Pacto de Sangue

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Capítulo 12: Pacto de sangue.

Que situação embaraçosa! 

Inventar mentiras para Tom foi fácil comparado com todo o estresse causado pelas duas amigas fofoqueiras. 

Harry dormiu na cama de Tom. Não que tenham feito qualquer coisa minimamente interessante, mas sim por simplesmente estar morto de cansaço. Haviam conversado durante alguns longos minutos — talvez horas — e, num determinado momento, enquanto descrevia sua mãe para Riddle, simplesmente caiu num sono profundo. 

E, obviamente, aquele sonserino traiçoeiro o deixara dormir além da conta, fazendo Eileen acordá-lo com muitas perguntas e acusações. Com toda certeza a amiga não conseguiria esconder aquele "segredo" de Murta, mesmo que Harry implorasse bastante. 

"Nossa! Não acredito! Harry eu não acredito! Imagina que eu sonhei com você e Tom essa noite… na verdade, de dia. Eu dormi na biblioteca sem querer" 

Logo após, exigiu cada detalhe sórdido que a mente louca dela fantasiou, e, por mais que ele dissesse não existir, a menina não confiou em nenhum momento.

—Oi, você é Harry Smith, não é? 

Harry, Eileen e Murta estavam indo em direção aos jardins. As meninas planejavam extrair mais informações enquanto observavam a calmaria ao longo do lago espelhado.

Com a chegada próxima do verão, era comum que muitos alunos ficassem depois das aulas lá fora para respirar um ar mais fresco. Naquele dia em específico, grupos de todas as casas se dividiam pelo local, ocupando bastante o ambiente noturno.

—Sim, sou eu. Ei, Hagrid! Como está? 

—Estou bem, Harry. Estou bem. Eu segui seu conselho… coloquei Aragogue na Floresta. — Ele parecia meio emocionado, coçando os olhos úmidos. — Espero que ela ache um lar, uma família.

—Ela vai, tenho certeza que vai. — O garoto que o chamara respondeu, tentando tranquilizar o meio gigante. 

Era um menino alto, umas duas cabeças maior que Harry, e bem esguio. Seus cabelos eram pretos e davam um indício de selvageria, camuflada apenas pelo corte num padrão mais baixo. Os olhos eram castanho-claros, da cor de uma avelã, e ele era bem pálido e sorridente. 

—O que vocês querem mesmo? — perguntou Eileen, soando desconfiada.

—Ah, perdão. Hagrid, você não ia conversar com o professor Kettleburn sobre aquele verme? 

—Ah, sim, é verdade. Com licença Harry, Murta… 

Eileen estalou a língua. 

—Eu precisava que ele saísse para falar mais abertamente. — O garoto riu, coçando a nuca. — Bem, eu só vim agradecer, Harry. Eu não já estava tentando fazer Hagrid se livrar daquele monstro fazia alguns dias. 

—Ah, era isso? — O moreno questionou, balançando a cabeça. Era claro que mais alguém deveria ter medo do meio gigante carregando uma acromântula em um baú pela escola. 

—Sim, sim. Muito obrigado! Você é um sonserino diferenciado, sabe? 

Harry riu, enquanto o garoto o encarava divertido. 

—Não foi grande coisa. Na verdade, eu não achei que ele fosse me ouvir

—Hagrid disse que se sentiu bem com você, o que é raro, já que a Grifinória costuma odiar a Sonserina. — falou ele, e, após ver o rosto emburrado de Eileen, acrescentou: — Sem ofensas. 

—Não me ofendeu. 

—Ah, é claro. Harry, como agradecimento, gostaria de dar-lhe isto: — Retirou do bolso da capa um pequeno colar — eu ia dar para Hagrid, mas ele não parece precisar mais. 

Pela primeira vez...Where stories live. Discover now