Escolhas Do Coração - A Ascensão

Capítulo 15 - Weenny: Azul Caribenho.

— Bem vinda à Georgia, Estados Unidos. – ele diz e sorri ao ver que estou surpresa.

Desembarcamos e somos levados de helicóptero até um resort em Sea Island. Conhecemos nossa suíte, vestimos nossos trajes de banho e saímos para explorar as belezas desta ilha privativa, aproveitamos a praia, conhecemos as pistas de golfe e até arrisco jogar, me surpreendo ao notar que meu marido conhece muito bem esse tipo de jogo e consegue derrotar seus adversários com certa facilidade, o que me faz ver que sou melhor na torcida e no apoio do que jogando.

Observamos as outras atividades que o resort oferece, como tênis, escalada e outros, mas não nos aninamos a participar nesse momento. É um lugar bastante animado e organizado e com muitas opções de lazer para todo o tipo de público.

Caminhamos pelos campos e corremos na praia, voltamos para a nossa suíte para tomarmos um banho e retornarmos para a praia, um luau está sendo preparado para essa noite e logo depois está marcada uma cavalgada, a noite promete ser bem especial.

Passamos dois dias em algumas das ilhas chamadas de golden Isles ou ilhas de ouro, St. Simons, Jekyll e Sea Island. Nos dedicamos a muitas atividades diferentes como trilhas, ciclismo e corrida na praia, jogamos golfe, tênis e praticamos canoagem.

Pati sugere um destino diferente para o nosso terceiro dia, ainda em solo americano, propõe um desafio e diz que só vai me dar maiores detalhes quando estivermos no vôo e caso eu aceite essa proposta às cegas, jamais fujo a um desafio, seja ela qual for e independente do temor que me cause.

Seguimos de helicóptero até a Carolina do Sul, estamos apenas com uma mala e o restante de nossa bagagem está em nossa aeronave. Durante o curto trajeto ele me dá detalhes sobre a atividade que vamos fazer, o salto com paraquedas.

Fico um pouco ansiosa, mas evito demonstrar porque sou muito competitiva, o que me alivia um pouco é saber que teremos treinamento prévio.

A ideia de passar no resort primeiro me agrada e me serve para me acalmar, a ilha Kiawah é encantadora e suas paisagens são deslumbrantes e tranquilizantes, muitos campos e estradas, as águas são cristalinas, o hotel é luxuoso e as pessoas são muito solícitas, tudo é realmente muito agradável.

Organizamos nossas coisas e partimos para enfim tentar realizar a nossa competição, mesmo trêmula e sem ter a menor certeza se vou concluir o desafio o sigo, faço o treinamento e mantenho a minha pose de possível vencedora.

— Se conseguir fazer o salto duplo, aquele que vôce faz junto com o instrutor, será vencedora da aposta. – meu marido diz.

— É mesmo? E se eu conseguir pular sozinha, o que ganho? – digo tentando parecer convincente.

Sério isso, Weenny? Você nem tem coragem de subir naquele avião e fica com essa pose? Toma vergonha na sua cara e pelo menos para de tremer... – penso e quase rio de mim mesma.

— Peça o que quiser. – ele diz e sorri com malícia.

— Na cama eu peço. – eu sussurro com malícia em seu ouvido e sinto sua pele arrepiar.

— Não vai perguntar o que eu quero ganhar? – pergunta com ardil.

— Não! Você não vai vencer. – digo e passo por ele sorrindo... E tremendo, é claro.

Me apresso a entrar no avião, antes que eu desista de uma vez por todas.

Termino de vestir o macacão e aguardo que várias outras pessoas da equipe entrem nessa aeronave especial e tragam os equipamentos necessários, vestimos alguns acessórios adicionais e nos preparamos até ganhar altitude suficiente, sinto meu coração disparar, minhas mãos suam frio, minha garganta está seca, assim como meus lábios... Os homens conversam e riem com tanta naturalidade que parece que estão ao redor de uma mesa de bar e não prestes a pular e nem sabem se o paraquedas vai abrir ou se vão morrer caindo no chão de cabeça ou no mar e desaparecendo para sempre.