Depois que tomamos café, fiquei um pouco mais lá com os meninos. Eu me sentia confortável com eles, apesar dos olhares que Jughead e eu trocávamos.
Assistimos TV, jogamos videogame, e Reggie finalmente me deixou o maquear. Sempre quis saber como ele ficaria de Drag Queen. Eles fizeram de tudo para me manter distraída.
Resolvi que deveria ir para casa, tinha que explicar para Verônica e Cheryl tudo o que havia acontecido na festa de ontem, se elas perguntassem.
— Vai sozinha? Nada disso... eu vou com você. — Sweet Pea disse levantando do sofá onde ele e Jughead estavam sentados.
Ele fingiu bater o dedinho na mesa e se jogou no chão.
— Aí, meu dedinho! Acho que não consigo andar. — Ele disse rolando no chão, fingindo sentir dor.
Cerrei os olhos, já sabia o que ele estava tramando.
— Desculpa Betty... outra pessoa pode te acompanhar. — Ele falou ainda jogado no chão.
— Eu vou. — Reggie disse se levantando do outro sofá no qual ele estava deitado. — Aí... que dor no estômago... — Ele fingiu estar com dor e se jogou novamente no sofá. — Acho que estou resfriado. — Ele fingiu tosse.
— Desde quando dor de barriga é resfriado? — Debochei.
— Pode ser uma doença rara, e muito contagiosa! Melhor o Jughead ir com você. — Reggie rebateu.
Jughead olhou para Reggie, tirando os olhos de seu notebook, e logo em seguida levou seus olhos até mim, me admirando de cima a baixo.
— Tudo bem, Jughead. Eu vou sozinha... — Falei pegando minha bolsa.
— Não... sem problemas para mim. — Ele disse fechando o notebook e se levantando.
Dei um sorrisinho forçado para ele.
— Vamos então? — Disse Jughead passando por mim, indo em direção à porta.
Lancei um olhar assassino para Reggie e Sweet Pea que riram baixinho.
Jughead e eu saímos de casa e ficamos em silêncio. O caminho da casa dos meninos até a minha, não era muito longo. Era coisa de dez minutos andando.
— Posso te perguntar uma coisa? — Falei depois de um tempinho em silêncio.
— O-oi? — Ele gaguejou. — Ah, sim... claro que pode.
— Por que você disse aquilo? — Falei.
— Você tem que ser mais específica, docinho.
Revirei os olhos. Odiava que ele me chamasse assim.
— Você disse que nenhuma mulher merece ser tratada daquele jeito... — Dei uma pausa. — Principalmente eu. Mas por que eu?
— Bom... — Ele engoliu seco. — é que você é a melhor amiga da minha irmã. Apesar de nos odiarmos, você significa muito para minha irmã, então senti que devia fazer alguma coisa quando vi o cara te beijando. Eu sabia que você estava bêbada.
— Sabia? — Perguntei confusa.
— Você saiu do bar quase caindo. — Ele falou junto a uma risada.
— Não exagera. — Soltei uma risada também.
— Você nunca pega leve nas bebidas não é? — Ele riu.
— Quase nunca. — Falei.
— Mudando de assunto... — Ele disse depois de um tempo em silêncio. — Como você e o James estão? Ainda estão juntos? — Ele perguntou.
— Que pergunta idiota! — Falei.
— Ué, por que? — Ele perguntou confuso.
— Se estivéssemos juntos eu não teria transado com você.
— Faz sentido... — Ele riu. — Mas ficou tudo bem entre vocês?
— Não... Digamos que não terminamos de uma forma muito amigável... — Falei. — Depois que ele foi expulso do internato por ser pego com drogas, alguns amigos dele me mostraram vídeos em que ele me traia, então eu terminei.
— Ah... sinto muito. — Ele falou sem graça.
— Tudo bem... ele era horrível na cama. — Falei junto a uma risada, ele riu também.
Chegamos na minha depois de cuns minutos.
— Bom, obrigada por me acompanhar. — Dei um sorrisinho.
— Sem problemas. — Ele sorriu de volta.
— Bom... nos vemos amanhã? Verônica me disse que você e os meninos vão almoçar com a gente.
— É... Nos vemos amanhã então. — Ele falou.
Entrei em casa e Verônica e Cheryl estavam abraçadas no sofá.
— Oi! — Cheryl disse se levantando e vindo até mim.
— Ja estávamos ficando com saudades! — Verônica disse se levantando também.
Elas me envolveram em um abraço.
— Você está melhor? — Cheryl perguntou enquanto íamos todas nos sentar na sala. — Não veio sozinha não é?
— Eu estou bem melhor, os meninos me distraíram um pouco... E eu não vim sozinha, Jughead me trouxe.
— Que? Como assim? — Verônica falou. — Vocês não se odeiam?
— Estou dando uma chance para tentar ser amiga dele.
— Finalmente! — Verônica disse. — Já não aguentava mais vocês brigando o tempo todo.
— Eles se amam. — Cheryl disse.
— Claro que não, amiga! Tá doida? — Falei.
— Então ele te ama. Certeza. — Cheryl falou, me fazendo revirar os olhos.
— Sai dessa. — Falei.
— Ai gente... Mudando sobre o assunto do meu irmão... Betty, você vai no cinema? — Vee perguntou.
— Hum... Não... Estou super desanimada. — Falei.
— Ah, tem certeza? — Ela perguntou e eu assenti que sim com a cabeça. — Então tá... Não vamos te obrigar a ir.
— Apesar de querermos te obrigar. — Cheryl disse me fazendo dar uma risada.
— Eu iria ficar de vela. — Falei.
— Nada a ver, Betty. — Cheryl disse.
— Na verdade... Convivendo com vocês eu já sou a própria tocha humana. — Argumentei.
— Exagerada. — Verônica riu e revirou os olhos.
— Bom... Eu vou tomar um banho e dormir um pouco. — Falei. — Estou morrendo de cansaço... Bom filme pra vocês.
— Obrigada. — Cheryl e Verônica responderam em uníssono enquanto me dirigia às escadas.
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Próximo capítulo vai ser top KKKKKKKKKKKKKKKKK
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Fragile Lies
Fanfiction+18 || "Pessoas que não se suportam também podem transar às vezes" Em um internato, Betty sempre teve que aturar Jughead, apesar de se odiarem. Acontece que sempre houve uma mentira escondida nisso tudo. *Esta fanfic contém palavreado inadequado...