Mortal Tesks part.2

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Capítulo 39


  Não há nada além da grande estrada de terra escura revirada e campos áridos dos dois lados. Sequer uma bola de feno, como aparecem nos filmes de faroeste americano. Somente eles, campo completamente aberto e nenhum sinal de fim de caminho. Quanto mais passos dão, mais cansados e irritados ficam. O suor que iniciou-se com o incidente da besta demoníaca ainda está presente e em maior quantidade por terem voltado a se movimentarem.

  Kuro, que mesmo com sua aparência física mudada, em dado momento sente um cheiro diferente no ar graças ao alcance de seu olfato – maior do que o de vampiros e lobisomens comuns – não ter sido alterado com a magia de transmutação, estagnando no lugar e fazendo com que todos sigam o mesmo passo dele, olhando-o confusos.

  – O que foi? – Um deles pergunta.

  – Tem um cheiro esquisito no ar. Não sentiram?

  – Cheiro esquisito? – Carla pergunta e em seguida começa a cheirar o ar, assim como seu irmão, Selene e os outros membros da alcateia da loba.

  – Isso parece...

  – Pólvora? – Ryan responde igualmente confuso.

  – Não. É cheiro de explosivo, mais especificamente, minas. – Koyama rebate, franzindo o cenho com seriedade no olhar.

  – Minas? Mas não tem nada além de terra, pó, calor e um céu teoricamente limpo. – Shin.

  – Há as minas terrestres, que podem ser enterradas em qualquer lugar e assim ficam escondidas, dificultando o rastreamento de quem deseja passar em segurança. – Explica sem deixar a seriedade de seu olhar.

  – Nós estamos na porra do inferno. Pra quê ter esses negócios aqui? Justo aqui?! – Subaru e Yuma não se conformam, irritados e sem qualquer paciência.

  – Esse rei do submundo deve ser algum sádico malucão! – Kou resmunga também inconformado.

  – Jura? Não me diga! – Selene faz uma careta de surpresa exagerada, em seguida revirando os olhos sarcástica.

  – Como vamos passar então? Já viemos até aqui. Temos que chegar a algum lugar.

  Koyama leva uma de suas mãos ao queixo depois de cruzar os braços na frente do corpo, usando isso como um apoio, preso em pensamentos. Não só ele quanto todos pensam em uma solução para o novo problema.

  – Jason.

  – Uhm?

  – Posso ver o que tem na sua mochila, por favor?

  – Você não está pensando em jogar ela no chão pra explodir, não né?! – Exclama nervoso, jogando os braços para trás tentando abraçar o objeto em suas costas.

  – Que? Como assim? – É possível ver a confusão no olhar até então sério de Koyama.

  – Ela é grande, então poderia explodir uma quantidade considerável de bombas. Quando elas explodissem desencadearia a explosão das que estão mais próximas e assim por diante. – O ruivo explica e acaba por arrancar um riso do moreno, que nega com um aceno de cabeça.

  – Não. Realmente quero ver o que você tem na mochila. Talvez tenha algo que possa nos ajudar, já que você sempre traz as coisas mais estranhas junto com você.

The Wolf - Diabolik LoversWhere stories live. Discover now