisava se concentrar nas provas e está pronta para o exame de tamanha importância em sua vida e futuro, com Jinyoung por perto, ela não conseguiria nem presta atenção ao sinal a sua frente.

Mina para perto da faixa de pedestre, esperando o sinal abrir para que atravessasse a rua que estava no caminho de sua residência. A garota aperta o botão para solicitar o sinal verde e aproveita para ver as pessoas à sua volta. Tinha uma mãe com seu bebê, um casal de namorados e um cara sozinho, no qual a miúda o achou estranho instantaneamente e bem familiar, com o capuz escondendo seu rosto e tudo mais.

O cara exalava perigo e familiaridade.

O sinal abre e Mina começa a andar, a cada passo seu caminhar ficava ainda mais rápido pela faixa, pelo caminho que normalmente faz todos os dias com calma, agora queria que ele encurtasse e que na próxima esquina já pudesse ver sua casa. Ela só queria chegar em sua casa.

O mais rápido possível.

Anda duas quadra e dobra. Odiava o beco que deveria passar, para chegar em casa e caminha ainda mais rápido, quase correndo quando entra no bendito beco.

Algo lhe diz para não olhar para trás.

Seus instintos.

A garota consegue sentir alguém a seguindo pacientemente. Seu coração começa a bater cada vez mais rápido e dolorosamente, dentro do seu peito. Ela pega o celular rapidamente no bolso do seu moletom escolar e disca na discagem rápida o número de Jinyoung.

Ouve o telefone começar a chamar, cada passo o Tum de conexão, deixa-a cada vez mais desesperada.

Atende, pensa quase chorando, atende.

– Oi, Mina. – Ouve a voz suave e segura de Jinyoung, no outro lado da linha assim que a atende, seu corpo e coração se acalmam, apenas por escutar a sua voz – está tudo bem? Aconteceu alguma coisa?

– Jinyoung. – sussurra, rezando para que o mesmo á escute do outro lado da linha e note o seu desespero a cada palavra – Jinyoung, socorro.

– Mina. – ouve a urgência de Park – onde você está?

– Estou perto de casa, mas estou com medo de não conseguir... – ela se interrompe, quando escuta sons metálicos batendo e caindo atrás de si.

Seu olhar busca as luzes dos postes, que brilham convidativos no fim do beco, no começo da rua de sua casa.

Falta tão pouco.

Contudo, seus pés travam no lugar, o pavor se apossa do seu corpo.

– Mina! – a voz de Jinyoung, traz ela de volta para a chamada – estou a caminho. – então pede, com aflição – não desligue enquanto não entrar em casa, está me ouvindo?

– Jinyoung, venha rápido. – choraminga, sentindo seu coração a machucando ao bater dentro de si e o pânico a apossando cada vez mais – por favor.

– Mina, fique comigo, okay? – pede de volta, com a voz mais calma, porém tensa – Não se desespere, seu anjo da guarda está chegando.

Ao fundo, Mina, ouve uma melodia lenta feita por assobios, seu corpo todo se arrepia.

– Mina. – chama Park, com urgência – o que está acontecendo?

– Ele está vindo. – a garota Yu responde, em alerta e com um fio de voz.

Eram suas últimas palavras para Jinyoung, antes de o desespero tomar conta de si e logo começa a correr, com sua vida por um fio e com a esperança de chegar em casa, antes de ser pega por ele.