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Capítulo 34


  – Que porra aconteceu?! – Yuma exclama irritado e aturdido.

  – Por que você matou ele? Precisávamos das informações que ele podia dar! – Ruki esbraveja com Selene, olhando-a raivoso.

  – Ei, olha como fala comigo, pirralho! – Alerta risonha, seguido de um dar de ombros – Conheço ele a mais tempo do que vocês. Sei que ele não iria entregar para quem trabalha, o que o mestre dele quer e tudo o mais que vocês estão se perguntando. Também não me importo muito, já que sei o porquê de tudo isso estar acontecendo.

  – Isso não era motivo pra matar ele sem mais nem menos! – Continua a esbravejar – Se sabe tanto assim, por que não nos conta de uma vez?

  – Porque ainda não é tempo. A Selene primária também não sabe o que está ocasionando tudo isso, não são apenas vocês. Acontece que o momento certo ainda não chegou e, mesmo que chegasse, não posso revelar nada à nenhum de vocês. Precisam descobrir sozinhos.

  – Se precisamos descobrir sozinhos, ter matado aquele bruxo só nos atrapalhou. E que conversa é essa de "primária"? Por que você começa a agir totalmente fora do que você age repentinamente?

  – Como disse anteriormente, infelizmente conhecia ele, sabia que não iria entregar as informações que precisam. Ao invés de ficar esbravejando como um tolo, considere o que eu fiz como um "acelerar das coisas". Fiz com que não perdessem o tempo que já é quase nulo. – Faz uma pausa, revirando os olhos em tédio ao se preparar para responder o próximo tópico – Não me recordo de ter explicado isso antes, por essa razão irei fazê-lo agora, mesmo que a contragosto.

  As ações, tom de voz e palavras que a outra versão de Selene utiliza são de um contraste nítido, perturbando ainda mais os pensamentos dos presentes ali. Ayato, que até então estava relativamente longe do local, volta com Yui em seus braços após ter parado de escutar os sons da luta que travaram anteriormente. Os dois se juntam em silêncio ao restante.

  – A Selene que vocês conhecem e eu somos exatamente a mesma pessoa, entretanto fomos tecnicamente separadas em duas. Ela é o lado que mais prevalece: o lado enérgico, brincalhão, de paciência enorme, emotivo. Eu sou o lado que permanece nas sombras: o lado calmo, analítico, de paciência curta, racional. Algumas crenças comparam isso com o YinYang. Tudo o que ela sente, eu sinto e vice-versa. Apesar de sermos a mesma pessoa, podemos conversar uma com a outra como se fossemos pessoas diferentes.

  – Sempre foi assim? – Carla.

  Ele se aproxima calmamente da garota, curioso e preocupado. A forma como os dois parecem próximos faz com que Shu, Reiji, Subaru e Yuma esqueçam da situação em que todos se encontram, sentindo o tão famigerado ciúmes.

  – Oh! Não, não. – Balança negativamente sua cabeça, sorrindo minimamente – Aconteceu quando tínhamos um ano e meio de idade, decorrente de um ocorrido que não posso explicar o que foi. Eu sou o lado que sabe de coisas que ela não sabe que viveu, conheceu e aprendeu. Essa separação aconteceu justamente para que ela não soubesse das coisas que eu sei. Foi para o nosso próprio bem. – Seu sorriso mínimo se torna melancólico por alguns segundos, até que suma de seu rosto e ela volte a sua expressão de indiferença.

  – Quanto mais respostas conseguimos, mais confuso e sem sentido fica. – Laito comenta divertido, dando um risinho nervoso.

  – Você disse que conhecia ele, certo? – Reiji ajeita seu óculos na tentativa de recobrar sua postura, olhando sério para a loba.

The Wolf - Diabolik LoversWhere stories live. Discover now