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Deixei que Jughead dormisse um pouquinho, havia sido um dia cansativo para ele. Fiquei apenas o admirando.

Amor... — Falei delicadamente, o acordando.

Ele abriu os olhos devagar e sorriu quando me viu.

Por quanto tempo eu dormi? — Ele perguntou com um tom de preguiça.

Mais ou menos uma hora.

Certo... — Ele disse e se pôs sentado. — Vamos curtir a festa?

Sim... — Falei com um sorrisinho no rosto e dei um selinho nele.

[...]

Saímos da Sala Vip e trombamos com Verônica e Cheryl entrando. Ambos sorriram maliciosamente e continuaram seus caminhos como se nada tivesse acontecido.

Jughead entrelaçou seu braço em minha cintura e me deu um beijo na bochecha.

Fomos para o bar e nos sentamos no balcão.

Tequila. — Falei para o barman.

Em que ano vocês estão? — Ele perguntou.

Terceiro. — Falei revirando os olhos.

Identidades. — Ele falou.

Porra cara, vai se foder. Só pega a merda da tequila. — Jughead falou.

Identidades. — O barman repetiu.

Jughead tirou sua identidade do bolso e eu tirei a minha da bolsa. O barman as puxou de nossas mãos e em seguida nos entregou de volta. Tomamos uns três copos de tequila mas Jughead não quis deixar eu tomar meu quarto copo.

Betty, amor, você já bebeu demais, já chega.

Ah, Juggie, só mais um. — Falei.

Por favor... Não.

Você não manda em mim! — Me estressei.

Eu sei, não estou mandando em você. Estou te pedindo para não tomar, vai te fazer mal! — Ele falou.

Cruzei os braços e fechei a cara. Quando eu estou bêbada e menstruada eu fico insuportável, meu deus. Jughead cobriu o rosto com as mãos e respirou fundo. senti alguém me abraçar por trás e começar a beijar meu pescoço. percebi rapidamente que não era Jughead.

O que é isso? — Falei empurrando o cara com toda a força que eu tinha disponivel.

Jughead se levantou rapidamente e puxou meu braço, me trazendo para perto dele. Era Brett.

Filho da puta, você não tinha sido expulso? — Jughead ralhou.

Eu tenho dinheiro, nunca vou ser expulso de lugar nenhum. E aliás, fiquei sabendo que você e a vadia estão juntos.

Juggie, não! — Falei, mas logo em seguida Jughead já tinha derrubado Brett no chão, dando vários socos em seu rosto. uma multidão de pessoas se formou em volta.

Sweet Pea chegou, tirando Jughead de cima de Brett.

Me solta! — Jughead gritou com Sweet Pea.

Se você matar ele, não só vai ser expulso, vai ser preso! — Ele disse quando viu a cara de Brett ensanguentada.

Levei minha mão até a boca e corri em direção ao banheiro para vomitar. Jughead correu atrás de mim. Ele veio até mim e segurou meu cabelo para que não sujasse.

Vai ficar tudo bem. — Ele disse acariciando meu ombro.

Eu estava com um nojo inexplicável. Me sentei no chão e comecei a chorar.

Filho da puta. — Falei entre choros.

Sinto muito você ter que passar por isso. — Jughea disse.

Só me leva pra casa, por favor.

[...]

Cheguei na casa de Jughead junto com ele e Sweet Pea.

Betty... — Jughead disse enquanto eu subia as escadas e ia até seu quarto.

Entrei e pegue uma calça moletom e camisa dele. Entrei no banheiro e bati a porta. Liguei o chuveiro e comecei a tomar meu banho.

Posso entrar? — Jughead bateu na porta.

Me deixa sozinha um pouco. — Falei alto o suficiente para que ele pudesse ouvir do lado de fora do banheiro.

Certo... — Consegui ouvir ele dizer.

Encostei minha cabeça na parede e chorei baixinho. Não sabia ao certo o porquê, apenas tinha uma sensação de tristeza insaciável dentro de mim, que me consumia cada vez mais. Eram muitas coisas acumuladas dentro de mim ao mesmo tempo. Sentimentos entrelaçados, com os quais eu não sabia lidar. Eu estava sobrecarregada.

Depois de um longo tempo, sai do banho e mandei uma mensagem para Sweet Pea, pedindo para que ele pegasse um absorvente que estava na minha gaveta em seu quarto. E assim ele fez.

Bee... — Ele disse abrindo uma greta da porta e me entregando o absorvente.

Obrigada, você é um anjo!

Também te amo. — Ele disse.

Coloquei as roupas de Jughead — com as quais me sentia super confortável — e sai do banheiro.

Jughead estava abrindo um de seus remédios noturnos — agora já com o cateter no rosto. — Ele olhou para mim com um olhar doce, no qual nunca havia notado. Ele se aproximou de mim e me abraçou cuidadosamente.

Juggie... — Falei me desfazendo de seu abraço um tempo depois. — Você me ama?

Que? É claro que sim.

Não estou dizendo amar pouco. Você me ama mesmo? Pra valer?

Betty, claro que amo. — Ele colocou as mãos em meus rosto e olhou em meus olhos. — Eu te amo mais do que a mim mesmo. Não quero que tenha dúvidas disso.

Fiquei em silêncio por um tempo.

Não quero te magoar. — Sussurrei.

O que? — Ele disse sem entender.

Eu sou uma confusão Juggie, não quero acabar te magoando.

E por que você faria isso?

Nós nos entregamos totalmente um ao outro... Eu entreguei meu coração a você. — Falei.

Esse é o sentido de um relacionamento. Confiança. — Ele disse.

Eu confio em você, mas não em mim mesma.

Jughead soltou um suspiro.

Escuta... Eu confio em você. Sei que nunca faria nada para me magoar.

Juggie... — Tentei falar mas fui interrompida.

Eu li em um livro, que o amor é uma reação química no cérebro. Às vezes essa reação dura a vida inteira, repetindo-se de novo e de novo. E às vezes não. Às vezes ela entra em supernova e começa a desaparecer. Se não der certo conosco, seguiremos em frente, sem recentimentos. Mas não acho que seja o caso. — Ele sorriu e eu dei um sorrisinho também. — E é por isso que eu digo que eu te amo, Betty.

Eu também te amo, Juggie. — Falei lhe dando um beijo

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Meu coração está se partindoOoOoOo

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