"I'm Not A Fucking Toy!"

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Capítulo 19


  Alguns dias se passam depois da chegada dos irmãos Mukami. Selene apesar de ter se desentendido com Yuma no primeiro dia acaba criando uma convivência consideravelmente boa com o mais alto, passando uma boa parte do tempo deles conversando pelos cantos da casa, fato que não passa despercebido por Shu, Reiji e Subaru, mas que ao mesmo tempo os três lutam para se manterem indiferentes. Afinal o que se passava pela cabeça deles quando começaram a agir estranho com ela? Selene devia ser apenas uma nova bolsa de sangue, não? É... Devia.

  Selene está sentada em uma das cadeiras da mesa de madeira da cozinha, olhando fixamente e sem interesse para o conteúdo de seu prato que ela mesma fez, seu olhar é vago enquanto ela tenta entender o que aconteceu para os três vampiros estarem ignorando-a e sendo grosseiros como antigamente, ao mesmo tempo em que tenta se convencer que essa atitude deles que deveria ser normal, sentindo-se um pouco melhor depois de se convencer um pouco sobre isso. Ela direciona o olhar para o ser apoiado no batente da porta da cozinha, que olha para ela com curiosidade e um sorriso de canto provocativo. Selene automaticamente devolve o mesmo sorriso, indicando o lugar na sua frente para que o ser se sente.

  – O que te traz na cozinha tão cedo, Tomato Head?

  – 'Tava pensando em fazer uma salada de tomates pro café da manhã e te vi sentada com essa cara de geleia. – Responde sentando na cadeira localizada na frente da garota.

  – "Cara de geleia"? – Tampa a boca com uma das mãos enquanto ri da comparação do mais alto – É a primeira vez que escuto alguém dar esse nome pra cara de paisagem.

  – Cada um chama do jeito que quer... – Acaba rindo também – Por falar nisso, no que você 'tava pensando tanto?

  – Uhm?

  – Não se faz de desentendida. Pra ficar com essa cara de geleia tanto tempo, você estava com certeza pensando em alguma coisa. O que era? Fala aí.

  – Só se você me der um pouco da salada que você quer fazer.

  Ela brinca acreditando que ele não aceitaria dividir seus amados tomates consigo apenas para saber o que ela estava pensando, mas percebe que se enganou totalmente ao vê-lo acenar positivamente com a cabeça com um olhar sério. Ela arregala os olhos, não acreditando no que acabou de ver.

  – Você 'tá falando sério?!

  – Hoje eu estou bonzinho, fique animada. – Dá um de seus típicos sorrisos arrogantes.

  Antes que ela pudesse retrucar o que foi dito, Azusa entra na cozinha com sua cara de dor cotidiana, mas assusta da mulher pela quantidade de sangue que sai por entre as bandagens de seus braços.

  – O que aconteceu? Você 'tá bem? – Pergunta levantando-se e caminhando na direção do vampiro, segurando delicadamente seus braços para averiguar o estado dos ferimentos.

  – Sim... A dor é uma coisa incrível, maravilhosa. Eu não poderia estar melhor. – Sorri fracamente – Sentir dor é a maior prova de amor que um ser pode dar de presente pro outro.

  – Prova de amor o caramba! – Exclama irritada – Quem ama de verdade não machuca e nem gosta de ver seus entes queridos machucados. Quem falou isso pra você é um pirado da cabeça. – Suas mãos brilham em uma luz verde, passando por todos os cortes presentes nos braços do moreno, curando cada um deles, sem deixar cicatrizes e surpreendendo os dois vampiros.

The Wolf - Diabolik LoversWhere stories live. Discover now