016

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(Mídia: Sonda)
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    — Quando vai contar para a Verônica? — Perguntei saindo do colo dele.

    — Ainda não sei. Eu nem queria contar pra ela. — Ele bufou.

    — Mas você precisa, Juggie... Ela é sua irmã.

    — Eu não ligo, Betty. A única pessoa com quem eu estou preocupado no momento é você. — Ele falou puxando o cateter de seu rosto, e se levantando, vindo até mim. — Sinto que foi um erro te dizer meus sentimentos. Eu não deveria ter te envolvido na minha confusão.

    — Ei... — Falei colocando as mãos em seu rosto. — Claro que não. Eu te amo. A gente tá nessa junto, tá bem? — Sorri e ele assentiu com a cabeça.

    — Eu também te amo. — Ele me beijou.

Ouvimos batidas da porta.

    — Entra. — Jughead e eu falamos em uníssono.

Depois de escutarmos a senha, a porta se abriu. Sweet Pea e Reggie entraram.

    — A gente tava pensando em ir na sua consulta e depois almoçar. — Sweet Pea falou a Jughead.

    — Você vem Betty? —Reggie disse.

    — É pra já. — Falei.

    — Consulta? — Jughead perguntou.

    — Marcamos para você. Eles vão entregar os medicamentos, e aplicar a sonda. — Sweet Pea falou.

    — Mas que merda. — Jughead disse frustrado. — Vocês podiam ter me falado primeiro.

    — É pro seu bem Jughead. — Falei.

A sonda é um tipo de tubo por onde Jughead receberá os nutrientes necessários para que ele continue vivo. Ela é aplicada, abrindo um caminho na sua barriga, até o estômago.

[...]

Jughead e eu colocamos nossas roupas, e quando estávamos prestar a descer...

    — Jughead. — Falei.

    — Oi?

    — O cateter. — Falei indo até a cama e pegando o aparelho. — Não vai sair sem ele.

    — Betty...

    — Não tem conversa. Você precisa disso. — Falei. — Não se importe com quem esteja vendo. Falei com Verônica que iríamos jantar lá em casa hoje, e vai ser um ótimo momento para você contar tudo.

    — Tá bem... — Ele bufou e aceitou, mesmo parecendo não ter gostado nada da ideia.

Ele foi até o guarda roupa e pegou uma bolsa lateral masculina, onde ele guardou o aparelho onde todo o ar estava armazenado, e colocou o cateter em seu rosto.

    — Satisfeita?

    — Muito obrigada. — Falei e dei um selinho nele.

Ele revirou os olhos e descemos. Sweet Pea e Reggie fizeram cara de alívio quando viram Jughead usando o cateter.

Estava um dia frio, deveria estar fazendo uns 15 graus, mesmo ainda estando no outono.

Colocamos o nosso casaco e fomos para o hospital. Um ponto bom, é que a casa do Jughead fica extremamente perto do Hospital. Era praticamente só atravessar a rua.

Fragile Lies Where stories live. Discover now