Kawe não imaginou que sua vida mudaria tanto quando saiu de Alagoas e foi morar numa das grandes metrópoles mundiais para estudar numa escola de gente rica.
Logo quando chega ele acaba se envolvendo numa bela confusão envolvendo os arquinimigos Nat...
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O mar estava calmo, diferentemente das pessoas em volta, que estavam desesperadas a procura de algum sinal do corpo de Kawe.
— O que você fez?!
Leon imediatamente sai correndo e no caminho tira a camiseta, a jogando de lado. Ele entra de cabeça no mar e sai nadando com precisão para o meio. Aos poucos todos da festa vão se aglomerando em torno da praia, curiosos por todo o alvoroço feito. As pessoas cochicham umas com as outras, enquanto pairava no local um completo silêncio e tensão. Aliza observava com bastante apreensão. Agora os dois corpos tinham sumido no meio do mar e a aflição se estendia a cada segundo que se passava. Quando ninguém esperava, Leon surge no mar, com o corpo de Kawe no braços, desfalecido. Ele o carrega até a areia da praia. Logo todos fazem suposições.
— Precisamos chamar uma ambulância!
Leon joga os cabelos molhados para trás e faz uma massagem cardíaca em Kawe, que não responde às suas tentativas.
— Ele não tá acordando! - Aliza grita, desesperada.
Leon olha para ele, ofegante e sem pensar muito, tapa o nariz de Kawe com as mãos e tenta a respiração boca a boca e depois a massagem cardíaca, seguida de uma nova tentativa da respiração. Nesse momento, Nathaniel aparece caminhando da sua casa com um violão em mãos. Ele logo nota a cena e larga o violão no chão, correndo até o local, enquanto seus pés espalham a terra por onde passa.
— O que aconteceu?! - ele pergunta.
Kawe então reage à Leon, cuspindo toda a água que engoliu para fora. Aliza respira, aliviada. Leon tira os cabelos de Kawe de seu rosto, o olhando em seus olhos confusos.
— Você está bem?
Kawe nada responde, ainda muito frágil. Nathaniel se ajoelha ao seu lado.
— O que aconteceu? - Nathaniel pergunta.
— Com certeza o...
— Eu quis entrar no mar... esqueci que eu não sabia nadar...
Kawe interrompe Aliza, que olha para Leon e fica quieta. Ele engole em seco e se levanta, batendo as mãos sujas de terra na calça.
— Já que está tudo bem, eu vou indo.
Leon vai até onde deixou a camiseta buscá-la. Ele a veste e olha um pouco para Kawe, cercado de pessoas aparentemente preocupadas, e se vai, balançando o cabelo para espantar a água.
Quando Kawe menos espera, ele está sentado no sofá da sala da linda casa de Praia, com uma toalha nos ombros, tomando uma xícara de café enquanto visualiza as pessoas do lado de fora, se divertindo como se quase uma tragédia não tivesse acontecido minutos antes. Esse é o mal da cidade grande. Ninguém presta atenção em você por muito tempo. Ele desperta de seus pensamentos quando sente estremecer ao que uma mão aperta seus ombros.
