Kawe não imaginou que sua vida mudaria tanto quando saiu de Alagoas e foi morar numa das grandes metrópoles mundiais para estudar numa escola de gente rica.
Logo quando chega ele acaba se envolvendo numa bela confusão envolvendo os arquinimigos Nat...
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
Kawe retirava seus pertences do guarda roupa com vontade e determinação, jogando- os de qualquer jeito em sua mochila, enquanto Lucinda tentava lhe convencer de ficar, porque ela tinha esperanças de que as coisas melhorariam e toda essa confusão seria esclarecida. Mas o que fazer quando a parte interessada já havia declarado causa perdida? Kawe reclamava que já tinham o chamado de muita coisa nessa vida, mas bandido era a primeira vez. Tal humilhação não fora antes sofrida lá em Alagoas, na cidadezinha onde ele morava, e era pra lá que pretendia voltar.
一 Kawe, pensa um pouco, menino!
一 Pensar em quê, tia? Acabou. A única coisa que me prendia nessa cidade era a bolsa nessa maldita escola e agora eu não a tenho mais. Até na delegacia eu tive que ir prestar declaração por uma coisa que eu não fiz! Eu já me convenci que eu não vou ganhar essa cidade.
Kawe para de guardar as coisas e se senta na cama, cansado. Ele pensa em tudo que teve que deixar para trás, sua família, sua mãe cheia de esperanças vendo o filho partir para um futuro que ela tinha planejado sua vida inteira. Depois imaginou o olhar dela quando ele cruzasse a porta de novo com menos de um mês de partida. Ele limpa uma lágrima que havia caído.
Lucinda vai até ela e senta-se ao seu lado, encostando sua cabeça em seu ombro. Ela suspira, tentando acalmá-lo para ganhar tempo de bolar mais um argumento que poderia o convencer a ficar. O fator sorte parecia não colaborar com Kawe, muito menos com Aliza, que pensou nos dias de solidão que voltariam com a ida de Kawe. Percebendo que precisava agir, ela teve a ideia de recorrer para a única pessoa que talvez pudesse ajudar Kawe na escola inteira, segundo os cálculos dela.
Então se pôs a esperar por Nathaniel na frente do Colégio. Assim que ele sai, ela agarra em seu braço.
一 Ei, ei. Eu preciso falar com você! - ela diz.
一 Algum problema? - ele pergunta, estranhando a cara de Aliza.
一 Você não soube do Kawe? - ela pergunta, surpresa com o fato que só ele não soube no colégio inteiro.
一 Sim, eu soube - ele falou pacientemente.
一 Ótimo, então você precisa me ajudar a provar que ele é inocente, porque...
Nathaniel sorri, como se Aliza tivesse lhe dito um absurdo.
一 Eu não posso te ajudar. Desculpa - ele fala, tirando o chão de Aliza.
一 O quê? - ela fala.
一 Olha, ele é um garoto que chegou há dois dias nesse colégio. Eu não sei nada sobre ele, nem você. Como podemos saber se ele é realmente inocente? - Nathaniel.
一 Eu pensei que você seria diferente. Vocês conversaram por horas na sua casa ontem - Aliza argumenta.
一 O Kawe, não. Ele foi verdadeiro desde que chegou. Eu esperava que você soubesse disso, mas eu acho que eu procurei a pessoa errada.
