'Cinquenta e Um'

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NOAH ON

Passei o dia tentando continuar a música desde o ponto que eu e Cali paramos, foi muito difícil escrever algo realmente bom hoje.

Depois de muitas tentativas escrevi alguns acordes que na minha humilde opinião ficaram muito bons. Cali vai amar.

Quando terminei de fazer os acordes fui até o salão principal e encontrei com Any por lá que andava de um lado para o outro.

-Ta tudo bem? –Perguntei e a garota finalmente se deu conta da minha pessoa no local.

-To esperando a costureira para o vestido das madrinhas, ela ta demorando.

-Relaxa, ela já vai chegar. –Falei tentando acalma-la.

-E como anda a música? – Perguntou.

Não sabia o que dizer, estávamos compondo, mas não estava saindo exatamente como imaginávamos, porém eu acredito que até o dia do casamento a música vai estar perfeita.

-Esta ótima. –Menti. Mas não iria dizer que ainda precisávamos de tempo, ela ia surtar mais que já esta surtando.

A costureira finalmente chegou e então Any e a moça de cabelos grisalhos foram até uma sala onde acredito que as meninas estejam lá.

Fui para meu quarto e fiquei por lá assistindo televisão, os meninos estavam jogando bola e eu não estava afim e então só deitei na minha cama e liguei a teve assistindo um canal de culinária.

(...)

Acordei assustado com alguém gritando, o que será que esta acontecendo?

Não soube reconhecer de começo quem era, mas depois de alguns segundos percebi que a voz era muito familiar... Era Caliope.

Sem pensar duas vezes corri até o quarto da garota que não era tão distante do meu e entrei ao seu quarto me deparando com a garota deitada em sua cama gritando sem parar.

Corri até ela que mesmo fria suava, suas mãos estavam tremulas e mesmo de olho fechado as lágrimas escorriam.

-Cali. –Falei sacudindo-a. Sem resposta.

Continuei sacudindo-a de leve até que ela acordou assustada, sua respiração estava ofegante e a mesma chorava muito.

-Noah? –Ela disse em meio a soluços.

-Eu to aqui, ta tudo bem. –Falei ao puxar a garota que ainda tremia para meus braços.

Aos poucos sua respiração foi se normalizando, ela permanecia em meus braços e suas mãos estavam segurando meus pulsos como se estivesse com medo que eu fugisse.

-Ta tudo bem agora? –Perguntei quando percebi que ela já havia parado de chorar.

Ela se sentou na cama, mas não me encarou ficou de cabeça baixa respirando de forma lenta.

-Foi um pesadelo né?

-Foi.

-O que aconteceu? –Não sabia se era uma boa pergunta a se fazer agora, mas minha curiosidade falou mais alto.

Quando ela foi tentar explicar o que havia sonhado seus olhos se encheram de lágrimas novamente, meu coração se despedaçou.

Isso me lembrou do dia em que terminamos, eu fiquei realmente triste em vê-la daquele jeito. Seus olhos pequenos inchados e muito vermelhos.

-Foi com o meu pai. –Ela disse enquanto uma lágrima solitária escorria por sua bochecha esquerda.

-Esses pesadelos acontecem muito?

The Real Life// Now UnitedWhere stories live. Discover now