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Katherine Young Point of View 

[...] 

— Agora me sinto mal por não ter deixado você ter atendido a porta. — Sebastian disse sentando na cama e me encarando de lado. Eu estava deitada na cama e já estávamos vestidos. 

— E ele te ver aqui? Não mesmo. — Ele sorriu fraco e suspirou voltando a me encarar. 

— O que ele disse pra você? — Ele perguntou me fazendo o encarar e molhei os lábios. 

— Quis deixar claro o quão controlador ele é. — Murmurei e o mesmo começou a brincar com os dedos das minhas mãos. — Ele nem se quer menciona mais sobre a minha mãe, é como se fosse um assunto proibido pra ele. — Falei pensativa. 

— Talvez seja por que sinta culpa? — Dei de ombros. 

— Talvez seja, mas ele realmente tem culpa, ele simplesmente me deixou sozinha na sala depois que os médicos desligaram os aparelhos. — Suspirei lembrando do momento e aquilo ainda me trazia uma sensação ruim. 

— Não querendo defender ele, mas talvez tenha sido algo que ele não sabia como lidar, as pessoas costumam fugir de coisas que elas não conseguem lidar e depois sentem culpa por ter perdido a oportunidade. — Ele disse me fazendo o encarar e refletir sobre suas palavras. Ele poderia ter razão mas o rancor pelo meu pai dentro da minha cabeça me fazia querer me afastar dele. 

— Então por que não me contar isso? Quer dizer, eu sei que deve ser difícil, mas descontar em mim não torna nada fácil. — Ele continuava brincando fazendo desenhos imaginários na palma da minha mão. 

— Isso você precisa perguntar a ele. — Ele disse e bufei revirando os olhos. — Mas não precisa de pressa, vocês ainda tem tempo para se resolver. 

— Acho que vai levar uma eternidade. — Falei me sentando na cama e deixando meu rosto próximo dele. 

— O que? — Ele perguntou desviando seu olhar da minha boca para os meus olhos. 

— Você parece saber de tudo o tempo todo. — Falei observando cada detalhe do seu rosto. — Espero que não esteja brincando comigo. — Dei um selinho rápido em seus lábios e me levantei rapidamente. — Eu coloco meu pai pra caçar você. 

Sua risada ecoou pelo local e antes que eu pudesse me afastar dele, ele me puxou pelo braço me fazendo cair em seu colo e sentar no mesmo, ele deslizou suas mãos pelas minhas costas acariciando. 

— Você acha que eu estou brincando? — Ele perguntou me encarando enquanto deslizava uma de suas mãos pelos meus cabelos os acariciando lentamente, aquilo me causava arrepios e me fazia relaxar completamente. 

— Pode não estar brincando, mas... — Ele arqueou uma sombrancelha me encarando. — Você parece perfeito demais pra ser verdade. — Ele sorriu encarando meus lábios. — E minha vida é um desastre, coisas boas assim não acontecem comigo. 

— Ah, é? Por que não? — Ele disse me ajeitando em seu colo e cruzei minhas pernas em volta de sua cintura e pousei minhas mãos em seus ombros largos. 

— Por que geralmente eu fujo das oportunidades. — Dei de ombros. 

— Qual é, não haja como um clichê. — Ele disse molhando seus lábios pousando suas mãos em minha cintura. — E o que te custa acreditar que algo bom pode te acontecer alguma vez? — Entortei os lábios pensativas e o mesmo depositou um pequeno selinho em meus lábios. 

Como esse cara estava certo sobre tantas coisas? Ele parecia saber de tudo o que se passava na minha mente, como se me conhecesse a mais tempo do que eu o conheço. Mas eu gostava que ele me fizesse intrigar sobre questões pessoais minhas, de alguma forma, ele me entendia como eu não conseguia fazer e ao menos pensar no meio do caos que era a minha vida. Era bom tê-lo. 

Stranger - Sebastian StanWhere stories live. Discover now