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O sinal bateu e Jughead me puxou pela mão.

Vamos. — Ele disse saindo do refeitório.

Vamos? Tá doido? Vamos aonde? Ainda estamos em aula. — Falei quando saímos da escola.

Você vai ver. — Ele disse ajeitando o cateter no rosto

Espero que valha a pena. Estamos matando aula, sabia?

    — Relaxa amor. Vai valer.

Andamos uns dez minutos até a porta pela qual saímos da última vez que fomos para a cachoeira.

Jughead abriu rapidamente a porta com um grampo, e a trancou novamente quando saímos.

    — Então, nós vamos para a cachoeira? — Perguntei enquanto ele me guiava pela trilha na floresta.

    — É... Mas dessa vez vai ser melhor do que a outra. — Ele falou.

    — E eu posso saber por quê?

    — Você é curiosa demais. Já disse que você vai ver.

Andamos até chegar à bela e calma cachoeira. Jughead tirou o cateter, sua blusa, logo em seguida sua calça. Eu tirei minha blusa e shorts também. Ainda bem que tinha colocado uma lingerie bonita.

Jughead me olhou e arregalou os olhos, desviando o olhar logo em seguida. Levei meu olhar ao seu membro, pressionado por sua mão.

Soltei uma risada e dei um pulo na água. Quase congelei de tanto frio.

    — Puta merda. — Falei quando subi para a superfície. — Que frio.

Jughead pulou, nadando em direção à cachoeira, até a atravessar. O segui.

Atravessei a cachoeira e ele estava me esperando. Cruzei meus braços de frio. Olhei para o chão e tinha um colchão arrumado.

    — Não é possível. — Falei desacreditada. — Você não fez isso.

    — É... eu fiz. — Ele falou orgulhoso de si mesmo.

    — Como? — Soltei um risada.

    — Podemos dizer que Sweet Pea me ajudou nisso.

Sorri e tremi de frio. Jughead pegou a coberta dobrada no colchão e veio até mim.

    — Tá com frio? — Ele perguntou me enrolando na coberta. — Se quiser posso te esquentar.

Sorri, e quando pisquei já estávamos nus naquele colchão, debaixo da coberta. Ele passava a mão por todo o meu corpo, me fazendo arfar.

Meu deus, Betty. — Ele beijava meu pescoço. Conseguia perceber sua excitação pela sua voz. — Como você pode ser tão perfeita, caralho.

Meu corpo se arrepiava a cada palavra suja que ele sussurrava em meu ouvido, e por cada lugar onde sua mão passava.

Naquele momento, só era possível ouvir-se o barulho da água da cachoeira, que desaguava gradativamente, e nossas respirações irregulares.

Ele beijava minha clavícula, deixando pequenos chupões e mordiscadas, massageando meu peito com uma de suas mãos.

Sua boca se encontrou com a minha, resultando em um beijo repleto de paixão e um receio de que aquela fosse a última vez em que faríamos aquilo juntos.

Ele penetrou em mim, me fazendo apertar as bordas do colchão. Ele entrava e saía com facilidade, me fazendo ir ao céu e voltar com cada estocada que ele dava.

Alguns gemidos saíram de sua garganta. Sentia um frio na barriga, e deixava com que meus gemidos ecoassem pelo local.

Meus dedos se perderam em seus fios sedosos, enquanto ele dava estocadas cada vez mais fortes.

Agora ele prendia meus gemidos com seus beijos, fazendo com que meu coração acelerasse ainda mais.

Levantei um pouco meus quadris, para que ele fosse ainda mais fundo. Seus dedos presionando e segurando minha coxa. Com a mão livre, ele começou a estimular meu clitóris.

    — Puta merda, Juggie... — Gemi. — Mais... mais fundo. — Falei com dificuldade, apertando cada vez mais as bordas do colchão, que às vezes escapavam de minhas mãos.

Gemia cada vez mais alto, e ele estocava cada vez mais fundo. Ele gozou dentro de mim, mas não parou. Gozei em seguida e ele não parou.

Ele não diminuiu velocidade em nenhum momento. Não demorou nem um minuto para que eu tivesse um orgasmo.

Um grito de prazer morreu em minha garganta. Ele se jogou do meu lado, enquanto eu me recuperava do que havia acabado de acontecer.

Meu deus... — Falei ofegante.

Jughead passou seu braço por debaixo do meu pescoço.

    — Desculpa se... — Jughead tentou falar mas eu o interrompi,

    — Juggie... foi perfeito. — Falei e encostei minha cabeça em seu peito, caindo no sono logo em seguida.

[...]

Todos estavam histéricos por causa da cirurgia. Jughead estava deitado em sua cama do quarto de hospital.

    — Como vocês conseguem estar mais preocupados que eu? — Ele perguntou.

    — Só estamos com medo, Jughead. — Verônica disse.

    — Todos morrem um dia, irmãzinha. — Ele disse tranquilo.

    — Para com isso, cara. Você não vai morrer. — Reggie falou.

    — E como você tem certeza? — Jughead rebateu, fazendo com que Reggie se calasse. — Foi o que eu pensei. Vocês tem que aceitar o fato de que essa pode ser a última vez que vocês me veem, e que eu posso... — Ele terminava de falar quando eu o interrompi.

    — Juggie, para. Por favor não fica dizendo essas coisas. Você vai ficar bem, ok? — Sussurrei para ele, que assentiu com a cabeça, junto a um sorrisinho forçado.

Os médicos chegaram no quarto para buscar Jughead e levá-lo para a sala de cirurgia. Meu coração apertou.

    — Ei... — Jughead segurou minha mão. — Vai dar tudo certo. — Ele disse com um sorrisinho forçado.

Dei um beijo nele e os médicos o tiraram do quarto. Sweet Pea veio e me abraçou. Comecei a deixar que as lágrimas presas saíssem.

    — Ele vai conseguir, Bee. — Sweet Pea sussurrou enquanto eu chorava em seu peito. — Ele vai conseguir.

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Fragile Lies Where stories live. Discover now