O convite

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Capítulo 6: O convite

Eileen era um gênio. Harry começou a entender de onde Snape tirava a incrível eficácia para Poções: era hereditário. A garota não atendia às aulas com ele, era um ano mais jovem e, no entanto, era simplesmente brilhante em qualquer coisa que envolvesse caldeirões e mantimentos. 

—Entendeu, Harry? 

—Sim, sim. — Balançou a cabeça, respondendo de forma sussurrante. 

Estavam na biblioteca. Harry acabara de ser liberado de um tempo duplo de Poções pela manhã e Eileen não parecia muito animada para assistir História da Magia. 

—Então repete o que eu disse. — pediu a garota, com um tom meio mandão.

—Deixa eu ver…  — começou o moreno — primeiro separar todos os ingredientes na quantidade certa.

—Assim você não vai errar na hora de colocar.

—Faz sentido. E misturar do meio para cima, sem arrastar no fundo do caldeirão.

—Exatamente! Tudo que tiver que desfazer vai desfazer. Se por acaso precipitar no fundo, é um excesso desnecessário que pode estragar tudo a longo prazo.

—Tudo bem, tudo bem. E mesmo nas misturas que pedem fogo alto, eu nunca devo deixar tão alto assim, não é? É, na verdade, médio-alto. — Harry tinha anotado essas dicas num pedaço de pergaminho muito bem guardado dentro do seu livro surrado de segunda mão — Eileen, você é a melhor! 

—Eu sei… algum dia eu ainda vou virar uma pocionista famosa. — A garota deu um sorriso ladino — Você tinha dito que ia na enfermaria não, é? Acho que eu não posso te ajudar muito mais em Poções dentro de uma biblioteca. 

Harry acenou positivamente, pegando o livro e suas anotações. 

A primeira semana de aula passara. Ele teve aula de transfiguração com Dumbledore três vezes e, se alguém lhe perguntasse como o antigo diretor era de maneira docente, ele diria apenas "excelente". Dumbledore tinha mais paciência do que Minerva com os alunos e também os dava mais liberdade. Ele não reclamou quando a xícara de Bertania Jonkys, Grifinória, ao invés de virar um sapo perfeito, ficara verde e saltitante até se partir. Na verdade, ele até riu e repetiu o movimento um milhão de vezes até que a garota tivesse o dominado perfeitamente.

Entretanto, não era difícil perceber o clima sepulcral que permeava a sala de aula do professor. Sempre que ele passava por Tom, parecia que uma guerra explodiria ali mesmo tamanha a hostilidade. Era um clima velado, é óbvio, mas muito iminente para qualquer um que se deixasse prestar um pouco mais de atenção, coisa que Harry estava fazendo em dobro caso precisasse intervir muito rapidamente.

Além de Poções e Transfiguração, também tivera aulas de DCAT com uma professora muito mais idosa do que o normal. Ela aparentava ser viva quando Binns ainda tinha sangue em suas veias, mas era bem mais decente do que Lockhart pelo menos — Harry duvidava internamente que houvesse como alguém ser pior.

O professor Berry de Herbologia, muito alto e adunco, dera uma atenção especial para Harry durante a aula, oferecendo ajuda e contando piadas. Aparentemente se compadeceu mais do que os outros com sua trágica história de vida.

Além de Dumbledore e Binns, havia um outro professor de que Harry se lembrava muito bem: o feiticeiro Flitwick que, com excessão dos cabelos brancos, parecia o mesmo do seu tempo até na forma de ensinar feitiços.

O moreno gostou de ver rostos conhecidos. Numa missão quase suicida, era bem interessante saber que podia contar com alguém. E, tirando todas as apresentações que teve que fazer, os cochichos irritados dos sonserinos e olhares misteriosos de Dumbledore e Tom, a semana não foi tão horrível. 

Pela primeira vez...Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang