012

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{Era simplesmente você.}
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Fiquei até às cinco da manhã lendo e matando o tempo na biblioteca. Resolvi ir para casa, já que Verônica com certeza estaria dormindo.

Cheguei sem fazer muito barulho. Subi para o meu quarto e me joguei na cama. Eu estava morta de sono.

[...]

Acordei com Batidas na minha porta.

    — Quem é? — Perguntei sem abrir os olhos.

    — Sweet Pea.

    — Pode entrar. — Respondi e logo em seguida escutei o barulho da senha sendo digitada.

Ele fechou a porta novamente, se deitou ao meu lado e me abraçou.

    — Sweet Pea, eu realmente não sei como... — Tentei falar segurando o choro, mas ele me interrompeu.

    — Tá tudo bem, Bee. Eu já sei o que houve. — Ele acariciou minha cabeça, e eu comecei a chorar.

Afundei a cabeça em seu peito, e ele ficou comigo o tempo todo apenas deixando que eu chorasse. Eu agradeço muito por ter um melhor amigo como ele.

Depois que eu já havia me acalmado um pouco, Sweet Pea disse:

    — Você vai querer descer para almoçar? O pessoal tá todo lá. Cheryl e Reggie estão fazendo o almoço.

    — Não sei se é uma boa ideia... — Falei com um certo receio.

    — Não vai poder ficar no seu quarto pra sempre. — Ele disse.

    — Tá bem... — Acabei cedendo.

Sweet Pea e eu descemos, Jughead e Verônica estavam sentados no sofá, e direcionaram o olhar para mim assim que eu desci.

Fomos até Cheryl e Reggie que estavam cozinhando um belo strogonoff. Os olhos de Cheryl brilharam quando ela me viu.

    — Betty! — a ruiva me envolveu em um abraço. — Você ficou fora quase à noite toda! Fiquei preocupada.

    — Eu fiquei lendo na biblioteca... — Sorri.

Reggie veio até mim também.

Oi pequena... — Ele me abraçou e eu retribui o abraço. — Fiquei preocupado com você, não faz mais isso comigo.

Vamos nos sentar que o almoço está pronto. — A ruiva falou.

Sweet Pea, Cheryl e Eu nos sentamos enquanto Reggie servia a mesa. Sweet e eu ficamos um ao lado do outro, para que Verônica ou Jughead não se sentassem do meu lado.

Jughead e Verônica se sentaram na mesa também, deixando um clima tenso.

Então... — Reggie falou ao se sentar, tentando quebrar o clima. — Animados para voltar ao inferno, vulgo escola?

Tinha até me esquecido. — Sweet Pea falou enquanto todos se serviam.

É daqui a três dias, não é? — Cheryl perguntou.

Huhum. — Reggie murmurou enquanto comia.

Ninguém merece. — Falei.

Não é tão ruim assim, vai... — A ruiva falou.

Eu odeio a escola! Você não pode tirar uma nota baixa que já ficam no seu pé durante todo o ano. — Reggie rebateu

Então não tire nota baixa. — Verônica falou.

Ah, claro. Porque isso é super fácil. — Ele debochou.

[...]

Passaram-se um tempo depois do almoço e eu já havia subido para meu quarto. Afinal, já tinha sido tempo demais com Jughead e Verônica naquela mesa de almoço.

Estava lendo um livro, quando ouvi alguém digitar a senha da minha porta.

Jughead entrou sem mais nem menos. Me levantei imediatamente.

    — Sai do meu quarto. — Falei.

    — Betty por favor, só me escuta. Eu estou implorando. — Ele pediu. Resolvi escutar.

    — O que foi? — Falei.

    — Me perdoa. Por favor. Eu errei, não devia ter agido daquele jeito com você ontem, eu fui um completo idiota! — Ele soltou um suspiro.

Não consegui falar nada. Apesar de ele estar pedindo desculpas, eu estava magoada demais para perdoa-lo agora.

    — Tudo bem se não quiser mais falar comigo... — Ele falou depois de um tempo. — Amarei você até meu último suspiro. Cada batida do meu coração é sua. Não quero morrer sem que você saiba disso.

    — Jughead... Morrer? Do que você está falando?

    — Pode partir meu coração, Betty. Sempre foi seu para machucar como quiser. Mas eu não garanto que estarei aqui para uma segunda vez. — Jughead continuou.

Eu não conseguia falar nada. Meu coração estava acelerado, eu estava tentando entender tudo o que eu havia acabado de escutar.

    — Betty... — Jughead se aproximou e colocou as mãos no meu rosto, fazendo um leve carinho. — Eu sou apaixonado por você. Sempre fui, e sempre serei completamente apaixonado por você. — Ele engoliu seco. — Eu te amo, Elizabeth Cooper.

Quando ele falou aquilo, quando ele disse aquelas palavras para mim, foi quando eu tive certeza.

Tive a certeza de que estava eu apaixonada, tive certeza de que eu o amava. E eu não vou esconder meus sentimentos.

    — Eu também te amo, Juggie. — Falei com a voz fraca.

Ele sorriu, seus olhos encheram de lágrimas, até que eu o beijei. Não foi um beijo como os outros, era um beijo onde ambos estavam liberando seus sentimentos enterrados pelo tempo. Onde ambos podiam expressar todo o amor que sentiam.

Eu nunca havia reparado o quanto aquele sorriso branco era bonito, ou o quanto seus lábios eram macios. Nunca havia reparado a maciez de seu cabelo, ou até mesmo a fria temperatura de sua pele.

Acho que no momento em que conseguimos perceber e admitir  nossos sentimentos, tudo se tornou novo para nós.

Ele me empurrou para a cama, ficando por cima.

Eu sabia, no segundo em que te conheci, que havia algo em você que eu precisava. — Ele falou. — Acabou que não era algo em você... Era simplesmente você.

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Com licença... acho que me emocionei demais nesse capítulo... kkkkkkkk

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