Fragile Lies

022

— Betty, espera! — Jughead correu atrás de mim. — Toma, coloca minha camisa, ela tá mais seca.

Ignorei ele e continuei andando.

— Betty! — Ele puxou meu braço. — Coloca a camisa, tá frio! — Ele disse colocando a camisa dele em mim.

— Tá, me solta! — Falei tirando bruscamente as mãos dele do meu braço.

Parei de andar e fiquei com os braços cruzados.

— Parou por que? — Ele perguntou.

— Não sei o caminho! — Falei.

Ele passou por mim e eu o segui. Chegando na porta, ele pegou o grampo em sua bolsa para abri-la.

Ele abriu e eu entrei primeiro. Andei rápido, sem correr, longe de Jughead.

Depois de andar um bom tempo ignorando Jughead, cheguei na casa dele. Entrei com raiva.

    — Betty, vamos conversar, por favor. — Ele disse enquanto eu subia as escadas.

Entrei no quarto de Sweet Pea o mais rápido que consegui.
Sweet Pea estava deitado na cama, lendo seu livro.

    — Já ouviu falar em bater na porta? — Sweet Pea disse, sem ser grosso.

    — Só quero fugir do Jughead. — Falei tirando a blusa de Jughead, e logo em seguida minha blusa molhada.

    — Ué, já começaram a brigar? —  Ele falou fechando seu livro e se levantando.

    — Foi por idiotice dele. — Falei indo até a minha gaveta do guarda-roupa dele e pegando uma calcinha e sutiã secos.

    — Entendi. — Sweet Pea falou pegando uma camisa e shorts dele e jogando para mim.

    — Valeu. —Falei entrando no banheiro dele.

Liguei o chuveiro para tomar um banho bem quente.
Depois que eu entrei, escutei Sweet Pea bater na porta.

    — Pegou sua toalha? — Ele perguntou.

    — Merda, não... Esqueci. — Falei.

    — Novidade. — Ele murmurou.

    — Pode pegar para mim, por favor? — Falei.

    — Tá, tá. — Ele falou.

Depois de um tempo, escutei a porta abrir, mas o banheiro ficou em silêncio e não escutei a pessoa que entrou sair.

Estranhei, já que geralmente Sweet Pea só colocava a toalha em cima da pia e saía.

A cortina do chuveiro se abriu, me virei para ver quem era e adivinhem?

Jughead havia entrado.

    — Porra o que foi? — Falei.

    — Escuta... Preciso conversar com você. — Ele me puxou para perto e começou a beijar meu pescoço.

Tentei afastá-lo, mas sem sucesso. Resolvi deixar.

    — Eu não quero conversar com você, Juggie. — Falei ainda com raiva.

    — Então só escuta. — Ele falou distribuindo por todo o meu pescoço e clavícula. — Eu não vou te pedir desculpas por não ter transado com você sem camisinha. — Ele parou com os beijos. — Você sabe que isso seria um puta ato irresponsável da minha parte.

    — Eu sei... — Falei. — Eu fiquei brava porque no calor do momento, eu queria, e nem pensei no que isso poderia gerar.

    — Tudo bem. Só queria entender a situação.

    — Mas a culpa foi sua. — Falei fazendo beiço e entrelaçando meu braço em seu pescoço.

    — Minha? — Ele arqueou as sobrancelhas e me encostou contra a parede.

    — É... Foi você que esqueceu a camisinha. — Provoquei.

Ele sorriu e revirou os olhos. Quando ele estava saindo, puxei ele pelo braço.

    — O que tá fazendo? — Perguntei.

    — Deixando você tomar seu banho.

    — Acho que vou precisar da sua ajuda. — Dei um sorrisinho.

[...]

Saímos do banho, me enxuguei e coloquei a roupa de Sweet Pea. Jughead me olhou de cima a baixo de uma forma estranha, mas não falou nada.

Saímos do banheiro e descemos.
Reggie agora já havia chegado em casa. Ele estava sentado em um sofá e Sweet Pea no outro.

    — Juro que se vocês transaram no meu banheiro... — Sweet Pea falou.

    — A ideia de que eu entrasse lá foi sua. — Jughead disse se sentando ao lado de Reggie.

    — Então quer dizer que você fez isso? — Falei me deitando no sofá com a cabeça no colo de Sweet Pea.

    — Talvez. — Ele deu um sorrisinho.

Revirei os olhos.

    — É galera... Três dias para começarem as aulas. — Reggie falou.

    — O que? Só três dias? — Falei.

    — Sim. Hoje é sexta.

    — Merda. — Sweet Pea disse revirando os olhos.

    — Estão prontos para minha super festa? — Reggie continuou.

    — Lá vem você com essas festas. — Falei.

    — É, mas sabe aonde vai ser dessa vez? — Ele falou orgulhoso.

    — Hum? — Murmurei.

    — Eu aluguei a Popclark. — Ele disse.

    — Você o que? — Quase dei um pulo do sofá.

A Popclark era a boate mais cara de Princrew. Geralmente os alunos mais ricos do terceiro ano iam lá.

Em uma noite lá, você gastava em torno de 17 mil. E como todos recebem apenas 5 mil no mês, aqueles que ia lá, juntavam dinheiro por muito tempo.

    — Tá louco cara? — Sweet Pea falou.

    — To sendo inovador. — Reggie respondeu.

Percebi que Jughead me olhava com um olhar estranho. Falei um "o que foi?" com os lábios sem sair som, ele apenas ignorou, desviando o olhar.

    — Sabe quanto você vai gastar? Você só pode ter pirado. — Sweet Pea dizia.

    — Se eu tenho dinheiro, por que não gastar? — Reggie falou.

    — Esse é o pensamento mais burro que eu já vi. — Falei.

Reggie riu.

    — Quando vai ser? — Sweet Pea perguntou.

    — Amanhã as oito da noite. — Reggie falou.

    — To sentindo cheiro de merda vindo. — Falei.

    — Vai ser épico. — Reggie disse.

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Festaaa hehehehe

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