The Wolf - Diabolik Lovers

Mortal Tasks part.3 FINAL

Capítulo 40

  Durante a correria, o grupo entra e sai por ruas aleatórias, algumas dessas ruas que nem Carla e Shin – que estiveram presos no submundo – haviam visto. Os capangas do comerciante continuam em seu encalço, a baba que escorre de suas bocas com dentes afiados e protuberantes demonstra o quão raivosos e provavelmente famintos por carne e dor estão.

  Tendo uma ideia de última hora, Ruki manda todos entrarem em uma viela e depois pularem o muro médio, entrando em outra rua e fazendo o mesmo com outra viela e entrando em mais uma nova rua. No meio de todo o percurso, alguns deles jogam caixas e objetos pesados para trás com a intenção de atingir as bestas e retardá-las, ganhando algum tempo para uma possível fuga bem-sucedida. Após correrem mais algum tempo e não verem qualquer sinal dos capangas, eles param para recuperar o fôlego, principalmente Yui que é a única humana deles e tem uma stamina menor do que a de todos. Apoiados nas paredes e em seus próprios joelhos, os peitos subindo e descendo com rapidez pela tentativa exasperada em respirar normalmente, um pouco de suor por seus rostos e braços e alguns dos integrante com bochechas levemente rosadas causado pelo esforço.

  – Que droga eram aquelas coisas?! – Ukiyo reclama um tanto bravo – Eles ficavam babando enquanto olhavam pra gente!

  – Não sei exatamente o que são, mas pode ser que tenham sido canibais em vida e não me refiro as tribos indígenas que acreditavam que isso era normal, porque essas são aceitas no céu por algum motivo. – Kino responde e dá de ombros com desinteresse, tão ofegante quanto os outros ali – Esses devem ser aqueles criminosos que além de matar, comiam suas vítimas por prazer.

  – O cara é um comerciante do mercado negro sobrenatural, não me surpreende que ele tenhas essas coisas como capangas. – Yuma comenta, mas é possível ver que ele ainda assim não gostou do fato apresentado.

  – Falando nisso, será que despistamos eles de vez? – Aiko pergunta receosa, olhando para todos os cantos possíveis em estado de alerta.

  – Já havia um tempo que estávamos correndo e não vimos nenhum sinal deles. Acredito que despistamos eles. – Reiji.

  Como se o universo os tivesse escutado e resolveu pregar uma peça de mal gosto, ao longe surgem os capangas do mercador, tão sedentos quanto antes e ainda mais raivosos por terem sido enganados durante a correria.

  – Só pode 'tá de brincadeira! – Shin resmunga cansado.

  Eles correm durante mais algum tempo, até que entram em uma rua sem saída e sem muro, sendo o empecilho uma enorme parede vermelha do fundo de uma casa que há ali. O pessoal vira para trás novamente com a intenção de saírem dali antes que os canibais cheguem muito perto, mas já é tarde demais, eles estão parados na frente deles.

  – Carne... Carne... – Eles resmungam entre lufadas de dar, a baba decorrente do excesso de saliva escorre pelos queixos esverdeados.

  – Alguém tem um plano? – Kou pergunta em um sussurro nervoso.

  Ninguém responde porque também esperam que um deles tenha um plano de escape, mas infelizmente não têm. Um se aproxima do outro em um amontoado, todos andando para trás o máximo possível, ficando praticamente colados com a parede de tijolos vermelhos. Os escravos canibais dão o mesmo número de passos para frente que os passos que o grupo de amigos dá para trás, cada vez mais próximos de darem um fim a eles.

  – PARADOS!

  Não só o pessoal quanto os capangas olham assustados na direção de onde o grito irritado veio. Um grande aglomerado de seres com armaduras [descrição da armadura e aparência deles], parados em posição de ataque e fortemente armados com lanças mágicas de longo alcance. Sem esperar uma resposta concreta deles, os guarda começam a prender os canibais, dando-os para os de patente menor para que eles os levem para as masmorras para aguardarem julgamento. O grupo suspira aliviado ao acreditarem terem sido salvos, mas se arrependem quase no mesmo instante ao ver que os guardas restantes caminham em suas direções com algemas enfeitiçadas.