Capítulo 25 - Sentimentos Selvagens

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Leon via Kawe parado, flutuando na água, enquanto chegava perto numa distância pequena, mas que no caminho parecia estar a quilômetros de distância de seu corpo

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Leon via Kawe parado, flutuando na água, enquanto chegava perto numa distância pequena, mas que no caminho parecia estar a quilômetros de distância de seu corpo. Esticou os braços para agarrá-lo, mas sua visão embaçou quando algo surgiu na água, alvoroçando-a. Viu Kawe ser agarrado por um outro corpo que não era o dele. Nathaniel embalava Kawe como tivesse sido essa sua função a vida inteira, saltando para cima carregando ele consigo. 

Kawe parou de respirar por alguns segundos, tempo suficiente para Leon emergir e se colocar ao lado de Nathaniel, que fazia massagem cardíaca e respiração boca a boca no garoto, com toda a gente do colégio em volta.Num sobressalto, Kawe cospe fora toda a água que engoliu, para o alívio das pessoas ali. 

一 Você está bem? 

Nathaniel perguntou, segurando o rosto de Kawe como se fosse descolar de sua cabeça. Kawe, por sua vez, confirma com a cabeça e depois não se sabe bem quem correu para o abraço do outro primeiro. Quando Leon se deu conta, lá estava o corpo de Kawe, novamente colado ao de Nathaniel, como um imã, depois os olhos nos olhos como se o tempo tivesse parado, mas para ele, não. Para ele o tempo corria e trepidava, como seu coração naquele momento. 

一 Que bom que você está bem 一 ele disse, sorrindo, porque não tinha mesmo outra coisa para dizer. 一 Você precisa mesmo aprender a nadar, heim? 

Soltou sua piadoca mais sem graça e depois agitou os cabelos de Kawe, engolindo em seco seja lá o que ele estivesse sentindo e depois indo embora a passos firmes daquela cena dramaticamente pavorosa. Inez, por sua vez, o seguiu com o olhar, com um fino sorriso no rosto, descruzando os braços, decretando definitivamente o fim do ato. 

ALIZA se encontrava no pátio, com os fones no ouvido, rabiscando alguma coisa aleatória enquanto tentava afastar seus pensamentos daquilo que os rodeiam desde o momento do acontecido. Até que a música é interrompida e de repente os fones já não estavam mais nos seus ouvidos. Assustada,  ela olha para o lado, flagrando Samuel pousando no banco. 

— E aí? O que anda fazendo? — ele estica o pescoço para ver os rabiscos no caderno. Ela fecha rapidamente. 

— Nada. Só atividades — ela sorri, revirando os olhos. 

— Não te vi na aula de natação. O que houve? — ele fala, retraído. 

— Não estava muito a fim de me molhar, sabe? É… acho que tenho que ir. 

— Acha? 

— É… Não, eu tenho mesmo que ir. 

Ela diz, se levantando, apressada. Samuel franze as sobrancelhas, confuso com o alvoroço da garota. 

— Eu posso te ligar mais tarde? Eu tenho uma dúvida sobre aquela atividade de Biologia — ele começa a falar, mas logo é interrompido por Aliza.

— Mais tarde eu vou estar ocupada! Meus pais… Enfim, é… Mais tarde, não. Tchau.

Me Encontra (NOVELA GAY)Where stories live. Discover now