• Capítulo 11

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Lina on·
Estou com uma ideia desde o início dessa semana. Amanhã é o níver da Kah e estou pensando em chamar nossos amigos para fazermos uma surpresa para ela amanhã. E onde ela está? Bom, já que acabaram as aulas agora ela acabou de ir embora com seu padrasto já que está de castigo. Avisto Valu saindo pelo corredor e vou até ela.

Lina: ei Valu. Como está?
Valu: me sentindo uma idiota!- ela afirma e eu a olho sem entender.
Lina: como assim?
Valu: a Karol tem razão. Ela realmente não sabia que eu estou gostando do Mike- ela diz e eu sorrio.
Lina: ainda bem que você entendeu- falo e ela sorri.
Valu: ela já foi embora né?- assinto- Queria conversar com ela. Sei que fui uma péssima amiga nesses últimos dias.
Lina: ela vai entender, a Karol é bem compreensiva. Falando nisso, lembra que o aniversário dela é amanhã né?
Valu: claro.
Lina: estava pensando da gente ir na casa dela para fazermos uma surpresa. Aí depois podíamos entrar na piscina- falo e ela ri.
Valu: é uma ótima ideia, mas não para a mãe dela.
Lina: mas a mãe dela não é tão chata com a gente, e também amanhã é o níver da Karol, ela vai entender. E aí? Topa ou não?
Valu: topo- sorrio.
Lina: vamos lá falar com os meninos?- ela assente, vamos até os meninos que estão em frente ao portão e dou um selinho em Agus.
Rugge: começou- ele revira os olhos.
Lina: enjoado!- mostro a língua para ele.
Valu: viemos chamar vocês para sair com a gente amanhã.
Agus: para onde?
Lina: para casa da Karol.
Mike: sério?- ele pergunta e Valu assente.
Rugge: sério que vocês estão se convidando para casa da menina?
Valu: como você é chato Ruggero.
Rugge: não disse isso na hora que me beijou!- ele afirma, olho para Mike que bufa e Valu que revira os olhos.
Lina: tá bom gente. Eu e a Valu viemos chamar vocês porque amanhã é o aniversário dela, então queremos fazer uma surpresa.
Mike: eu topo.
Agus: se você for eu vou- ele fala para mim e eu sorrio.
Rugge: estou fora!- ele afirma me fazendo revirar os olhos.
Mike: por quê?
Rugge: não gosto da Karol.
Lina: não é o que parece!- afirmo e ele revira os olhos.
Agus: para de ser chato Ruggero. Vai ser mó legal.
Valu: verdade. Vamos poder aproveitar na piscina. Isso se a mãe dela deixar.
Lina: aí podemos fazer uma cesta de chocolate para ela.
Rugge: nem a pau que vou gastar meu dinheiro com isso.
Valu: gente, como vocês o aguentam?- Valu pergunta para os meninos que riem.
Agus: Ruggero para de ser chato e de fazer cu doce e vai logo.
Rugge: não é cu doce.
Mike: está parecendo.
Rugge: tá bom caralho, eu vou!- ele bufa.
Lina: ok. Vou montar um grupo no WhatsApp e nós vamos se falando por lá- eles assentem.

Kah on·
Aceno para o meu padrasto quando ele sai com o carro me deixando na porta de casa e tiro a chave do bolso enquanto penso. Tem tanto tempo que não visito meu pai. Ele me faz tanta falta! Acho que minha mãe não se importaria se eu fosse até lá hoje, afinal se importar eu não vou poder fazer nada. Ela não pode me proibir disso. Pego meu celular, chamo um Uber já que como estou de castigo fiquei sem meu carro e a chave do mesmo está com a minha mãe. Assim que o Uber chega entro dentro do mesmo e ele me leva até o meu destino assim que lhe passo o endereço. Se passam cinco minutos e chego no cemitério. Pago o motorista, lhe agradeço e depois desço do carro entrando dentro do cemitério. Avisto algumas pessoas de longe chorando, respiro fundo e logo após pego uma rosa que estava caída no chão. É tão difícil não estar mais com a pessoa que tanto ama por perto para compartilhar segredos ou até mesmo seu dia a dia, e eu sinto muita falta do meu pai. Ele era bem diferente da minha mãe. Ele era muito divertido e adorava brincadeiras. Quando ele faleceu eu ainda tinha quatro anos, mas mesmo assim me lembro de muitas coisas e fico imaginado em minha mente várias coisas que poderiam acontecer se ele ainda estivesse aqui. Com certeza minha família seria bem mais animada e minha mãe seria bem menos chata. Assim que chego no sepultamento de meu pai respiro fundo já sentindo as lágrimas insistindo em cair.

Kah: oi pai.- sorrio fraco colocando a rosa em cima do caixão- Sei que faz um tempo que não venho aqui, mas é tão difícil para mim. Eu sinto tanta a sua falta! Queria muito que o senhor estivesse aqui comigo. Queria que você acompanhasse cada etapa da minha vida.- sinto meus olhos marejados- Minha mãe é tão difícil.- falo sentindo as lágrimas caírem- Eu sinceramente não sei o que eu faço. Eu sei que não sou a melhor filha do mundo, mas eu sempre tento dar o meu melhor e ela sempre tem que achar algum defeito. Por mais que eu queira muito ter uma relação amigável com a minha mãe parece que ela não está disposta a isso. Eu queria muito que aquele acidente não tivesse acontecido. Sinto muita falta das suas brincadeiras, do seu carinho e do seu amor pai. Os dias lá em casa não estão sendo dos melhores e se o senhor estivesse aqui iria ficar tão feliz. Às vezes eu me pergunto por que tinha que acontecer aquele acidente? Por que Deus não o livrou? Mas meu coração se acalma ao saber que agora você está no melhor lugar, muito melhor que aqui e sei também que para tudo tem um propósito. Eu te amo para sempre e sei que está me acompanhando do céu- falo chorando. É muito difícil estar sem meu pai. Parece que tem um vazio dentro de mim que não se completa. Eu queria muito que ele estivesse aqui comigo. Ele era o meu melhor amigo e companheiro de aventuras. Ah, como eu sinto falta! Sorrio fraco antes de me virar e ir embora do cemitério e resolvo ir caminhando até em casa já que não é tão longe. No caminho vou pensando sobre tudo o que está acontecendo e que amanhã vou fazer dezessete anos. Não sei se estou preparada para essa nova etapa, mas estou feliz em saber que estou conseguindo seguir meu caminho. Se passam trinta minutos e assim que chego em casa subo as escadas e ando pelo corredor. Passo pelo quarto da minha mãe, vejo a porta entreaberta e como sou muito curiosa vou até lá vendo ela lendo alguns papéis e logo após os colocando dentro de uma caixinha o guardando dentro do criado mudo. O que será que é? Logo me assusto quando ela se vira para atrás de uma vez.
Caro: Karol, o que faz aqui?- ela pergunta nervosa e eu abro a porta entrando em seu quarto- Está aqui há muito tempo?- ela pergunta aflita. Com certeza aqueles papéis são importantes, tenho que descobrir o que é.
Kah: não, cheguei agora- sorrio fraco.
Caro: com Phelippe né?- assinto. Melhor eu nem falar aonde fui.
Kah: e como estão as coisas na empresa?
Caro: a polícia não conseguiu achar nada. Ainda não sabemos quem assaltou a empresa, mas voltamos a trabalhar.
Kah: ah, isso é bom.
Caro: não até acharmos quem a assaltou. Eu não vou ficar quieta enquanto não souber- ela diz me deixando com um pouco de medo. Realmente o certo a se fazer é achar as pessoas que assaltaram, mas as vezes minha mãe me assusta! Ficamos conversando e depois fui ao meu quarto passando meu resto do dia lá.

• Sábado - 10:45 AM •

Kah on·
Bufo ao sentir os raios de sol em meu rosto e logo após a voz da minha mãe. Que porra!

Caro: bom dia Karol- ouço o tom da sua voz alegre. Oi??? Estou ficando louca! Abro meus olhos lentamente para me certificar e a vejo sorrindo para mim.
Kah: o que houve?- pergunto me espreguiçando.
Caro: hoje é seu aniversário.
Kah: ah é.- falo me lembrando e me sentando na cama- E tinha que me acordar cedo?
Caro: não está tão cedo assim. E te acordei para te parabenizar e dizer que seus amigos estão aí. Não sei quais porque foi a empregada que disse.
Kah: ah sim.- falo e me levanto- Valeu- a agradeço por ter me parabenizado, ela sorri e entro dentro do banheiro para me arrumar. Tomo um banho, faço minhas higienes e coloco uma roupa. Assim que saio do banheiro vejo que minha mãe não está mais. Suspiro descendo as escadas, vejo meus amigos e sorrio fraco.
Todos: parabéns!- todos dizem em uníssono.
Kah: obrigada!- sorrio e Lina me entrega uma cesta- Com certeza vou comer bastante. Muito obrigada!- afirmo olhando para cesta cheia de chocolate.
Mike: que isso Kah. Você é muito especial!- ele me abraça. Olho para o lado e vejo o Agus e atrás dele a Valu. Que bom que ela veio. Ela sorri fraco e eu sorrio. Olho mais para o lado vendo o Ruggero. Ué, o que ele faz aqui?
Rugge: deve estar estranhando minha presença né?- ele pergunta e eu assinto quando saio do abraço com o Mike- Vim só porque eles me obrigaram- ele diz me fazendo revirar os olhos.
Agus: Ruggero, para de ser trouxa!
Kah: deixa. Eu não espero mais nada vindo dele.- falo e respiro fundo- Bom gente, muito obrigada mais uma vez.- sorrio- Querem fazer algo?
Lina: sim, podemos fazer- ela sorri.
Kah: podemos ir na piscina então, beleza?
Mike: sua mãe não se importa né?
Kah: não. Hoje é meu aniversário. Ela está de boa- ele assente.
Lina: ok. Trouxe até roupa.
Kah: meninas, vocês podem se trocar em meu quarto e meninos tem um quarto de hóspedes no segundo andar no terceiro quarto do corredor.- eles assentem e sobem, menos Valentina- O que foi Valu?
Valu: é que queria te pedir desculpas pelo o que houve.
Kah: sério?- pergunto surpresa.
Valu: sim. Você realmente não sabia que eu gosto do Mike, não teve culpa e eu percebi isso.
Kah: realmente, mas mesmo assim me perdoe. Não queria te fazer sofrer.
Valu: relaxa. Mais do que estou sofrendo agora eu não vou- ela ri fraco.
Kah: por quê?
Valu: acho que ele já desistiu de mim- ela fala cabisbaixa.
Kah: não Valu, você não pode pensar nisso, afinal nem sabe. Deixa as coisas acontecerem naturalmente e caso não der certo tem muitas pessoas para você conhecer ainda. Relaxa!- afirmo tentando acalmá-la, logo após ela me abraça e óbvio que retribuo. Estava com saudades da amizade dela. Saímos do abraço e ela diz que iria se arrumar. Assinto, ela sobe e logo após vou até a cozinha deixando a cesta de chocolate lá. Assim que saio vejo o Ruggero na sala, vou em sua direção e ele me olha. Parecia que antes dele perceber minha presença estava concentrado na casa olhando cada canto.
Kah: por que veio?- pergunto quebrando o silêncio.
Rugge: já disse, eles me obrigaram!- ele afirma seco.
Kah: você não parece o tipo de pessoa que é obrigado a fazer algo Ruggero.
Rugge: o que está insinuando?
Kah: nada ué. Só estou falando que você não é o tipo de pessoa que se deixa levar pelos outros.
Rugge: ah Karol, me poupe! Se quiser eu vou embora, e com prazer- ele diz me fazendo revirar os olhos.
Kah: já te disseram que você é muito dramático?- pergunto e ele revira os olhos- Ah, deixa. Vou te deixar em paz!- afirmo e me viro, mas ele me puxa pelo braço colando nossos corpos- O que foi?- pergunto nervosa e me distanciando dele.
Rugge: só queria te dar parabéns.
Kah: só isso?- ele assente- Ok, valeu.
Rugge: ah, que saber?- ele pergunta de repente e eu estranho sua atitude.
Kah: o que foi?
Rugge: estou aqui enrolando uma coisa que quero muito fazer e eu sou péssimo em enrolar, então foda-se!
Kah: o quê?- pergunto sem entender, mas ele logo me puxa bruscamente colando nossos lábios.

Love Barriers [CONCLUÍDA]Where stories live. Discover now