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{ Pessoas que não se suportam também podem transar às vezes }
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Vesti um blusão simples e sai do meu quarto. Desci as escadas afim de falar com Verônica.

Ela estava na cozinha preparando o almoço. Jughead estava sentado no sofá da sala.

Fui até ela, que me olhou com um olhar arrependido.

Oi, Vee... — Falei baixinho. — Bom dia.

Betty... Olha, eu queria me desculpar por ontem à noite, eu não fazia ideia de que... — Antes que ela pudesse terminar de falar, eu a interrompi.

Vee... tá tudo bem. Não foi culpa sua, todos nós estávamos de cabeça quente ontem à noite. — Falei e sorri para a morena. — Vamos esquecer isso.

Ela sorriu de volta. Vi Jughead se aproximando da cozinha pelo canto do olho.

Ah, e pode por favor me avisar quando o cabeça de jarro estiver aqui? Ele acabou de me ver de sutiã. — Falei para Verônica.

Nada que eu já não esteja acostumado... — Ele debochou se sentando no banco da cozinha, de frente pra mim e Verônica.

Revirei os olhos.

Jughead, abaixa sua bola! — Falei.

Por que? Minha ereção está muito muito visível? Às vezes não consigo me conter perto de você. — Ele tentou me provocar.

    — Repulsivo... — Murmurei e revirei os olhos. — Controle seu irmão, por favor. — Falei para Verônica.

    — Jughead já chega. — Verônica disse com sua atenção voltada ao frango que ela estava desfiando.

Jughead mordeu os lábios e deu uma risadinha.

Olha Bee, eu vou ter que sair para comprar o tempero do frango que eu esqueci. — A morena disse indo até a pia e lavando sua mão. — Não vou demorar muito.

E o embuste vai ficar aqui? — Falei.

Prometo que vou ser rápida. — Ela disse pegando sua bolsa. — Por favor não se matem. — A morena saiu de casa.

Jughead me olhou de cima a baixo com um sorrisinho malicioso.

Admira a vontade, nisso aqui você nunca vai chegar perto. — Falei, dei uma piscadela para ele e subi para o meu quarto.

Ok, eu admito... Jughead Jones é um puta gato! Ele era o tipo de cara que pegava todas as meninas gatas da escola quando quisesse e quantas vezes quisesse... mas só transava com ele realmente queria.

Eu era — em partes — imune ao "charme" de Jughead Jones. Talvez pelo fato dele sempre ter sido um completo babaca comigo o tempo todo.

Escutei alguém digitar a senha na minha porta do lado de fora.

Cheryl? — deduzi.

A porta se abriu, vi Jughead entrar e se encostar na porta de braços cruzados.

Revirei os olhos.

Como você sabe a senha da minha porta? — Perguntei me deitando na cama e pegando meu celular.

Verônica digitou ontem e eu gravei. — Ele falou.

Ótimo! Agora vou ter que trocar. — Falei revirando os olhos.

Fragile Lies Onde as histórias ganham vida. Descobre agora