20 - Eles

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Sayumi Aizawa

Bakugou passou a me ignorar diariamente, junto com ele, Kirishima, eu não tinha mais com quem passar os intervalos e me senti sozinha de novo, mas já estou tão acostumada a esse sentimento que me recusei a sofrer por isso. Tinha problemas maiores, como a Liga dos Vilões, eles não entraram em contato comigo, muito menos falaram algo sobre o último ataque. O problema é que os heróis estavam se organizando pra caça-los, os pensamentos dos professores revelavam diversos planos diferentes e medos também, eles não subestimaram o poder que Shigaraki tinha.

- Hey, Sayumi, oi! - Parei de andar pelo corredor quando ouvi a voz de Uraraka, revirei os olhos antes de me virar e colocar no rosto meu melhor sorriso falso. Falso como ela.

- Oi, posso ajudar em algo?

- Na verdade, eu só queria perguntar uma coisa. O pessoal me pediu. O que você acha que o professor Aizawa gostaria de ganhar? Estávamos pensando em comprar algo pra fazer um agrado pra ele, já que ele cuida tão bem de nós todos.

Burra. Garota burra e dissimulada.

- Com isso eu não posso ajudar, não sei do que ele gosta, vocês devem saber, já que passam tanto tempo com ele.

- Nossa...Você realmente é uma filha bastarda então? Tipo, a gente já pensava nisso, Aizawa disse que sua mãe era uma cretina e tudo mais, mas sem ofensas tá? Só uma observação.

Meu sangue ferveu. Eu não me importava com ela me chamando de bastarda, mesmo não sendo isso, mas saber que ele chamou minha mãe daquilo despertou minha raiva. Fechei os punhos, pronta pra socar a cara dessa garota.

- O que você disse? Repete

- Eu já disse, sem ofensas! Você tá sendo muito sensível, não tenho culpa, só to falando!

Estava pronta pra socar a cara dela, mas meu soco foi parado por Bakugou. Eu nem percebi a aproximação dele.

- Agressiva! Descontrolada! - Uraraka gritou se afastando, ela atuava muito bem.

- Cretina é você! Sua vagabunda! - Apesar de nunca ter gostado muito disso, xinguei ela, ela estava merecendo, tanto pelo dia do jogo da verdade quanto por agora.

- Me solta, Katsuki! Me solta! - Eu tentava me soltar dele, mas ele segurava meu braço com força. Todos estavam no corredor parados olhando.

- Não vou soltar porra nenhuma! Sua idiota! Cala a boca! - Ele me puxou de lá, mesmo que eu esperneando para que me soltasse e olhando para aquela cínica com ódio. Do lado de fora da escola, com ninguém olhando, ele me largou.

- Garota! Por que você tentou bater nela? Quer ser expulsa é porra? Ela ia te dar uma porrada, ela tem treino de herói!

- Que me expulse! Você não ouviu? Ela chamou minha mãe de cretina!

Ele me empurrava quando tentava passar por ele pra ir atrás dela, mas não me machucava.

- Se acalma! Você não tá aqui pra provar nada pra ninguém!

- Olha quem fala! Você resolve seus problemas na porrada desde que nasceu, para de dar uma de puritano!

- Eu to tentando te ajudar, caralho! É tão difícil assim pra você entender que qualquer um nessa escola te dava um pau???

- Para de me subestimar! Para de me achar fraca! Eu não sou fraca, nunca fui! Eu sei lutar, sei me defender, sei usar minha quirk ao meu favor! Você acredita no que meu pai diz, acredita que eu sou frágil e delicada! Para de ser uma maria vai com as outras e presta atenção em mim, porra!

I'm Still Here [Finalizada]Where stories live. Discover now