• Capítulo 67

190 18 10
                                    

Dois dias depois·

Rugge on·
Eu e a Karol ficamos mais dois dias lá em Miami, mas já estamos de volta em Los Angeles. Aqueles dias que estivemos lá foram ótimos e nossa melhor viagem. Tenho certeza que sempre vamos nos lembrar! Agora que já voltamos e estamos relaxados estou conversando com meus amigos e com as meninas. Hoje iremos invadir o galpão novamente do Esteban e não sei se ele estará mais lá, mas sei que vários de seus capangas ainda estão. Quero deixar um ponto final nisso tudo e quando eu disse que ele iria pagar muito caro por tudo eu não estava brincando!

Rugge: Karol, já conversamos sobre isso e não acho uma boa ideia você ir- falo sendo sincero.
Kah: para de ser egoísta! Eu também tenho o direito de estar lá- ela bufa e olho para os meus amigos para que eles me ajudem a convencê-la a ficar aqui, já que sei que as meninas são um caso perdido e não irão me ajudar.
Agus: Kah, tem certeza que quer ir?- um dos meus melhores amigos pergunta a ela me fazendo bufar.
Kah: sim, eu tenho. Sei que estão com medo se eu me machucar, mas tenho esse direito de ir. Nem grávida estou mais, então não podem usar como desculpa. Fora que sei me proteger!
Rugge: que droga viu. Mulher teimosa!- bufo e ela revira os olhos.
Mike: por mim tudo bem.
Rugge: o quê?- arregalo os olhos.
Lina: acho muito perigoso, mas se a Karol se sente melhor indo deixem ela!
Rugge: acontece que não é assim que as coisas funcionam!- bufo novamente irritado- Por que não fica aqui com suas amigas? Vai ser bem melhor!
Kah: EU JÁ DISSE QUE NÃO! QUE PORRA!- ela grita me fazendo revirar os olhos. A verdade é que com todas as mulheres do mundo fui me apaixonar pela mais teimosa.
Valu: deixa ela ir logo.
Mike: concordo. Não podemos perder mais tempo Ruggero. Fora que a Karol sabe se proteger!
Rugge: tá porra!- reviro os olhos e vejo o sorriso da Karol de orelha a orelha. Droga! Eu não queria que ela fosse por medo, não porque não confio nela, mas só de imaginar alguém batendo nela já me trás arrepios. Nunca gostei que ela se metesse nesse mundo e não é só porque agora ela está mais treinada que quero.
Agus: graças a Deus! Vamos então?
Rugge: vamos e chamem os capangas, pois quero todos presentes hoje- falo e meus amigos assentem antes de saírem do meu escritório do galpão e as meninas também ficando só eu e a Karol. Ela está com um sorriso enorme.
Kah: até que enfim você deixou de ser teimoso e vai me deixar ir. Não que eu te obedeça, mas como você é o chefe né, fazer o quê- ela diz e reviro os olhos.
Rugge: posso ter te deixado ir, mas continuo não te querendo lá!- afirmo e ela se aproxima.
Kah: por quê? Está achando que não sei me defender?
Rugge: não é isso. Sei que você é uma ótima lutadora, muito gostosa por sinal.- mordo o lábio inferior a fitando de cima a baixo e ela revira os olhos rindo- Mas você sabe que nunca gostei de você metida nessas coisas, mesmo que agora esteja treinada- falo e ela se aproxima mais de mim passando seus braços pelo meu pescoço.
Kah: eu prometo que não vai acontecer nada! Eu sei me defender. Confia em mim!- ela afirma e passo meus braços pela sua cintura.
Rugge: tá bom. Eu confio em você!- afirmo e ela sela nossos lábios, mas logo nos separamos quando ouvimos batidas na porta e Agus entrando.
Agus: caralho, agora não é hora disso. Vamos, estamos atrasados- ele diz e assinto. Saímos do meu escritório no galpão e fomos até a nossa van.
[...]
Rugge on·
Estamos nesse exato momento atrás do galpão do Esteban. Alguns de meus capangas já pularam pelo muro de trás e Karol está insistindo para ser a próxima.

Rugge: caralho, espera!- ela revira os olhos e subo no muro logo após pulando e depois Karol faz o mesmo. Meus capangas foram distribuídos em grupos lá no galpão e cada grupo vai para um lado. Quis que todos estivessem presentes hoje, pois se Esteban estiver aqui ele vai morrer, mesmo que não seja por mim, pois me recuso a sair daqui sem ter ele morto! Só espero que ele realmente esteja aqui, mas se não estiver ainda vou ter minha vingança. Escutei tiros e mais tiros preencherem o local e agora que a guerra começa. Karol insistiu em ficar comigo, assenti e dei uma arma para ela. Começamos a atirar em alguns capangas que apareceram em nossa volta, o que eram bem poucos comparando o tanto de capangas que trouxe hoje. Assim que vimos que o caminho estava livre eu e a Karol entramos na sala de treino e meus olhos reviraram quando imaginei o beijo que a Karol e o Esteban tiveram aqui, sei disso porque ela me contou. Atiramos em alguns capangas que logo apareceram na sala de treino e sinto alguém me empurrar. Era Karol me protegendo de um tiro que quase tomei e matando o homem logo em seguida com um tiro na testa. Essa é a minha garota! Vi alguns de meus capangas vindo em nossa direção para nos ajudar e alguns de meus capangas também serem mortos atrás de Karol. Droga! Enquanto dou um soco em um capanga de Esteban vejo um vulto atrás da porta de vidro que da entrada a sua casa que eu estive quando vim aqui pela primeira vez. Porra, é Esteban e o desgraçado está fugindo! Assim que acabo de matar o capanga de Esteban com as minhas próprias mãos olho para o lado vendo Karol atirar em um homem e pego em sua mão.
Rugge: precisamos ir- falo para Karol, olho para porta de vidro e depois para ela e a mesma assente. Corremos até a porta de vidro e senti um tiro raspar em meu ombro.
Kah: merda! Você está bem?- ela pergunta preocupada e vejo meu ombro não muito machucado já que o tiro foi de raspão.
Rugge: já estou acostumado, relaxa! Agora vamos logo!- afirmo, ela assente, abro a porta de vidro que está destracanda e entramos na enorme casa.
Kah: você está procurando o Esteban né?- ela pergunta e apenas assinto enquanto andávamos pelo enorme corredor nos deparando com a escada- O que acha de nos separarmos? Eu procuro aqui embaixo e você lá em cima.
Rugge: não acho que seja uma boa ideia. Vamos juntos!- afirmo subindo o primeiro degrau e ela tira sua mão da minha.
Kah: por favor. Eu não quero subir essa escada- ela diz frustrada e percebo que foi a escada que provavelmente caiu fazendo ela perder o bebê.
Rugge: tá bom, fica bem e qualquer coisa grita ok?- beijo sua testa e ela assente.
Kah: qualquer coisa se eu perceber que está demorando muito eu subo- assinto e me viro subindo os degraus correndo. Posiciono a arma na minha frente me preparando para que se o desgraçado do Esteban aparecer eu já estar preparado. Quando chego no andar de cima abro a primeira porta vendo que é um quarto. Está vazio, então vou para próxima porta, a abro com o pé e ela faz um grande barulho quando se choca com a parede. Bufo ao não ver ninguém e ver que é um banheiro. Continuo dando passos mais lentos e ainda com a minha arma inclinada para frente abro a terceira porta que é um escritório enorme e vejo Esteban revirando uma gaveta. Ele logo percebe a presença de alguém, se vira e dou um sorriso debochado quando ele me vê.
Rugge: ora, ora, não é que eu te achei?- me aproximo dele e ele levanta as mãos em rendição- Até que não foi tão difícil!
Esteban: chega de falação porra. Atira logo!- ele bufa irritado com as mãos ainda levantadas. É muito abuso! Vejo quando ele tenta pegar uma arma da sua cintura e seguro fortemente seu pescoço.
Rugge: se der mais um movimento eu te mato!- ele engole em seco, afasta suas mãos e pego sua arma que está no suporte na sua cintura- Vai me dizer que não esperava que eu viesse aqui?- aperto mais seu pescoço.
Esteban: s-sabia que i-iria vir, otário! E a-agora que já t-tirei a vida do seu f-filho, não vejo a h-hora de tirar a d-da Karol- ele diz com dificuldade já que estou o enforcando e sinto meu sangue ferver com o que disse, mas logo meu contato com ele foi quebrado por um soco na minha barriga. Filho da puta! Logo aponto a arma para ele.
Rugge: SABE O QUE EU DEVERIA FAZER? TE MATAR! VOCÊ É UM DESGRAÇADO DO CARALHO!- grito e ele solta uma risada debochada. Como esse cara consegue ser tão escroto?
Esteban: já era para você ter atirado em mim há tempos, mas sabe o que acontece? Você é um fraco!- ele eleva seu tom de voz e cerro os punhos. Minha paciência está se esgotando e nem eu sei porque ainda não atirei nesse desgraçado!
Rugge: filho da puta! Você pode até ter tirado a vida do meu filho, mas nunca deixaria você encostar em um fio de cabelo da Karol!
Esteban: hm, pensando bem, não preciso! Você já a mata todos os dias mentalmente, daqui a pouco vai matá-la fisicamente.- ele diz e sinto como uma facada no meu coração- Ruggero, entenda, a Karol é demais para você! Nós dois sabemos que você nunca irá conseguir amar alguém. Esquece aquela vadia e por que não volta a ser da minha gangue? Como tudo era antes?- ele pergunta e solto uma gargalhada.
Rugge: você acha que sou idiota?
Esteban: estou falando sério. Se você voltar para minha gangue ficaremos mais fortes. Eu te perdoo por ter saído e voltamos a ser como era antes- ele implora. Não era ele que estava debochando há segundos atrás?
Rugge: para de ser um idiota carai. Nunca voltaria para sua gangue! Afinal só tenho uma porque você começou a me atacar e eu precisava me defender!- elevo meu tom de voz ainda com a arma apontada na sua cabeça.
Esteban: QUER SABER? EU CANSEI! NÃO QUERO VOCÊ MESMO NA MINHA GANGUE. AGORA PARA DE PALHAÇADA! VAI, ME MATA DE UMA VEZ! SÓ QUERO QUE SAIBA QUE VOCÊ NÃO MERECE A KAROL. VOCÊ NUNCA VAI MERECER! SEU OTÁRIO!- ele grita.
Rugge: nos vemos no inferno!- quando eu ia apertar o gatilho ouço um grito.
Xx: NÃO!- me viro e vejo a Karol apontando sua arma para mim. O quê? Meu coração está batendo que nem louco em meu peito enquanto vejo uma cena que me deixou incrédulo. Meu corpo está virado para Karol que está com sua arma apontada para mim, mas meu braço ainda está em direção a Esteban com minha arma apontada para ele. Logo ouço ele soltar uma gargalhada.
Rugge: o que significa isso?- minha voz sai em um sussurro. O que ela está fazendo?
Esteban: vocês são dois fracos e inúteis!- ele solta outra gargalhada.
Kah: deixa sua arma no chão- ela diz para mim e a olho mais incrédulo ainda. Que caralhos ela está fazendo?
Rugge: Karol, o que significa isso?- volto a perguntar.
Kah: DEIXA LOGO CARALHO!- ela grita ainda com sua arma apontada para mim e suspiro. Fecho os olhos fortemente não acreditando que isso seja mesmo real, mas resolvo colocar minha arma no chão. Logo ouço outra gargalhada de Esteban. Filho da puta!

Love Barriers [CONCLUÍDA]Where stories live. Discover now