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{Que merda! Era pra ser só uma transa!}
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Depois de um tempo deitada ao lado de Jughead, resolvi tomar meu banho. Jughead me esperou no quarto.

Sai e botei um blusão, junto com uma calça moletom simples.

Descemos as escadas e Cheryl estava preparando a janta. Verônica estava sentada no sofá.

    — Da próxima vez que não quiser ir no cinema, pelo menos me diga que é para transar com meu irmão. — A morena falou se levantando do sofá e indo se sentar na mesa de jantar.

    — Não foi planejado. — Falei revirando os olhos enquanto Jughead e eu nos sentamos na mesa também.

    — Bom, ela não planejou... Mas eu sim. — Jughead falou com um sorrisinho sacana.

Verônica revirou os olhos. Ela não parecia muito feliz com aquilo.

    — Achei que não ligasse com quem eu transasse. — Provoquei.

    — Ela não tem nada a ver com isso, Betty. Eu me envolvo com quem eu quiser. — Jughead falou.

    — Eu não ligo... — A morena me respondeu. — Mas sério que tem que fazer isso com o meu irmão? Vocês se odiaram a vida toda, e agora transam sempre que tem vontade?

    — Falei com você que daria uma chance para ele.

    — Você disse uma chance pra amizade! — Verônica ralhou. — Pelo o que eu saiba, amigos não transam.

Cheryl revirou os olhos, colocando a panela de macarrão com almôndegas que ela fez e se sentando na mesa.

    — Parem de discutir vocês duas. — A ruiva disse.

    — Desde quando você se importa, Verônica? — Jughead se falou.

    — Porra, não to acostumada a ver meu irmão e minha melhor amiga transando o tempo todo! Vou ter medo quando for entrar no quarto de qualquer um dos dois. — Verônica falou se servindo.

    — Ah, Verônica, não fode. — Falei impaciente.

    — Não fode você, Betty! — Ela se estressou. — Nos dois sentidos!

    — Só queria um jantar normal. — Cheryl resmungou.

    — Não sei por que você tá tão estressada! — Falei.

    — Já chega, que merda! — Jughead se irritou.

    — Vão se fuder! Vocês dois! — Verônica se levantou bruscamente da mesa, indo pro seu quarto.

Cheryl cobriu seu rosto com as mão e respirou fundo.

Me levantei, bruscamente também, pegando meu casaco e saindo. Jughead foi atrás de mim.

Betty! — Ele gritou tentando me alcançar. — Ei! Espera! — Ele me alcançou e puxou meu braço.

Vê se me deixa em paz! — Falei e continuei andando.

Espera um pouco, então você vai me culpar pelo o que acabou de acontecer? — Ele ralhou, acompanhando meus passos.

Eu só quero um tempo sozinha! — Ralhei também, sem olhar para ele.

Porra, a culpa não é minha se minha irmã não gosta que a gente transe.

Eu não falei que a culpa é sua! — Falei irritada.

Você está agindo como se fosse minha culpa! Por que você é tão teimosa? Me escuta! — Ele puxou meu braço bruscamente, fazendo com que eu parasse e me virasse para ele.

Eu não me importo com o que você pensa sobre mim! Você é um idiota! — Falei.

E você está agindo como uma vadia medíocre! Porra, só me escuta! — Ele gritou.

Você não pode falar assim comigo! Eu não te perguntei nada! — Gritei também.

Não é para perguntar porra nenhuma! É pra você calar a boca quando eu estiver falando! — Ele gritou, mas logo em seguida pareceu se arrepender.

Meus olhos encheram de lágrimas. Não importa se era o Jughead, nunca ninguém havia falado comigo daquele jeito.

Babaca. — Falei me virando e andando rápido.

Betty, espera por favor. — Ele disse segurando meu braço.

Por favor, não encosta em mim. — Falei baixo. Minhas forças já estavam sumindo.

Ele me soltou na mesma hora.

Betty, me desculpa, eu... — Antes que ele terminasse de falar eu o interrompi.

Jughead, não fala mais comigo, tá bem? — Falei e fui embora.

Fiquei rondando o internato sem rumo. Não queria ir para casa, Verônica estava lá. E não podia ir para a casa do Sweet Pea porque Jughead estava lá.

Olhei no relógio e eram onze da noite. Resolvi passar na biblioteca, que era 24 horas. Lá haviam sofás, algumas redes e pufs, para que você se sentisse confortável e lesse o tempo que quisesse.

Entrei lá e não estava muito cheia. Haviam uns cinco ou seis alunos lendo. Peguei um livro que eu já havia lido mais de um milhão de vezes, "O Pequeno Príncipe".

Me deitei em um dos pufs espalhados pelo local, e comecei a ler.

"A gente corre o risco de chorar um pouco quando se deixa cativar"

Por algum motivo, essa frase mexeu comigo, bem mais do que quando eu a li outras vezes.

Ai, caralho! Não pode ser...

Será por isso que as palavras de Jughead me deixaram deste jeito? Será que eu... Só de pensar me deu calafrios.

Não, Betty. Você não está apaixonada! Ainda mais por um escroto como o Jughead.

Eu realmente estava torcendo para que eu não estivesse me apaixonando por ele, porque se eu me apaixonar, eu não vou esconder.

Eu não sou esse tipo de garota... Se eu amo, eu demonstro e deixo meus sentimentos bem claros. Muitas pessoas reclamam de amores não correspondidos, mas não fazem nada para demonstrar que amam.

Continuei tentando ler meu livro, mas meus pensamentos sempre se dirigiam até Jughead.

Merda! Será que não posso ler um livro em paz?

Eu não sei se realmente estava apaixonada, ainda estava deliberando isso. Não tem como ter certeza de uma hora para a outra.

Será por isso que o meu coração acelerou quando nos beijamos?

Mas apaixonada ou não, eu tinha o direito de ficar chateada com ele. Afinal, ele não tinha o direito de me tratar daquele jeito.

Que merda! Era pra ser só uma transa!

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Vixi... acho que ferrou agora em...

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Fragile Lies Where stories live. Discover now