25 - Parte 1

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Katherine Young Point of View 

No dia seguinte 

Eu estava terminando de me arrumar para sair com Sebastian durante a tarde. Ouvi a campainha tocar e me olhei uma última vez no espelho checando o meu cabelo e a maquiagem. Eu estava usando um vestido amarelo com desenhos pequenos de flores brancas, ele era um pouco folgado e caia muito bem no meu corpo. Como meus pés estavam machucados de tanto usar saltos, optei por usar tênis brancos. Meu cabelo estava solto e eu carregava uma bolsa de ombro pequena. 

Fui até a porta e ao abrir, o avistei com um buquê de rosas vermelhas nas mãos. O encarei surpresa e percebi um sorriso surgir em seus lábios ao me olhar dos pés a cabeça. 

— Como pode ter ficado mais gostosa de ontem pra hoje? — Ele disse me fazendo rir e ficar envergonhada. — Ah, são pra você, é claro. — Ele disse me entregando o buquê. As rosas tinham um cheiro muito doce e forte. 

— Bom dia pra você também. — Sorri pegando o buquê e cheirando mais uma vez. — E obrigada. — Sorri para ele que se aproximou de mim e depositou um beijo demorado em meus lábios. O seu cheiro me deixava hipnotizada e se pudesse, poderia ficar grudada em seu pescoço pelo resto do dia. 

— Gostou? — Ele perguntou após se afastar de mim. 

— Rosas vermelhas são as minhas favoritas. — Sorri levando o buquê até a mesa perto da janela, retirei as flores que estava morrendo dentro do jarro e substitui pelas novas. — E elas cheiram tão bem, nossa. — Peguei as flores mortas e as joguei no cesto de lixo da cozinha. 

Ele estava na sala a minha espera e me acompanhava com o olhar sem piscar uma vez se quer. Ao me desfazer das flores, me virei ficando perto dele. 

— Algo errado? — Ele me perguntou ao me olhar. 

— Não, tudo bem? — Perguntei encarando seu rosto. Confesso que estava procurando por qualquer vestígio em suas expressões. Ele parecia estranho desde a ligação, mas sabia como esconder muito bem. 

— Tudo bem. — Ele disse se aproximando e estendendo a mão. — Vamos? Sua surpresa está te esperando. — Ele disse e sorri o encarando. 

— Espero que não seja nada maluco demais. — Ele sorriu ao sairmos do apartamento. Tranquei a porta e segui pelo corredor com ele. 

Ao chegarmos do lado de fora, seguimos até o seu carro e ele abriu, como sempre, a porta do carro para mim. Me sentei no banco e me arrumei no mesmo, ele deu a volta e entrou logo dando partida. Wez Dreams do J. Cole tocava baixo no som do carro e desviei meu olhar para ele. 

Se tinha algo que eu adorava ver nele, era o ver dirigindo. Era como terapia, ele sempre estava tão tranquilo e tão focado na rua, mas sempre que podia, desviava seu olhar para me observar. Os pequenos sorrisos que ele dava ao perceber que eu estava o encarando, me deixavam envergonhada. 

Observá-lo por toda a viajem que fizemos até chegarmos ao local misterioso, me fez pensar em tantas coisas. Pensava sobre o que ele havia dito sobre estarmos juntos. Não falamos mais sobre aquilo e as vezes isso me incomodava. Eu não sentia dúvidas quando se tratava dele, na verdade, ele era a única certeza da minha vida. Sempre fui muito insegura com tantas outras pessoas, mas ele não. Ele era... ele. Tudo sobre ele era tão intenso e tão apaixonante e o jeito que ele age, como anda, como conversa. O que posso dizer? Ele é a definição da palavra sonho. E se ele realmente fosse um sonho? Então, seria o melhor sonho que eu já tive. 

— Está pronta? — Disse chamando minha atenção quando o carro parou. Olhei ao redor e não reconheci onde estavamos. Era um prédio enorme espelhado. 

Stranger - Sebastian StanOnde as histórias ganham vida. Descobre agora