(Mídia)
•••••••••••••••••••••••••••••••Oito meses depois de sua cirurgia, Jughead já respirava normalmente sem o cateter, apesar de que ele ainda precisava manter sua rotina de medicamentos.
Conversamos com Reggie, Sweet Pea, Verônica e Cheryl, e decidimos que seria melhor para a nossa relação, se Jughead e eu nos mudássemos para uma casa, só eu e ele.
E aqui estou eu, em outubro, acabando o terceiro ano do ensino médio, ano que vem vou para a faculdade, e me esforçar muito para seguir meus sonhos.
Por agora, só estava tentando entender para onde Jughead planejava me levar.
— Juggie, amor... são oito da manhã de um sábado. — Falei ainda sonolenta enquanto ele procurava alguma coisa pelo quarto. — Você tem noção de que você me fez acordar cedo em um sobado? Sábados deveriam ser sagrados.
— Porra, aonde eu coloquei essa merda. — Ele falou consigo mesmo, ignorando o que eu havia dito. — Betty, meu bem, só se arruma. Você vai ver que vai valer a pena.
— Da última vez que disse isso foi quando me fodeu na cachoeira. — Falei. — Você pode me foder aqui mesmo, não precisamos ir para lá. — Resmunguei.
— Eu não vou te levar para cachoeira, e nem te foder. Pelo menos não agora. — Ele me deu um beijo rápido. — Se arruma, vai.
Revirei os olhos e levantei arrastada. Peguei o celular dele para entrar no WhatsApp e mandar uma mensagem para Sweet Pea, já que meu celular estava descarregado.
— O que tá fazendo? — Ele falou puxando o celular da minha mão quando procurava o contato de Sweet Pea.
— Vou mandar uma mensagem para o Sweet Pea, preciso lembrá-lo que temos que fazer o trabalho de física.
— Por que não usa o seu? — Ele disse guardando seu celular no bolso.
— Descarregou, algum problema em usar o seu? — Perguntei desconfiada.
— De forma alguma, mas deixa que eu mando a mensagem.
— Não, pode deixar que eu mando. — Estendi a mão para que ele me entregasse o celular.
— Então coloca seu celular pra carregar.
— Seria mais fácil se eu mandasse pelo seu.
— Você não vai entrar no meu WhatsApp. — Ele falou como se fosse óbvio.
— Como é? — Ralhei. — Por que não?
— Porque o celular é meu.
Arqueei as sobrancelhas e entrei no banheiro, batendo a porta com tudo.
[...]
— Você é tão dramática. — Ele falou enquanto andávamos em direção à porta que nos levava, clandestinamente para fora do internato.
Fiquei calada, não queria ter uma briga feia com ele. Essa era nossa primeira discussão desde a cirurgia dele, e eu não queria que se tornasse algo maior.
— Você vai me ignorar mesmo? — Ele falou.
— Não quero brigar, Jughead.
— Você vai entender isso tudo depois. — Ele falou e eu revirei os olhos.
Chegamos na porta, quando saímos, Jughead tirou sua bandana vermelha do pescoço e pediu para que eu amarrasse em meu olhos.
— Posso te pegar no colo, madame? — Ele disse com um tom debochado na voz.
Bufei.
— Vou considerar isso como um sim, ok? — Ele me pegou no colo e eu segurei em seu pescoço.
Depois de uns dez minutos andando, Jughead me pôs no chão. Sentia um forte vento. Caminhamos alguns passos para frente.
— Cuidado, devagar. — Ele sussurrou em meu ouvido, me fazendo arrepiar.
Ele me guiava segurando minhas cintura. Ele me posicionou, senti uma forte brisa batendo em meu rosto.
Jughead desamarrou a bandana dos meus olhos. Eu me deparei com a vista mais linda que eu havia visto. Era um penhasco, com uma vasta vista do mar bem em frente.
— Ai meu deus, Jughead. Isso é tão... — Minha voz foi cortada quando me virei para trás.
Jughead estava ajoelhado, uma caixinha com um anel dentro. O vento batendo e bagunçando seu cabelo, seus olhos marejados, sua postura ofegante e suas mãos tremendo.
— Dessa vez não estou amarrando os sapatos. — Ele brincou, me fazendo abrir um sorriso.
Reparei em Sweet Pea, — Por isso Jughead não me deixou mandar mensagem para ele — Verônica, Cheryl, Reggie e Toni. Eles estavam ali também. Verônica estava chorando.
— Elizabeth Cooper... — Ele disse, meu corpo não se movia. Sentia meu coração batendo contra o meu peito desesperadamente. — Quer ser minha para sempre?
— Eu... — Deixei com que algumas lágrimas escorressem. — Aceito...
Jughead colocou o anel em meu dedo, se levantando e me puxando para um beijo.
— Caralho! — Sweet Pea gritou. — A minha bebê vai casar! Puta merda!
Jughead soltou uma risada, abraçando minha cintura e apoiando a cabeça em meu ombros. Entrelacei meus braços em seu pescoço.
A partir de agora, não importava mais nada, os problemas, preocupações, enfrentaríamos tudo juntos. Só eu e ele.
— Eu te amo para sempre, Betty.
— Eu também te amo, Juggie.
ESTÁ A LER
Fragile Lies
Fanfiction+18 || "Pessoas que não se suportam também podem transar às vezes" Em um internato, Betty sempre teve que aturar Jughead, apesar de se odiarem. Acontece que sempre houve uma mentira escondida nisso tudo. *Esta fanfic contém palavreado inadequado...