O Deus da Destruição

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“Meu senhor, me disseram que você queria me ver?”

Para um espectador alheio à situação, seria uma visão confusa quando um menino, ou melhor, um jovem se dirigisse a um menino ainda mais jovem como seu senhor.

Eles estavam em uma sala espaçosa, mas extravagante. Pilares revestidos de ouro e joias nas paredes representavam belas obras de arte compostas por figuras humanóides com certos detalhes que eram bastante atraentes. Afinal, os humanos não tinham três cabeças ou seis braços.

Pelo menos, eles não deveriam.

''Sim, Ban” O mais jovem respondeu. Sua voz era suave, mas tinha um tom de comando que exigia respeito e atenção, mesmo que não fosse feito de propósito.

O que estava ajoelhado era um jovem que possuía longos cabelos azuis brilhantes e dois olhos carmesim como sangue, como dois rubis que emitem um brilho misterioso e faz os outros murcharem.

Esse era Ban Astrea, o atual Sekiryuutei e anfitrião do poderoso Dragão Gales, conhecido ao redor do mundo por vários títulos, o Sekiryuutei mais forte, o SlashDog, o Senhor da Guerra Invencível e também o braço direito do Deus da Destruição Hindu Shiva.

O ser que estava sentado no trono a quem Ban estava ajoelhado era um belo rapaz; um estudante do ensino médio com traços normais tendo um rosto bem estruturado, com cabelos verdes e pretos que parecem mais azulados. Ele tem um olho perspicaz que possui uma divindade sem fundo e uma superioridade ilimitada que faz as pessoas tremerem de medo.

Com a única exceção sendo o ser a sua frente.

Este era Shiva um dos Trimurti e o Deus da Destruição da mitologia Hindu. Ele está classificado nas classificações mais altas do Top 10 dos seres mais fortes do mundo, e pai adotivo de Ban.

“Você sabe que não precisa me chamar assim, pode me chamar de pai” disse Shiva com um tom de divertimento e descontraído embora mesmo assim a própria presença dele mostrasse poder.

Ban somente olhou para Shiva: “Eu insisto” disse Ban seriamente fazendo Shiva suspirar.

“Eu soube que você entrou em contato com os demônios” falou Shiva calmamente.

“Sim, eles são...interessantes por assim dizer” disse Ban calmamente para seu pai adotivo.

Shiva não pode deixar de olhar para seu filho adotivo e suspirar, mesmo para ele Ban era um mistério.

Não entenda errado, Shiva ama Ban como um pai amaria seu filho.

Quando Shiva encontrou Ban pela primeira vez ele pensou que o garoto era louco por o desafiar, mas mesmo assim aceitou e foi surpreendido ao ser derrotado por ele.

Ao longo do tempo Shiva tentou entender Ban, ele queria entender o que se passava pela cabeça do garoto, no começo era curiosidade e tristeza pelo que aconteceu com ele, porém com o tempo Shiva realmente passou a ver Ban como seu filho.

Ban era alguém que conseguia mascarar muito bem suas emoções, na verdade parecia que ele realmente não tinha nenhuma.

Era diferente do Dragão Ouroboros que realmente tinha poucas emoções por sua inocência e ingenuidade, a de Ban seria como se ele realmente não tivesse elas.

Ele não tinha medo de desafiar um inimigo mais forte, ele não sentia empatia por seus inimigos, ele não sentia raiva pelo que seus pais fizeram com ele, não sentia remorso por matar outros seres, não sentia tristeza nem nada.

Era como se em troca de seu poder ele tivesse perdido algo que era essencial para os seres humano.

Ban era capaz de mascarar tão bem suas emoções que ele poderia dar um sorriso tão genuíno e que você pensaria que ele gosta de você somente para ele fincar uma espada em seu coração com o mesmo sorriso.

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