Fragile Lies

006

Sweet Pea me levou para um espaço onde não estava tão cheio.

— O que queria falar comigo? — Perguntei.

— Então quer dizer que a senhorita transou com o Jones hoje? — Ele deu um sorrisinho e cruzou os braços.

— Shh! — Falei tapando a boca dele com a mão. — Cala a boca.

Ele riu e eu tirei minha mão da boca dele.

— Quem te contou? — Falei.

— Betty, o Jughead é meu melhor amigo, e chegou lá em casa puto, batendo as portas. Eu perguntei o que tinha acontecido, e você achou mesmo que ele não iria me contar? — Ele debochou.

Revirei os olhos.

— Mas me diz... Ele transa mal mesmo? — Ele riu. — Não é o que as outras falaram dele.

— Não! Claro que não, ele é ótimo... mas não iria dar a ele o prazer de ouvir isso saindo da minha boca. — Falei cruzando os braços.

— Olha só... você é má! — Brincou.

— Eu nem sei por que eu transei com ele. — Falei passando a mão no cabelo.

— Eu sei... — Ele falou e deu um sorrisinho sacana.

— Cala a boca. — Falei tanso um leve tapa em seu peito. — Foi só porque deu vontade mesmo. Ele é um idiota.

Sweet Pea com uma cara de deboche claramente visível.

— E não vai acontecer de novo. — Prometi para mim mesma.

— Acredito. — Ele debochou.

Revirei os olhos e Sweet Pea deu uma risada.

— Olha... você pode transar com quem você quiser, mas por favor, toma cuidado com o Jughead, tá? Ele consegue mexer com a cabeça das pessoas muito facilmente.

— Com a minha não. — Falei.

Sweet Pea deu um sorrisinho e me abraçou envolvendo seu braços por cima do meu pescoço.

— Tá bem então. — Ele deu um beijo no topo minha cabeça e desfez o abraço. — Agora, vai curtir a festa.

Sorri para ele.

— Boa sorte com os garotos! — Ele gritou entrando na multidão de pessoas.

— Boa sorte com as garotas! — Gritei de volta.

[...]

Fui até o banheiro feminino me olhar no espelho. Merda, minha boca estava toda manchada de batom vermelho agora.

Tirei o batom borrado com muita dificuldade. Quando você beija de batom, parece que o batom borrado gruda na sua pela de um jeito que não vai sair nunca mais.

A porta do banheiro se abriu. Era Jughead.

Revirei os olhos.

— Agora além de ruim na cama, é pervertido também? Aqui é um banheiro feminino, não leu na entrada? — Falei.

— Só cala a boca, por favor.

— Quem você acha que é pra falar assim comigo? — Falei me virando pro espelho novamente e pegando um batom na minha bolsa.

— Me dá isso. — Ele disse pegando o batom da minha mão.

— Com licença? Eu vou passar! — Falei.