Fragile Lies

023

— Tô até com medo. — Falei levantando do colo de Sweet Pea.

— Onde você vai? — Jughead perguntou.

— Eu tenho uma casa, não é? — Brinquei. — Pode me levar? — Peguei minha bolsa

— Foi mal... Tenho que terminar de fazer os modelos dos convites para o baile de volta às aulas que o Honey me pediu. — Ele disse indiferente, se levantando — Mas tenho certeza de que Sweet Pea pode te levar. — Falou subindo as escadas.

Sweet Pea se levantou, confuso.

— Certo... Vamos então...

Sweet Pea e eu saímos de casa, olhei no relógio e eram cinco da tarde, resolvemos dar um passeio.

— Tá, onde a gente vai? — Ele falou.

— Tava querendo comprar umas roupas... — Falei cruzando meu braço no dele.

Ele revirou os olhos.

— Nem pensar, Betty. Da última vez só faltava você levar a loja da Chanel inteira.

— Ai, qual é... Por favorzinho. — Fiz bico.

Sweet Pea olhou pra mim indiferente.

— Sabe que nunca me convenceu com essa cara não é? — Ele falou. — Só me faz te achar mais estranha do que já é.

— Só quero comprar umas roupas... E tenho que comprar o vestido do baile também! Você sempre me ajuda a escolher.

— Você já tem vestidos de baile!

— Os dos anos anteriores! Não espera que eu use os mesmos, não é? — Falei.

— Eu sei lá, Betty. Eu uso o mesmo smoking desde o primeiro ano. Ainda bem que ele ficou largo na época.

— Como eu nunca percebi que você usava o mesmo smoking?

— Talvez porque se trata de um smoking? — Ele debochou. — Se eu for comprar outro, vai ser igual. Dinheiro jogado fora.

Revirei os olhos. A família de Sweet Pea era muito — muito mesmo — rica, mas ele sempre soube administrar muito bem seu dinheiro. Ele é quem sempre me impede de comprar tudo o que eu vejo pela frente.

— Por favor... É só uma simples ida ao shopping. — Falei.

— Tá bem. — Ele acabou cedendo.

[...]

Cheguei ao shopping rodopiando de felicidade. Eu literalmente amava fazer compras. Era tipo uma terapia pra mim, que fazia eu me esquecer de tudo por um tempo.

Sweet Pea e eu entramos primeiro na Gucci, depois na Chanel, Versace, e finalmente, Prada.

Entramos na Prada, e fui até os vestidos de gala, Sweet Pea já estava com as mãos lotadas se sacolas, fora as que eu estava segurando.

Escolhi os vestidos que eu queria provar. Sweet Pea se sentou no sofá em frente ao provador, colocando todas as sacolas ao lado dele.

Sai com o primeiro vestido. Era um vestido vermelho longo, com um decote considerável na parte da frente.

— O que achou? — Falei.

Ele girou o dedo indicando para que eu desse uma voltinha.