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Katherine Young P.O.V. 

— O stalker aqui é você, não eu. — Respondi o fazendo rir e não pude deixar de notar em como ele estava vestido. Ele usava um blazer preto que escondia sua camisa branca e uma calça também da cor preta.

— Eu? — Ele apontou para si. — Você me perseguiu o dia inteiro no mercado hoje. — Revirei os olhos rindo e ele riu junto. — Deixa eu te pagar uma bebida, já que quase sujei seu vestido. — Disse e concordei sem pensar duas vezes.

Ele segurou minha mão me surpreendendo com o contato de sua mão macia e forte. Segurei firme em sua mão passando pelas pessoas na pista de dança e fomos em direção ao bar onde já não tinha tantas pessoas. Ele pediu 2 bebidas e me sentei cruzando minhas pernas, parte da minha perna ficou mais a mostra chamando sua atenção e pude ver sua língua deslizar por seus lábios devagar.

— Você está incrível essa noite. — Ele disse me fazendo sorrir de lado. — Pra uma garota do mercado. — Ri pegando o copo com a bebida.

— E você não está nada mal para um sugar daddy. — Ele revirou os olhos segurando o riso.

— Você ainda acha isso de mim? — Neguei com a cabeça rindo e dando um gole rápido na bebida. — Wow. — O olhei colocando o copo no balcão. — Alguém está animada hoje.

— É... — Balancei a cabeça. — Minha amiga me arrastou pra cá então estou tentando me divertir ao máximo antes que tudo acabe. — Ele concordou com a cabeça.

— E quem disse que precisa acabar? — Ele disse arqueando uma sombrancelha. — Tem horário pra voltar pra casa? — Observei ele beber um gole da sua bebida.

— Que tal um pai controlador? — Estreitei os olhos e ele riu fraco.

— Você mora com ele?

— Não, ele vive no Canadá mas me mandou pra cá a trabalho.

— Ah, você trabalha com ele? — Ele se aproximou mais mostrando estar interessado no assunto.

— Não, mas para um amigo dele. Ele me mandou pra cá para ''seguir seus passos.'' — Fiz aspas com as mãos.

— E quais passos seriam esses? — Ele pediu mais bebida ao barman.

— Juiz. — Ele pareceu surpreso me fazendo dar de ombros. — Não é nada do que eu queria, mas...

— Mas ele tenta ao máximo te controlar. — Ele completou minha frase me fazendo concordar. — Eu sei bem como é isso. — Franzi o cenho. — Também tenho pais controladores.

— E por que sua mãe não está aqui te arrastando pela orelha? — Nós dois rimos e observei o mesmo tomar cada gole de sua bebida. As góticulas de água de fora do copo escorriam por sua mão e pude notar as veias saltadas na mesma.

— Por que eu fugi. — Franzi o cenho surpresa e ele sorriu me olhando. — Foi a primeira coisa que fiz quando fiz 18.

— E como... você conseguiu sobreviver por ai? — Perguntei curiosa. Enquanto ele respondia as minhas perguntas eu me via observando cada detalhe de seu rosto, ele era perfeito.

— Tenho alguns amigos pelo mundo que me ajudaram. — Acenti.

— Valeu a pena?

— Era o que eu queria. — Me encarou. — Com certeza valeu.

Me vi pensativa e suspirei pesado pensando em suas palavras. Isso me lembrou do que John havia me dito na noite anterior e as coisas ficavam cada vez mais acumuladas na minha cabeça.

Stranger - Sebastian StanWhere stories live. Discover now