Começo das Investigações

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Capítulo 10 

  Duas semanas se passam desde que Selene ajudou o loiro com o assunto da adoção do filhote de cachorro. O mais velho dos irmãos não precisou fazer nenhum esforço para convencer seu irmão mais novo a aceitar a ideia de ter um animal na gigantesca residência, pois Selene foi mais rápida e com poucas palavras conseguiu fazer com que o de óculos entendesse a situação. Se não entendeu, pelo menos ela conseguiu fazê-lo concordar consigo e só por isso já há torna um grande feito, quase um milagre para ser mais exato. Ayato não concordou com a ideia mesmo depois do que a loba falou, irritando a jovem que o ameaçou, levantando-o no ar pelo colarinho de sua blusa. O rosado depois disso "surpreendentemente" não viu mais problema em ter um mascote na mansão.

  Após toda a agitação do ocorrido, as coisas na mansão Sakamaki se tornaram assustadoramente calmas, tirando o fato de Shu, Reiji e Subaru irem procurar a loba em seus momentos de sede por sangue, enquanto os trigêmeos Ayato, Laito e Kanato continuam a procurar apenas por Yui. Apesar de não parecer a humana ficava um pouco mais aliviada com isso, pois quando havia apenas ela ali, a loira vivia com o constante medo de acabar morrendo por falta de sangue, já que os vampiros sádicos não colaboravam nem um pouco.

. . . . .

  A morena sai do quarto exatamente as 9:30 da manhã, aproveitando que todos os vampiros e Yui estão dormindo, para iniciar sua busca na casa.

  Usando seu olfato apurado e suas próprias habilidades de investigação, começa a procurar pelos quartos mais suspeitos que encontra durante o caminho, esgueirando-se por corredores mais escuros e estreitos, até que chega a uma espécie de escritório abandonado. Ela entra com cuidado, fechando a porta atrás de si sem fazer barulho.

  O escritório é de tamanho médio, o papel de parede já velho, com cores desbotadas e descolando em algumas partes, uma escrivaninha embaixo de uma grande janela de vidro decorado com cores em vermelho, branco e preto, sua largura ocupando praticamente toda a parede em que está localizada. Há duas estantes de madeira, de cedro mais especificamente, sua altura chegando ao teto do cômodo e cheias de livros antigos e muito empoeirados, assim como todo o resto dos poucos móveis presentes no local. Um tapete médio de cor vinho localiza-se no meio do cômodo, talvez mais empoeirado do que o restante das coisas ali.

  Selene segura a vontade imediata que tem de tossir diante de tanta poeira, forçando os olhos para observar o que há no canto mais escuro do escritório. Sem sucesso, ela se aproxima até que percebe se tratar de uma pequena cômoda feita também de cedro.

  – Provavelmente encontrarei algo por aqui.

  Suspirando pesadamente a jovem inicia sua busca, começando pela pequena cômoda e não encontrando nada de útil. Em seguida ela caminha até a escrivaninha, olhando a pilha de papel grosso e amarelado por conta do tempo que deve ter passado ali. Olhando de folha em folha, de repente ela para em uma em específico notando o nome de seu pai junto do nome do pai dos Sakamakis, Karl Heinz –Tougo Sakamaki–, um pouco mais apagado o nome de seu tio. Infelizmente o resto das palavras está apagado e borrado demais para poder tentar entender do que se trata. Selene dobra com cuidado a folha e coloca no bolso traseiro de sua calça jeans.

  Ao terminar de procurar pela escrivaninha e não obtendo mais nenhuma pista, ela segue para as duas estantes de livros. Passando os dedos com cuidado, ela lê atentamente o título de cada um dos livros que entra em seu campo de visão, estranhando ter o que se parece com um álbum de fotos no meio de livros de estudo. Ela retira o álbum, dando um leve sopro sobre a capa para afastar a grossa camada de poeira, tendo a confirmação de que se trata realmente de um álbum de fotografia. Virando as páginas de fotos despreocupadamente, uma que estava solta entre elas vai de encontro ao chão. Rapidamente a loba se agacha, pegando a foto e observando-a com curiosidade.

  Tirada a mais de décadas atrás por ser em preto e branco, com as partes brancas um tanto amareladas pelo tempo. É possível ver a figura de dois homens idênticos, sendo possível para a jovem distinção dos dois pela roupa: o homem com coroa é Rei Aspen, seu pai. O homem de túnica nobre é seu tio, Yan. Ao lado de seu tio há uma figura feminina, a rainha Lylethin –vulgo sua mãe-. Por que ela está ao lado do meu tio e não do meu pai? No canto mais afastado, perto do outro lado de seu pai há uma quarta figura: porte alto, esbelto e de cabelo comprido e preso em um rabo de cavalo baixo e frouxo, suas vestes antigas e um sorriso falso, mostrando sua perversidade. Quem será esse com eles? Selene vira a foto e lê o está escrito atrás da foto. Tougo Sakamaki? Esse não é o pai dos Sakamakis? O que ele faz junto com meu pai, minha mãe e meu tio? Por que todos parecem contentes exceto meu pai que tem um sorriso parecido ao desse Tougo? Milhares de perguntas começam a se formar na mente da moça, que encara a imagem em sua mão em completa confusão.

  – 'Lobinhaa'... Cadê você? Fu fu fuu~

  Selene escuta a voz de Laito que ainda está consideravelmente distante da sala em que ela está. Isso faz com que ela guarde a foto no bolso de sua calça junto com o papel que havia guardado anteriormente.

  Saindo apressada da sala secreta, ela caminha a passos apressados para longe dali, procurando onde está o vampiro pervertido que está irritando-a por usar uma voz transbordando malícia enquanto chama por si. Não precisa andar muito para logo encontrá-lo.

  – A vontade de te socar é grande e se continuar a me chamar ou falar com essa voz maliciosa, deixará de ser apenas uma vontade e irei socar você 'pra valer. – Reclama cruzando os braços na frente do corpo ao parar na frente do ruivo – O que foi? Aconteceu alguma coisa para estar me chamando?

  – Nossa, calma docinho! – Levanta as mãos em sinal de redenção – Vim em sinal de paz.

  – Como se isso fosse me fazer baixar a guarda com você. – Revira os olhos entediada, sorrindo de canto sarcástica. Atos esses que fazem o vampiro de chapéu rir e seus olhos brilharem em divertimento.

  – Bom, não vim aqui para tomar seu tempo com provocações mútuas. Vim procurá-la porque quero jogar e não tenho ninguém para fazer isso comigo. Como parece ser alguém inteligente, apesar de ser uma loba, seria uma excelente ideia minha te chamar para jogar comigo. O que acha? – Dá um de seus típicos sorrisos.

  – Qual jogo?

  – Cartas. Nenhum motivo escondido, posso garantir a você. – Se explica antecipadamente.

  – Irei aceitar jogar cartas com você, mas com uma condição.

  – E qual seria?

  – Pare de mentir, tanto agora quando disse que não tem motivos escondidos por trás disso quanto durante o jogo. Nada de trapaças. Isso é entediante. – Revira os olhos novamente enquanto Laito arregala os seus, surpreso.

  – Está... Bem.

  A loba passa por Laito e caminha, se distanciando do mais alto. O ruivo a observa durante alguns segundos e sorri em divertimento.

  – Isso será interessante.

   Continua...

The Wolf - Diabolik LoversTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang