009

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Depois que tomamos café, fiquei um pouco mais lá com os meninos. Eu me sentia confortável com eles, apesar dos olhares que Jughead e eu trocávamos.

Assistimos TV, jogamos videogame, e Reggie finalmente me deixou o maquear. Sempre quis saber como ele ficaria de Drag Queen. Eles fizeram de tudo para me manter distraída.

Resolvi que deveria ir para casa, tinha que explicar para Verônica e Cheryl tudo o que havia acontecido na festa de ontem, se elas perguntassem.

    — Vai sozinha? Nada disso... eu vou com você. — Sweet Pea disse levantando do sofá onde ele e Jughead estavam sentados.

Ele fingiu bater o dedinho na mesa e se jogou no chão.

    — Aí, meu dedinho! Acho que não consigo andar. — Ele disse rolando no chão, fingindo sentir dor.

Cerrei os olhos, já sabia o que ele estava tramando.

    — Desculpa Betty... outra pessoa pode te acompanhar. — Ele falou ainda jogado no chão.

    — Eu vou. — Reggie disse se levantando do outro sofá no qual ele estava deitado. — Aí... que dor no estômago... — Ele fingiu estar com dor e se jogou novamente no sofá. — Acho que estou resfriado. — Ele fingiu tosse.

    — Desde quando dor de barriga é resfriado? — Debochei.

    — Pode ser uma doença rara, e muito contagiosa! Melhor o Jughead ir com você. — Reggie rebateu.

Jughead olhou para Reggie, tirando os olhos de seu notebook, e logo em seguida levou seus olhos até mim, me admirando de cima a baixo.

    — Tudo bem, Jughead. Eu vou sozinha... — Falei pegando minha bolsa.

    — Não... sem problemas para mim. — Ele disse fechando o notebook e se levantando.

Dei um sorrisinho forçado para ele.

    — Vamos então? — Disse Jughead passando por mim, indo em direção à porta.

Lancei um olhar assassino para Reggie e Sweet Pea que riram baixinho.

Jughead e eu saímos de casa e ficamos em silêncio. O caminho da casa dos meninos até a minha, não era muito longo. Era coisa de dez minutos andando.

    — Posso te perguntar uma coisa? — Falei depois de um tempinho em silêncio.

    — O-oi? — Ele gaguejou. — Ah, sim... claro que pode.

    — Por que você disse aquilo? — Falei.

    — Você tem que ser mais específica, docinho.

Revirei os olhos. Odiava que ele me chamasse assim.

    — Você disse que nenhuma mulher merece ser tratada daquele jeito... — Dei uma pausa. — Principalmente eu. Mas por que eu?

    — Bom... — Ele engoliu seco. — é que você é a melhor amiga da minha irmã. Apesar de nos odiarmos, você significa muito para minha irmã, então senti que devia fazer alguma coisa quando vi o cara te beijando. Eu sabia que você estava bêbada.

    — Sabia? — Perguntei confusa.

    — Você saiu do bar quase caindo. — Ele falou junto a uma risada.

    — Não exagera. — Soltei uma risada também.

    — Você nunca pega leve nas bebidas não é? — Ele riu.

    — Quase nunca. — Falei.

    — Mudando de assunto... — Ele disse depois de um tempo em silêncio. — Como você e o James estão? Ainda estão juntos? — Ele perguntou.

    — Que pergunta idiota! — Falei.

    — Ué, por que? — Ele perguntou confuso.

    — Se estivéssemos juntos eu não teria transado com você.

    — Faz sentido... — Ele riu. — Mas ficou tudo bem entre vocês?

    — Não... Digamos que não terminamos de uma forma muito amigável... — Falei. — Depois que ele foi expulso do internato por ser pego com drogas, alguns amigos dele me mostraram vídeos em que ele me traia, então eu terminei.

    Ah... sinto muito. — Ele falou sem graça.

    — Tudo bem... ele era horrível na cama. — Falei junto a uma risada, ele riu também.

Chegamos na minha depois de cuns minutos.

    — Bom, obrigada por me acompanhar. — Dei um sorrisinho.

    — Sem problemas. — Ele sorriu de volta.

    — Bom... nos vemos amanhã? Verônica me disse que você e os meninos vão almoçar com a gente.

    — É... Nos vemos amanhã então. — Ele falou.

Entrei em casa e Verônica e Cheryl estavam abraçadas no sofá.

    — Oi! — Cheryl disse se levantando e vindo até mim.

    — Ja estávamos ficando com saudades! — Verônica disse se levantando também.

Elas me envolveram em um abraço.

    — Você está melhor? — Cheryl perguntou enquanto íamos todas nos sentar na sala. — Não veio sozinha não é?

    — Eu estou bem melhor, os meninos me distraíram um pouco... E eu não vim sozinha, Jughead me trouxe.

    — Que? Como assim? — Verônica falou. — Vocês não se odeiam?

    — Estou dando uma chance para tentar ser amiga dele.

    — Finalmente! — Verônica disse. — Já não aguentava mais vocês brigando o tempo todo.

    — Eles se amam. — Cheryl disse.

    — Claro que não, amiga! Tá doida? — Falei.

    — Então ele te ama. Certeza. — Cheryl falou, me fazendo revirar os olhos.

    — Sai dessa. — Falei.

    — Ai gente... Mudando sobre o assunto do meu irmão... Betty, você vai no cinema? — Vee perguntou.

    — Hum... Não... Estou super desanimada. — Falei.

    — Ah, tem certeza? — Ela perguntou e eu assenti que sim com a cabeça. — Então tá... Não vamos te obrigar a ir.

    — Apesar de querermos te obrigar. — Cheryl disse me fazendo dar uma risada.

    — Eu iria ficar de vela. — Falei.

    — Nada a ver, Betty. — Cheryl disse.

    — Na verdade... Convivendo com vocês eu já sou a própria tocha humana. — Argumentei.

    — Exagerada. — Verônica riu e revirou os olhos.

    — Bom... Eu vou tomar um banho e dormir um pouco. — Falei. — Estou morrendo de cansaço... Bom filme pra vocês.

    — Obrigada. — Cheryl e Verônica responderam em uníssono enquanto me dirigia às escadas.

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Próximo capítulo vai ser top KKKKKKKKKKKKKKKKK

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