Eu tentava abrir a porta mas não conseguia, eu estava super preocupada.
— Jughead, por favor, se isso for algum tipo de brincadeira... — Falei com os olhos cheios de lágrima, quando fui interrompida.
Jughead abriu a porta bruscamente.
— Jughead! Por que você não respondeu? — Perguntei furiosa.
— Me deixa quieto. — Ele disse, grosso.
— O que? Jughead, eu fiquei preocupada com você!
— O problema não é meu. — Ele disse indo em direção a porta do quarto.
— O problema é seu sim! — Falei puxando o braço dele e o obrigando a olhar para mim, reparei que seus olhos estavam cheios de lágrimas. — Você diz que me ama e me trata desse jeito! Eu não entendo!
— Porra, Betty! — Ele ralhou deixando escapar uma lágrima. — Você é a única coisa que importa para mim agora. A única pessoa que eu amo mais que a mim mesmo. Eu faria de tudo por você!
Eu não aguentei e comecei a chorar.
— Te ver assim, me mata por dentro. Porque eu sei que é por minha causa. E eu não quero que sofra por mim. — Ele deixou que as lágrimas caíssem. — Eu te amo Betty. — Ele juntou nossas testas e colocou as mãos no meu rosto. — Mas eu não posso deixar que se envolva nos meus problemas.
Respirei fundo e me afastei.
— Não são mais os seus problemas. Eu estou do seu lado Juggie. Eu vou te apoiar, sempre.
— Betty, eu não posso fazer isso com você.
— Fazer o que? — Perguntei.
— Eu não sou o cara certo pra você. — Ele falou começando a chorar. — Eu posso morrer a qualquer momento, e se eu conseguir um transplante de pulmão, só vai durar por cinco anos, depois toda a nossa preocupação vai recomeçar. Não posso te satisfazer mais, não posso sair com você sem que as pessoas nos olhem torto. Betty... — Ele fez uma pausa. — Eu tenho 90% de chance de ser infértil. Eu não posso deixar que perca a sua vida por minha causa.
— Do que você tá falando, Juggie? Eu escolhi você, tá bem? — Me aproximei dele, segurando seu rosto. — Eu vou te amar pra sempre. E nada nem ninguém vai mudar o que eu sinto por você.
Jughead passou as mãos pelo rosto e andou pelo quarto. Ele parou ao lado do carrinho de remédios.
— É melhor eu morrer logo. — Ele falou furioso, mas ainda chorando. — Eu não te mereço.
Ele respirou fundo. De repente ele virou o carrinho de remédios no chão, me fazendo pular de susto.
— Amor... — Tentei falar com ele mas fui interrompida.
— Eu não preciso disso. Eu quero morrer. — Ele falou encostando a cabeça na parede. — Eu preciso morrer logo, não posso viver assim. — Ele disse chorando e se sentando no canto.
— Ei... — Me sentei ao lado dele. — Eu preciso de você aqui comigo. Preciso do meu cara implicante comigo. Eu preciso... — Hesitei um pouco ao falar. — Eu preciso do meu namorado comigo.
Ele olhou para mim e seus olhos brilharam.
— Pode dizer de novo? — Ele brincou.
— Você é um chato sabia? — Falei um sorrisinho bobo na cara.
— Mas sou seu namorado. — Ele sorriu, e me beijou.
— Vem... — Falei me levantando e fazendo ele levantar também. — Você sabe que você vai ter que arrumar essa bagunça não é?
— Sei...
— Que bom... Vamos logo para a casa de Verônica, se é que ainda dá tempo. — Falei.
— Espera. — Ele puxou minha mão. — Eu tenho uma coisa pra você. — Ele foi até o guarda-roupa, e pegou uma caixinha em sua gaveta, se ajoelhando na minha frente. — Achei que precisava de um pedido oficial.
— Mentira. — Falei rindo quando ele mostrou as alianças. — Não precisava de alianças!
— Será que pode pegar a aliança e me beijar? Eu to tremendo aqui.
Ele colocou a aliança no meu dedo e no dele também, logo em seguida eu o beijei.
— Pode falar... — Ele sussurrou. — Eu sou um fofo. Ajoelhei e tudo.
— Cala boca. — Sorri e dei um empurrãozinho um seu peito.
— Vamos logo. — Ele deu um sorrisinho e abriu a porta, me puxando para fora do quarto.
Descemos as escadas e Sweet Pea não percebeu. Ele estava com o fone no máximo.
— Sweet Pea? — Falei.
— Ele não tá escutando. — Jughead falou
— Ah, jura? — Sorri e revirei os olhos.
— Mais respeito comigo, docinho. — Ele brincou e deu um tapinha na minha bunda, me fazendo dar um pulinho.
Me aproximei de Sweet Pea, dava pra escutar a música dele, de tão alto que seus fones estavam.
— Meu Deus! — Falei tirando os fones de ouvido dele. — Você vai ficar surdo desse jeito.
— Foi o único jeito que eu achei para não escutar nada. — Ele disse se levantando. — Vocês demoraram pra caralho.
— Acontece... Agora será que dá pra irmos logo para a casa da minha irmã? — Jughead disse.
— Seu cateter. — Falei.
— Você não esquece não é? — Ele resmungou indo para as escadas.
— Se for para o seu bem, não. — Falei enquanto ele subia.
— Pronto. — Ele falou descendo enquanto colocava o cateter em seu rosto.
[...]
Chegamos na frente da casa. Jughead estava nervoso. Digitei a senha e abri a porta.
— Chegamos! — Falei enquanto Sweet Pea, Jughead e eu entrávamos em casa.
Verônica veio nos receber com um sorriso, que desapareceu assim que viu Jughead.
— Jughead? O que houve? Por que você está com isso no rosto? — Verônica perguntou.
— Que se foda, vou comer primeiro. — Ele disse desviando da morena e indo até a mesa do almoço já posta.
Sweet Pea e eu nos entreolharmos. Verônica nos olhava exigindo resposta.
— Vamos comer primeiro. Acredite, é a melhor opção. — Falei.
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Ele não morreu não gente calma KKKKKKKKKKKK
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Fragile Lies
Fanfiction+18 || "Pessoas que não se suportam também podem transar às vezes" Em um internato, Betty sempre teve que aturar Jughead, apesar de se odiarem. Acontece que sempre houve uma mentira escondida nisso tudo. *Esta fanfic contém palavreado inadequado...