Capítulo 13 - Weenny: Deuses.

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Levantamos, tomamos um café da manhã reforçado, arrumamos nossas mochilas e preparamos um veículo adequado para passeios na neve, pegamos casacos e proteções o suficiente, além de roupas para banho, apesar de parecer um tanto irônico, e partimos ainda de madrugada para Seyðisfjörður, suas estradas são realmente impressionantes, montanhosas e sinuosas, as paisagens são dignas dos melhores filmes de Hollywood e vão cativando nossa atenção por todo o caminho, principalmente pelas muitas cascatas que vemos até a nossa primeira parada que é no mirante e cahoeira, aproveitamos para tirar muitas fotos, enquanto apreciamos a vista do vilarejo e dos vales rochosos, que são chamados de fiordes orientais.

Na descida procuramos conhecer o povoado e seus monumentos, como a igreja azul, o ferry e a bonita arquitetura, almoçamos em uma das pousadas e seguimos viagem.

Em algum tempo chegamos em uma das mais bonitas e apreciadas cachoeiras da Islândia a Goðafoss, ouço algum guia informando que ela tem doze metros de altura e trinta metros de largura e que transporta água de um rio que tem um nome complicadíssimo, mas o acesso pelo menos é bem fácil, os guias nos orientam a respeito dos pontos para uma aproximação e visualização mais segura.

A paisagem é simplesmente perfeita formada pela neve sob nossos pés, a cachoeira lindíssima à nossa frente por onde as águas do rios caem com fúria e beleza, podendo apreciar também o entardecer.

De repente sinto os braços do meu marido me envolvendo.

— Sabe como se chama essa cachoeira? – ele sussurra e me provoca arrepios.

— Imagino que você saiba. – digo, acaricio seu rosto e dou um leve beijo na comissura do lábio.

— Cascata dos deuses... O que eles diriam a respeito disso? - diz e rimos juntos lembrando que nossos amigos sempre nos chamam de deuses e sem dúvida seria uma boa oportunidade para uma nova brincadeira.

— Sinto saudade deles, vamos reencontrá-los, não vamos? – é mais um pedido do que uma pergunta.

— Eu te prometo, mas não posso dizer mais do que isso, só peço que continue confiando em mim. – Pati faz questão de olhar em meus olhos ao dizer isso, seu tom de voz é calmo e firme e seus olhos expressam a verdade de suas intenções.

— Minha vida e meu destino estão em suas mãos, meu amor.

— Nossas vidas e destinos estão unidos, Patni, sempre cuidarei de você e de nossa família. – ele diz e me beija.

Voltamos para a mini van e partimos, durante toda a viagem permanecemos em silêncio, não posso dizer que é o suficiente para se tornar desconfortável, chegamos em Akureyri ao anoitecer, passeamos pela cidade tão bonita e aprazível e jantamos, encontramos um hotel e descansamos por algumas horas.

Acordamos cedo e seguimos para a região do lago Myvatn, a vista é realmente incrível e as palavras se tornam repetitivas para qualificar tudo o que temos visto, a neve parece adornar tudo de maneira especial, passamos pelo grande Hverfjall, o vulcão adormecido em formato de cone e que pode ser visto à distância, vamos ao balneário e passamos horas relaxando com um bom banho termal.

É incrível ver que mesmo durante um rigoroso inverno e nessa região gélida e com ventos tão intensos que nos obrigam a vestir casacos pesados, roupas e botas especiais, é o mesmo lugar que tem vulcões, águas de fontes termais que chegam a temperaturas de cerca de trinta e seis a quarenta graus nesses balneários, um contraste bem interessante.

Encerramos nosso terceiro dia na Islândia de maneira bem especial, seguimos para Jökulsárlón a laguna dos Icebergs.

Pati reserva uma embarcação para nós e um guia que nos dá todas as instruções necessárias, não sou capaz de descrever a emoção de ver a grandiosidade dos icebergs e de caminhar entre eles, é magnífico, imponente, espetacular, majestoso, ficamos tão pequenos diante da grandiosidade da natureza! Sou grata por poder apreciar tudo isso, como sou afortunada.

Escolhas Do Coração - A AscensãoWhere stories live. Discover now