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Katherine Young Point of View 

Sai rapidamente do hotel com os olhos marejados e olhando para os lados. Eu não sabia para onde ir, mas não queria vê-lo mais. Um carro parou em frente a calçada do hotel e o vidro baixou e pude ver Sebastian dentro do veículo. Andei em passos rápidos até o seu carro e entrei no mesmo. 

— Ei, tá tudo bem? — Ele perguntou quando viu meu rosto avermelhado e molhado pelas lágrimas, ele se aproximou de mim e me abraçou forte. Deitei meu rosto em seu ombro e deixei que as lágrimas caíssem livremente pelo meu rosto. — Vai ficar tudo bem, eu estou aqui. — Ele murmurou acariciando minhas costas e logo depois o meu lugar. 

— Você pode me levar pra casa? — Murmurei próximo ao seu ouvido e ele assentiu com a cabeça ainda durante o abraço. Ele me soltou aos poucos e me arrumei no banco limpando meu rosto. Ele deixou sua mão pousada sob minha coxa por cima do vestido e saiu com o carro. 

O tempo rapidamente fechou naquela hora e as gotas de chuva caiam aos poucos e escorregavam pelo vidro da janela. Eu estava encolhida no banco ao lado de Sebastian e o mesmo me olhava a cada 5 segundos para me checar. Eu não conseguia pensar em mais nada além de querer me enterrar debaixo das cobertas e esperar pelo o dia da minha morte. Mas Sebastian estava ali, atento aos meus movimentos, cuidando de mim, e eu gostava que ele fizesse isso. 

Depois de alguns minutos, ele parou o carro em frente ao prédio em que eu morava e estacionou o mesmo. Abri a porta para descer e o mesmo já estava de pé do lado de fora para me acompanhar. Caminhei ao seu lado até a portaria e coloquei a senha no aparelho e o portão foi aberto. Nós dois seguimos a caminho do elevador e entramos no mesmo. Ele tinha sua mão entrelaçada a minha e estava sempre fazendo carinho. 

As portas abriram e nós seguimos indo em direção ao meu apartamento, retirei a chave da bolsa e destranquei o mesmo. Abri a porta e entrei com ele atrás de mim. 

— Seja bem vindo. — Falei com um pequeno sorriso olhando ao redor. Pelo menos não estava bagunçado. Ele olhou ao redor e sorriu me olhando. 

— Parece ser muito confortável. — Ele disse e retirei meus sapatos novos os colocando ao lado das minhas pantufas perto da porta. Ele continuou olhando ao redor e sorri o observando. 

— Pelo menos eu pude escolher esse lugar. — Ele me olhou. — Foi a única vez que tive poder de escolha. — Ele assentiu e veio até mim e passos lentos. 

— Você parece cansada. — Ele disse tocando meu rosto com a palma da sua mão e acariciando o local. 

— É, não foi nada divertido. — Murmurei forçando um sorriso e fechei meus olhos me concentrando em seu toque. 

— Não precisa falar sobre isso agora se não quiser. — Ele disse levando sua outra mão até o outro lado do meu rosto e o segurando com suas duas mãos e o erguendo me olhando com seus olhos claros. 

Seus olhos me traziam uma calmaria tão boa, eram como assistir as ondas do mar ao nascer do sol. Seu toque era confortável e seguro, eu me sentia extremamente protegida estando com ele ali. Eram esses alguns dos maiores efeitos que ele me causava. 

— Obrigada. — Murmurei quando ele aproximou seu rosto do meu. — Obrigada por estar aqui. — Ele assentiu com a cabeça. 

— Eu gostaria de poder fazer mais. — Ele disse tocando a ponta do seu nariz no meu e pude sentir o cheiro forte de seu perfume que me deixam anestesiada. 

— E você pode. — Murmurei contra seus lábios e ele me olhou no fundo dos olhos. Deslizei minhas mãos pela sua nuca e o puxei lentamente para um beijo calmo e lento. 

Stranger - Sebastian StanWhere stories live. Discover now