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Eu andava de um lado para o o outro na sala de espera, desesperada.

Olhei no relógio, eram meia noite e meia. Fazia aproximadamente quatro horas que Jughead havia entrado naquela sala de cirurgia, e o tempo não passava de jeito nenhum.

Betty, vem cá. — Sweet Pea disse me puxando para o sofá que havia na sala de espera.

Ele me puxou para um abraço e eu deitei em seu colo, exausta.

    — Não acha que você deveria dormir um pouco? — Ele disse fechando o livro que estava lendo.

    — Acho melhor não. — Falei.

    — Você está cansada, Betty.

Olho para o outro sofá, Verônica e Cheryl já tinham pego no sono. Reggie, que estava na poltrona, também havia dormido.

Sweet Pea começou a acariciar meu cabelo. Eu era totalmente rendida aos cafunés dele. Ele me fez dormir em menos de cinco minutos.

[...]

Acordei com a voz do médico conversando com Sweet Pea. Abri os olhos lentamente, sonolenta.

    — O que houve? Jughead já saiu da cirurgia? Ele tá bem? — Perguntei me levantando do colo de Sweet Pea.

Quase caio do sofá. Sweet Pea me segura, me impedindo de me chocar contra o chão.

    — Ei, você acabou de acordar. Calma. — Sweet Pea falou.

    — Bom, Srt. Cooper, é a namorada, não é? — O médico perguntou e eu assenti positivamente com a cabeça. — Certo... ocorreu uma complicação na cirurgia, na qual foi a explicação para a demora.

Meu coração se apertou, parecia ter um nó na minha garganta, que impedia que eu dissesse qualquer coisa.

    — Por sorte, ele está bem. Ele está dormindo agora, mas se quiserem podem ir vê-lo no quarto dezessete. — O médico disse por fim, e logo depois saiu.

Eu fiquei paralisada. Era uma mistura imensa de felicidade, vontade de abraçar o Jughead com toda minha força.

    — Tá esperando o que? — Falei para Sweet Pea. — Vamos logo.

Ele sorriu pra mim e foi acordar os outros. Não aguentei esperar e corri — literalmente sai correndo por um hospital — para o quarto de Jughead.

Abri a porta devagar, e a fechei novamente. Cheguei perto de Jughead, meu coração chegou a saltitar.

    — Oi meu amor... — Falei baixinho, acariciando o rosto dele, mesmo sabendo que ele estava dormindo. — Que bom que você ficou bem. — Dei um beijo em sua testa.

Sweet Pea abriu a porta do quarto. Verônica, Cheryl e Reggie entraram, seguidos de Sweet Pea.

    — Ele já acordou? — Verônica perguntou se aproximando. Balancei a cabeça negativamente.

    — Que horas são? — Perguntei para Sweet Pea.

    — Quase quatro da manhã.

    — Meu deus... nove horas de cirurgia? — Cheryl perguntou.

    — O médico falou que teve complicações... — Falei. — Mas o importante é que ele está bem.

    — Sweet Pea você tá bem? — Reggie perguntou. — Tá com a cara inchada.

    — Eu não dormi... — Ele respondeu. — Fiquei acordado caso o médico chegasse.

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