• Capítulo 40

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Rugge: por que não estaria?- Merda! Podemos ver que ele continua bravo comigo.
Kah: porque você quase morreu.
Rugge: você me desobedeceu!
Kah: o quê?- pergunto incrédula.
Rugge: eu preferia ter morrido. Eu disse que não queria que você se metesse nos negócios da gangue.
Kah: é sério mesmo que está me dizendo isso?
Rugge: estou com cara de quem está brincando? Eu não quero que você participe de nada que envolva a gangue.
Kah: você não percebe que eu salvei a sua vida? Como pode ser tão ingrato assim?- pergunto irritada, ele anda em direção para fora do hospital e eu o sigo. Ele está indo em uma parte aonde não tem ninguém.
Rugge: acontece que eu não queria a sua ajuda!
Kah: pelo o menos uma vez na sua vida aprenda a agradecer. Eu sei que você é muito orgulhoso para me agradecer em algo, mas eu só queria te ajudar. Você poderia ter morrido! Já pensou nisso? Eu sei que também está chateado com o que aconteceu há dois dias atrás, mas eu não fiz de propósito. Eu tenho sentimentos e você não pode me tratar da maneira que bem entender.
Rugge: você está totalmente errada! Não é questão de orgulho agora, mas sim...- ele fica calado.
Kah: mas sim o quê?- sinto meu coração se acelerar em meu peito.
Rugge: nada- ele desvia o olhar do meu e dou um passo rapidamente a sua frente.
Kah: como assim nada Ruggero? Você iria dizer algo e eu quero saber- falo e ele suspira voltando a me olhar.
Rugge: antes eu realmente era uma pessoa orgulhosa que só pensava em mim, mas eu... Eu estou mudando. Eu sei que não mudei cem por cento ainda, mas estou tentando. Não é questão de orgulho e sim...- ele dá uma pausa- Medo de te perder!- ele afirma e eu sinto meu coração se acelerar cada vez mais em meu peito- Você poderia ter morrido lá dentro e eu... Eu nunca iria me perdoar!- ele afirma e pela primeira vez eu posso ter certeza. Pela primeira vez acredito nele, acredito no que falou. Sinto meus olhos arderem- Por favor, não chora!- ele sussurra, acaricia minha bochecha com sua mão e fecho os meus olhos sentindo sua carícia. Sinto sua respiração bater contra minha boca e eu sei que estávamos quase nos beijando, mas abri meus olhos assim que escutei uma voz próxima de nós.
Xx: desculpa atrapalhar o casal, mas temos que ir- olho rapidamente para o lado e vejo Mike. Me afasto de Ruggero e o vejo revirar os olhos.
Rugge: não somos um casal- sinto meu coração se apertar em meu peito. Eu sei que não somos, mas ouvir isso ainda mais dele nesse tom de indiferença me dói!
Kah: é, não somos- digo desconfortável com a situação.
Mike: não foi o que apareceu, mas enfim, temos que ir. Não podemos ficar aqui por muito tempo e temos muitas coisas para resolver.
Rugge: como achar o desgraçado do Esteban e fazer ele pagar bem caro!
Mike: essa é uma delas. Vamos?- assentimos e o seguimos até o carro. Eu sei que o Ruggero está bem nervoso com tudo o que está acontecendo e matar o Esteban é uma das opções que está passando em sua cabeça, e eu literalmente não me importo que isso aconteça com ele. Ele já nos machucou demais! Se não o matarmos nós que sairemos mortos. Não sei como ele ainda foi capaz de me pedir para entrar na gangue dele. Eu nunca, jamais faria isso! Assim que chegamos em casa os meninos foram para um quarto. Acho que eles estavam falando sobre os últimos acontecimentos e tomando as providências. Entrei em meu quarto, peguei meu celular que estava em minha bolsa e mandei uma mensagem no grupo das meninas pedindo para elas virem aqui para nós conversarmos um pouco. Sinto saudades de vê-las todos os dias.

Dois dias depois·

Kah on·
Já se passaram dois dias que o Ruggero levou alta e nós até que estamos bem. Ele está me tratando bem nesses últimos dias, graças a Deus. Sobre o Esteban os meninos e todos os capangas de Ruggero resolveram fazer uma investigação de onde Esteban mora e de seu galpão para achá-lo, porém parece que ele saiu do país. As meninas vieram aqui nesses dois últimos dias e Mike e Valu finalmente se resolveram ontem. Ajudamos Mike a fazer uma surpresa para ela aqui em casa.
Hoje eu e o Ruggero iremos viajar. Ele já não vê sua família há muito tempo e os meninos pensaram em passarmos pelo o menos dois ou três dias lá para nos dispersarmos um pouco. Acabei concordando, afinal fico o dia inteiro dentro de casa, é bom sair de vez em quando. Saímos de casa e eu e o Ruggero entramos no carro. Ele deu partida no carro e o caminho todo foi silencioso. Acabei dormindo as três horas de viagem e quando acordei já tínhamos chegado na casa do seu pai.
Kah: a casa é bem bonita- Ruggero assente.

Love Barriers [CONCLUÍDA]Where stories live. Discover now