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eu já estava em casa e agora tentava controlar minha ansiedade, que estava me matando para mandar uma mensagem ao Taylor, mas acho que é muito cedo e ele provavelmente pensará que eu estou desesperada por atenção. por isso ajudei minha mãe a arrumar a casa. era uma ótima distração para passar o tempo.

nunca fui do tipo dona de casa, mas é sempre bom começar, já que em breve eu pretendo morar sozinha. ainda não comentei minha decisão com a senhora Eleanor, pois sei que ela pode ficar sentida e tentada a me fazer mudar de ideia.

sentirei saudades daqui, quando eu for. mas sinto que preciso de uma coisa mais minha. mais privacidade, mais conforto... algo que seja mais minha cara.

sem contar que Peter já é quase maior de idade e Molly já está virando uma mocinha. creio que meus pais não irão se sentir sozinhos.

eu não sei se quero montar uma família com filhos e cachorros, bom, os cachorros eu quero sim, mas não sei se quero fazer isso ao lado de alguém... alguém que... eu não sei. acho que ainda não pensei nisso direito.

- Melinda! - escuto Peter gritar o meu nome de dentro da casa.

- o que você quer? - desço da escada que eu estava usando para estender roupas no varal.

- quero explicações... desde o show ainda não falei com você.

- falou sim - o corrijo.

ele me olha irritado.

- mas não sobre o bolo que você me deu.

reviro meus olhos sem que ele veja. achei que isso tinha ficado no passado.

- olha só, Peter, eu não tive culpa, tá legal?! - me abaixo para pegar uma bacia com roupas secas e entro na casa para poder começar a passar as peças. - quem em sã consciência iria preferir ficar com dois adolescentes chatos, em vez de ficar com a melhor amiga na área vip.

ele me segue de braços cruzados.

- então pra você eu sou chato?

solto um suspiro lento e profundo.

como a minha mãe me aguentou, como aguenta ele e como pretende aguentar a Molly quando chegar nessa fase?

- eu não acho que você seja chato, bom, eu sei que disse que achava, mas é a força do hábito - dou de ombros.

- tudo bem - diz e pega o celular em cima da mesinha de centro. - July vai vir aqui hoje, e peço que, pela "força do hábito" não fale com ela.

solto uma risada.

- não precisa nem pedir - digo. - será um prazer.

ligo o ferro de passar roupa e o deixo esquentar apoiado na tábua.

- você me...

antes que ela possa terminar, a campanhinha toca e ambos olhamos para porta.

- salva pelo bongô! - provoco para depois ir abrir a porta.

ele vira de costas para mim e sobe a escada a passos pesados, fazendo com que, além de ver, eu possa ouvir um Peter raivoso.

destranco a porta e me surpreendo com a visita inesperada.

- Josh?! - digo, ainda surpresa.

- eu mesmo. em carne e osso - ele sorri e depois me puxa para um abraço.

- caramba... eu não te vejo desde que fui para Los Angeles - dou espaço para que ele entre.

- pois é - diz se sentando no sofá. - faz muito tempo...

baby I'm yoursWhere stories live. Discover now