Kino Sakamaki

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Capítulo 31

  – Pois então, me diga. Por que eu ajudaria vocês nessa guerra que estão falando? – Kino apoia seu queixo em sua mão direita, assumindo uma feição séria e analisadora – Foi mal, amorzinho, mas não tenho intenção nenhuma de ajudar ninguém. A única pessoa que ajudo sou eu mesmo. De resto? Quero ver mortes e terror.

  – Eu sabia que ia ser uma péssima vir até aqui só pra falar com ele! – Ayato exclama nervoso.

  Vendo que todos estão olhando para ele ao invés de prestarem atenção no mais importante, Reiji coloca uma mão no ombro dele por trás enquanto mantém seu semblante impassível, apertando com tamanha força que silencia o rosado no mesmo instante, fazendo a conversa prosseguir novamente.

  – Já imaginava que iria dizer isso. Como eu falava, você teria que ser tão sádico e egocêntrico quanto os integrante de sangue para ser considerado da família Sakamaki. – A morena dá de ombros mostrando abertamente seu desinteresse pelo o que o vampiro dissera.

  – Espera! Não vai dizer pra eu não pensar desse jeito, pra eu pensar em todas as pessoas que iriam morrer inocentemente, que seria uma ajuda que eu estaria fazendo pra minha própria família também e todo aquele papinho imbecil? – Seu olhar é de clara suspeita, junto com uma de suas sobrancelhas arqueadas.

  – Se eu soubesse que você no fundo era uma boa pessoa? Talvez eu usasse esse "papinho imbecil". – Ela faz aspas com os dedos, rolando os olhos sarcasticamente – Mas seria o mesmo que falar com uma porta quebrada, emperrada. Estaria conversando com um surdo e cego.

  – Perdão? – É possível ver de longe que a expressão do vampiro mais novo está em um misto de confusão e descrença, não sabendo se sente-se ofendido ou irritado.

  – E é justamente por isso que agora presumo ser a minha vez de me desculpar, já que vim até aqui com a intenção de lhe oferecer uma das coisas que mais gosta em toda a sua existência.

  – O que seria?

  Kino, que antes estava convicto em sua opinião de não colaborar com o grupo, aparenta ter mudado de ideia ao ouvir algo que lhe chama atenção e faz sua curiosidade surgir depois de ver a forma confiante com que a loba afirma saber de algo que ele goste tanto. Os Sakamakis, Mukamis, Tsukinamis, Yui e a alcateia observam atônitos a conversa dos dois, percebendo como, por alguma razão, Selene consegue transformar as situações difíceis de negociações – e diálogos de maneira geral – ao seu favor sem fazer qualquer tipo de esforço. Se ela não fosse tão certinha eu poderia facilmente presumir que fosse uma manipuladora de primeira, mas infelizmente parece mais alguma habilidade sobrenatural que ela não nos contou que tem. Tal pensamento vem de Kou, que se diverte em silêncio ao ver como está caminhando a conversa.

  – Oh? Nada demais. – Levanta levemente seus braços, um de cada lado de seu corpo, com as mãos dobradas e as palmas delas viradas para cima em um sinal para enfatizar ainda mais sua indiferença com o assunto – Nós vamos ter que lidar com as mais terríveis e vis criaturas, desde ladrões até assassinos, torturadores, entre vários outros espécimes piores do que essas que citei. Por serem assim, ninguém se importaria se elas sumissem e nem sequer se aparecessem mortas... Isso se chegassem a aparecer. Estava disposta a dar para você todas as criaturas desse tipo que ficarem vivas, caso vençamos a batalha. Você poderia fazer o que bem entendesse com elas.

  – Eu não seria culpado por torturá-los, escravizá-los e matá-los?

  – De modo algum. Seria como se nada nunca tivesse acontecido, desde que mantenha suas atrocidades focadas apenas neles, sem ordenar que matem ou façam algo ruim a alguém por você.

The Wolf - Diabolik LoversWhere stories live. Discover now